Thursday, December 15, 2005





As “obras públicas” são a principal fonte de rendimento dos partidos e do pessoal político. Seja por adjudicação directa do roubo, ou por corrupção, o Estado, e os contribuintes, ficam sempre a perder.
José Júdice, metro, 2005-12-14



Sunday, December 11, 2005




GRANDE LIVRO

Estou a ler o D. Quixote de la Mancha, em versão original. Grande livro!

Não tem nada ver com o aborrecido D. Quixote, que arremetia contra os moinhos de vento. Tem uma miríade infindável de pequenas histórias que entretêm o leitor do princípio ao fim, e que humanizam o D. Quixote.

Curiosamente, é um livro de viagens, um livro de estradas, precursor de Kerouac. Um livro de três viagens de aventuras, feitas em três momentos da vida de D. Quixote.

Um dos melhores momentos é quando D. Quixote e Sancho Pança entram em Toboso, de noite, porque de dia seriam escarnecidos e espicaçados, ante o silêncio espectral do luar.

A não perder



Sunday, December 04, 2005


Plano dialógico nacional, a par do plano tecnológico nacional e do plano de reconstrução nacional

A OTA e o TGV só podem ser aquilo que Sócrates tem de pagar às forças que apoiaram a sua campanha eleitoral. Só podem ser consequência de um compromisso pré-eleitoral. Sócrates tem sido um bom governante mas provavelmente fez algum compromisso pré-eleitoral com a Ota e o TGV.



Wednesday, November 23, 2005

Votar em Cavaco é como convidar a sogra a mudar-se para nossa casa para ajudar a cuidar dos nossos filhos

(com o 1º ministro enérgico e interventivo que temos, sentar Cavaco, que tem o mesmo perfil, no Palácio de Belém é criar uma fonte adicional de problemas)

Alegre esteve dez anos exilado na Argélia e nunca viu que existia lá uma ditadura. Nunca lhe vi uma crítica à falta de direitos humanos nesse país. Esta falta de visão, mascarada de esquerda festiva, é perigosa num Presidente da República.

Igual crítica se pode fazer a Jerónimo de Sousa.

Sunday, November 20, 2005

Temos que reconciliar Portugal com a sua pele, com seu estatuto, com a sua identidade

Thursday, November 17, 2005


Autarcas declaram guerra ao governo, por causa do OE

O país da indisciplina continua a revoltar-se. Depois dos juízes chegou a vez dos autarcas


Tuesday, November 15, 2005

É preciso criar um novo conceito de atenção pelas pessoas e pelas minorias. Por exemplo nas empresas, com os muçulmanos etc.

Tudo isto é que justifica, dá corpo e suporte ao que se pretende abaixo para Portugal:
Campanha de limpeza em Portugal:

Construir urinóis para toda a gente
Não cuspir para o chão
Não permitir dejectos de cães na rua
Acabar com os carros mal arrumados
Acabar com as habitações degradadas
Acabar com os arrumadores
Apanhar todo o entulho existente no país e evitar que se produza mais
Tirar mamarrachos
Fazer saneamento básico
Fazer verdadeiro ordenamento do território
Acolher e integrar verdadeiramente os imigrantes
Educar e empregar as pessoas
Criar empresas amigas do consumidor (user friendly)
Tudo isto em todo o país, do Governo às Juntas de Freguesia

Isto não exige uma tecnologia que nós não tenhamos, é bom para o turismo e colocar-nos-ia no pelotão da frente da Europa

Isto também não é simples, embora algumas medidas o sejam. Exige fazer estudos políticos de tipo novo.

O que está a vermelho é um bom exemplo deste conceito de que é preciso criar um novo conceito de atenção pelas pessoas e pelas minorias.

Por exemplo, é preciso que a Europa acabe com a PAC, onde se distribuem aos agricultores mais ricos do mundo mais ajudas do que se dão a todos os países subdesenvolvidos do planeta.
Os países desenvolvidos dão 6 vezes mais dinheiro para subsidiar a sua agricultura (300000 milhões de dólares por ano) do que aquele que gastam em ajudas aos países mais pobres.

Acabar com a PAC deve ser, por exemplo, a resposta francesa aos tumultos raciais que abalaram esse país. Está tudo ligado. Diminuir e integrar a imigração nas suas fronteiras está ligado a ajudar verdadeiramente os países de África.
A Espanha é provavelmente, neste momento, dos países mais evoluídos da Europa. Tornou o ensino da religião opcional e virou a igreja católica toda contra si, obrigando-a assim a mostrar a sua verdadeira face.

É preciso criar um novo conceito de atenção pelas pessoas e pelas minorias. Por exemplo nas empresas, com os muçulmanos etc.

Por exemplo, é preciso que a Europa acabe com a PAC, onde se distribuem aos agricultores mais ricos do mundo mais ajudas do que se dão a todos os países subdesenvolvidos do planeta.
Os países desenvolvidos dão 6 vezes mais dinheiro para subsidiar a sua agricultura (300000 milhões de dólares por ano) do que aquele que gastam em ajudas aos países mais pobres.

Acabar com a PAC deve ser, por exemplo, a resposta francesa aos tumultos raciais que abalaram esse país. Está tudo ligado. Diminuir e integrar a imigração nas suas fronteiras está ligado a ajudar verdadeiramente os países de África.


Pacto de Moncloa: a modernização negociada da Espanha

Exemplo de consenso bem-sucedido, o Pacto de Moncloa foi, na verdade, uma sucessão de acordos negociados entre o governo conservador do primeiro-ministro Adolfo Suárez e a oposição espanhola, entre Setembro de 1976 e Outubro de 1977, que marcaram a transição da ditadura franquista para a democracia parlamentarista e a modernização político-económica da Espanha. Foi idealizado, inicialmente, para solucionar a grave crise económica que a Espanha vivia nos primeiros anos após a morte de Francisco Franco, em Dezembro de 1975, e que atingiu o ápice no chamado "invierno caliente" (janeiro, fevereiro e março de 1976).
O cenário era de inflação nos 28% ao ano (monstruosa para os padrões europeus), dívida externa de US$ 15 biliões, défice comercial de US$ 4 biliões, ociosidade de 50% da capacidade instalada na indústria, taxa de desemprego de 5% e escassez de crédito para pequenas e médias empresas.
Os primeiros acordos foram mais compromissos morais do primeiro-ministro Adolfo Suarez, que negociava até com opositores ainda na ilegalidade, como o Partido Comunista Espanhol e as comissões operárias. Mas acabaram evoluindo para uma fórmula de transição praticamente sem traumas dos 38 anos de franquismo para a Espanha moderna, integrada na Comunidade Europeia, em 1987, dez anos depois da assinatura do pacto firmado em 25 de outubro de 1977, na sede do governo espanhol - o Palácio de Moncloa.
O acordo compreendeu a contenção da inflação, via a fixação de um teto para os reajustes salariais, controle dos preços e cortes dos gastos públicos. Assinado por dez partidos, desde a Aliança Popular neofranquista, até o PC e o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), sem a participação de representantes dos empresários ou dos trabalhadores, o Pacto de Moncloa previa medidas de carácter recessivo.
Além dos primeiros resultados que comprovaram sua eficácia (a inflação caiu de 25% ao ano, para 16% em 1978), o Pacto de Moncloa gerou outros acordos negociados e assinados entre 1978 e 1984, abrangendo metas de governo e a participação das forças sociais e políticas, direitos sociais e trabalhistas, reajustes salariais, previdência, comités de empresas e garantia de emprego e política monetária rígida.
Mesmo não tendo assinado os acordos, empresários e trabalhadores adoptaram como prática principal a negociação e o compromisso com um mínimo de consenso para a solução dos problemas do País.
Em http://www11.estadao.com.br

Sunday, November 13, 2005

Campanha de limpeza em Portugal:
Construir urinóis para toda a gente (fazer estudos)
Não cuspir para o chão
Não permitir dejectos de cães na rua
Acabar com os carros mal arrumados
Acabar com as habitações degradadas
Acabar com os arrumadores
Tudo isto em todo o país, do Governo às Juntas de Freguesia
Apanhar todo o entulho existente no país e evitar que se produza mais
Tirar mamarrachos
Fazer saneamento básico
Fazer verdadeiro ordenamento do território
Acolher verdadeiramente os imigrantes, incluindo casas
Educar e empregar as pessoas

Isto não exige uma tecnologia que nós não tenhamos, é bom para o turismo e colocar-nos-ia no pelotão da frente da Europa
Uma Europa que não consegue encontrar soluções para as expectativas que gerou:

Segundo a Time de 2005-11-14, a França não promove uma verdadeira integração dos seus imigrantes, não havendo, por exemplo, um único muçulmano na Assembleia Nacional Francesa.

Vasco Pulido Valente, o melhor comentarista português, retoma o mesmo assunto, do mesmo modo, afirmando que a França é um dos países mais racistas e mais xenófobos da Europa.

Em meu entender, trata-se de uma verdadeira guerra que os muçulmanos estão a mover contra a civilização europeia e dos Estados Unidos, que sempre os dominou, nunca lhes tendo dado uma alternativa de expressão, opinião e governo político.

Travam-na com as armas que têm, de modo muitas vezes completamente condenável, mas eficaz.

Apareceu um terceiro jogador na cena mundial: muçulmanos: Não só muçulmanos radicais mas apenas muçulmanos.

Isto foi muito desencadeado pela luta dos Palestinianos: as pessoas são muito sensíveis ao sofrimento e às injustiças contra este povo

À medida que ajuda os imigrantes árabes a Europa deve
Cessar as ajudas aos seus agricultores com a PAC (política agrícola comum). Os agricultores europeus devevem ser os mais ricos e os mais ajudados do mundo.
Promover uma ajuda eficaz aos países de origem da emigração, de modo que os jovens desses países não tenham de emigrar

Sunday, November 06, 2005

A revolta de alguns filhos de emigrantes, em França é muito grave.
Para além de ter de ser vigorosamente reprimida e combatida, nas suas manifestações violentas, mostra que este país não pode reagir com dois pesos e duas medidas:
Os seus dirigentes fizeram bem em assistir aos funerais dos 2 jovens electrocutados mas deveriam ter também ido ao do homem francês que foi assassinado à pancada, quando pretendia tirar uma fotografia.
A França tem a seu favor o ter-se oposto à guerra do Iraque. Mas deve também deixar de beneficiar Israel e deixar de ser vista como um dos países ocidentais que beneficiam Israel em relação aos outros países da região.

Tuesday, November 01, 2005

Público, 2005-10-31

Em Barcelona, a partir de 1 de Janeiro, vai ser proibido cuspir e urinar na rua, mendigar, exercer prostituição, procurar prostituição, comprar e vender em venda ambulante não autorizada. Tanto vão ser multados os vendedores como os potenciais clientes.

Este é um pacote de normas para garantir e assegurar a convivência na cidade, implementadas pela Câmara socialista.

Mais uma vez os espanhóis se adiantam. Em Portugal despreza-se ou tem-se medo ou vergonha de falar nestas coisas, como se de coisas menores se tratasse.

Já desde há muito tempo que defendemos um pacote semelhante para Portugal, como instrumento de convivência entre as pessoas e de desenvolvimento do país. Acrescentamos mais algumas:
Ninguém deve estacionar em cima da relva. Em certos casos há estacionamento adequado a poucos metros
Os donos é que devem limpar os dejectos dos cães, em todo o lado, para tal levando sacos de plástico, e não esperar pelos sacões da Câmara, ou coisas do género.
Proibição e sanções para as actividades dos arrumadores de carros

Por seu lado, as autoridades devem implementar um conjunto de facilidades:
Remoção de obstáculos e de coisas perigosas nas ruas e estradas
Providência de urinóis ou acordos com lojas (cafés e restaurantes) de modo a facilitar a sua utilização por todo o público, mediante alguma recompensa.

Monday, October 31, 2005

Posições de negociação face ao Médio Oriente:

Trata-se de uma guerra não convencional, em que as acções terroristas são parte dessa mesma guerra, e, em alguns casos, o único recurso de batalha para populações em grande inferioridade militar e logística, não podendo ser vistas isoladamente.

Muito desse terrorismo reflecte hábitos bárbaros e a não compreensão nem aceitação de posições e liberdades democráticas.

Mas não se educam populações à força. Posições de força de países ditos democráticos são sempre posições imperialistas, igualmente antidemocráticas.

Por outro lado, no suposto campo democrático, costuma incluir-se o Estado de Israel, o qual, a começar pela sua própria constituição, não tem nada de democrático.

Condições de pacificação para a região:

Cessação de todas as ajudas de países Ocidentais ao Estado de Israel

Retorno de Israel às fronteiras dos anos sessenta, ou constituição de um Estado único laico, israelo-palestiniano, com decisões tomadas por maioria, e pacificação da região por forças da Nações Unidas.

Retirada dos Estados Unidos e aliados do Iraque.

Thursday, October 27, 2005


Aquilo que o Presidente do Irão, Mahmud Ahmadinejad, disse: Israel deve ser riscado do mapa é, sem dúvida, extremista.
Deveria ter sido dito: o estado sionista deve ser substituído por uma república democrática e laica, tratada de igual maneira em relação aos outros países da região. Mas são tantos os extremismos e Israel é beneficiado de maneira tão escandalosa pelos países do ocidente, que o que deve ser feito imediatamente é ser reposta a justiça e a igualdade, incluindo o direito de retorno dos Palestinianos às terras que lhes tinham sido confiscadas.

Wednesday, October 26, 2005

Jovens islamistas europeus, preocupados face à injustiça da protecção aos israelitas, à invasão do Iraque, tornam-se extremistas (Time, 2005-10-31).
Dois investimentos públicos estruturantes: fazer saneamento básico no país e consertar e reorganizar em termos arquitectónicos e de arquitectura paisagística, o país.

Simpatizo com o programa de Rui Rio sobre os arrumadores e tenho pena que não esteja a dar melhores resultados.

Medina Carreira publica um dos seus brilhantes e fundamentados artigos (Público 2005-10-25) onde mostra a dificílima situação financeira de Portugal que, sendo dos piores países europeus no que se refere ao PIB per capita, é o primeiro em percentagem desse mesmo PIB para nível de fiscalidade, despesa corrente, despesa corrente primária, despesa de protecção social, pensões e outras despesas

Sunday, October 23, 2005

14 camiões portugueses foram queimados, na madrugada de 20 de Outubro, em Espanha, perto de Barcelona.
Em meu entender o Governo Espanhol deve indemnizar imediatamente os proprietários portugueses, numa situação que se me afigura de quebra de soberania por parte de Portugal, país isolado da Europa por uma única fronteira terrestre.

Tuesday, October 18, 2005

O IGAI, dirigido pelo Procurador Rodrigues Maximiano, deixou de controlar o que se passa com as polícias. Mais uma razão de preocupação.

Monday, October 17, 2005

Atenção à perturbação da legalidade: em Portugal manda o Sindicato dos Polícias, que proclama a mais desavergonhada desobediência cicil, do género de "sejam pedagógicos, não cobrem multas!"

Wednesday, October 05, 2005

Expresso, 2005-10-01: O Conselho de Cooperação Económica, da União Europeia, afirma que o modelo de desenvolvimento económico seguido por Portugal nos últimos 25 anos está em vias de esgotamento, e aponta 5 medidas para o governo cumprir, com carácter de urgência:
Resolver o problema da justiça,
Atacar a presença da economia paralela e promover o civismo fiscal
Despedir 150.000 funcionários públicos (de um universo de 500.000)
Avançar com as privatizações (estruturas energéticas, portuárias e aeroportuárias)
Flexibilizar a legislação laboral.
Outra coisa muito importante, parece-me a mim, é acabar com a dependência industrial da construção civil – turismo de má qualidade, e proporcionar que se desenvolvam outras áreas industriais


A invasão do Iraque foi um erro estratégico monumental e desnecessário, afirma Michel Scheuer, ex-veterano da CIA, na Pública do 2005-10-02
As políticas anti-islâmicas são:
Apoio dos EUA a Israel
Presença civil e militar norte-americana na península arábica
Presença americana no Iémen, ,. Iraque, Afeganistão e Filipinas
Apoio dos EUA e Ocidente a nações que oprimem os muçulmanos (Rússia, Índia e China).
Apoio de tiranias árabes como o Egipto, Arábia Saudita e Argélia
Aquisição de petróleo árabe a preços abaixo do mercado
Na perspectiva islâmica, quem legitima o poder político e as políticas externas dos Estados Unidos e da Europa são os eleitores, que têm de pagar por isso.
Bush vê o mundo brutal e perigoso de forma mais clara que a maioria dos europeus, que se enganam a si próprios e são presas do racismo e individualismo.
Os estados Unidos devem abandonar o Médio Oriente e livrar-se da dependência do petróleo do Golfo Pérsico.
Bin Laden e outros islamistas não tiveram outra solução que não fosse a violência, depois de terem falhado todas as tentativas reformistas. Bin Laden é mais um génio do que um lunático, porque consegue condicionar e alterar toda a política externa dos Estados Unidos e do Ocidente.

Thursday, September 29, 2005

Como me parece evidente, o PS não desencoraja os seus militantes de base a irem à cara de Rui Rio que, mais uma vez, mostra coragem pessoal e política.
Isto vê-se nos textos de Francisco de Assis que invoca o seu exemplo de Felgueiras como um precedente para o direito de levar na cara, e na intervenção de Sócrates.

Sunday, September 25, 2005

INVESTIR EM EDUCAÇÃO EM PORTUGAL

Não basta que se aposte na formação tecnológica das crianças portuguesas. É preciso que se arranjem indústrias e empregos para elas poderem vir a trabalhar no futuro nesse ramo.
Ora a principal indústria portuguesa parece-me continuar a ser a da construção civil, (associada ao turismo). É pelo menos visível a sua reanimação no momento actual.
Se não se criam indústrias de forte componente tecnológica o desiderato de fazer sair Portugal da cauda da Europa deverá ser apenas académico.


AUTÁRQUICAS

Pede-se ao povo português que faça aquilo que as instituições (também elas constituídas por povo) não fizeram: que varra os políticos indiciados por corruptos. Avelino Ferreira Torres, Fátima Felgueiras, Isaltino de Morais, Valentim Loureiro, não foram travados nem pela legislação portuguesa, nem pelo sistema policial-judicial, nem pelas máquinas partidárias (só tarde demais e apenas em alguns casos), e agora são os próprios políticos que pedem que seja o povo a travá-los. Não sei se o povo o vai conseguir.
Estas eleições são duplamente viciadas: porque apresentam candidatos indiciados por corrupção e porque se pede ao povo eleitor que faça aquilo que esse mesmo povo eleitor foi incapaz de fazer quando organizado em polícias, tribunais, e Estado.

Os organismos de tutela não eliminam os corruptos da vida política e depois pedem ao povo que o faça por eles.
São perigosas porque o que está em causa são os próprios fundamentos do Estado de Direito.

Wednesday, September 14, 2005



No furacão Katrina verificou-se mais uma vez o desinteresse e o desprezo pelas pessoas, por parte de muitos cidadãos e da administração americana. A mesma filosofia que aceita e encoraja a invasão do Iraque e o regime de Guantanamo. Como mudar estes sentimentos e esta maneira de pensar?

Como fazer pedagogia política? Por exemplo, ajudar as nações árabes e muçulmanas a serem democráticas sem as invadir? Ser ao mesmo tempo eficaz e firme contra o fundamentalismo e a negação de direitos humanos e atractivo como sistema democrático? Se alguém souber a resposta que me diga


Thursday, September 08, 2005

Esta chegou-me por mail

Animado pelo anúncio da recandidatura de Mário Soares à Presidência da República, o nosso querido Eusébio já confirmou o seu regresso à Selecção.
Por seu turno, António Calvário começou a ensaiar o tema que vai levar ao Festival da Eurovisão de 2006.
No caso de Rosa Mota, a atleta portuense reconheceu não ter tempo para se preparar devidamente para os Jogos Olímpicos, a disputar na Alemanha, em 2008, pelo que resolveu adiar o seu regresso para os Jogos de Paris, em 2012, onde participará na Maratona e nos 10.000.
Finalmente, Portugal em movimento...

Tuesday, September 06, 2005

Os movimentos fundamentalistas islâmicos são tão perigosos como o fundamentalismo Leninista, soviético ou maoista, e ainda como o nazismo, na sua origem e ideologia. Não devemos confundi-los com a justeza das lutas de libertação dos povos oprimidos na Palestina e nas nações árabes.

Friday, August 19, 2005

Como fazer pedagogia política? Por exemplo, ajudar as nações árabes e muçulmanas a serem democráticas sem as invadir? Ser ao mesmo tempo firme contra o fundamentalismo e a negação de direitos humanos e atractivo como sistema democrático? Se alguém souber a resposta que me diga

Sunday, August 14, 2005

Os verdadeiros desígnios nacionais, para os próximos 30 anos. Não vejo outros

Diminuir as despesas do Estado e equilibrar as finanças públicas.

Resolver, na medida do possível, o problema energético do país, recorrendo a barragens e a sistemas eólicos.

Acabar o saneamento básico do país

Promover o ordenamento e o embelezamento do território, recuperando casas degradadas e dando destino aos velhos e novos mamarrachos (estádios de futebol do Euro 2004, centros de interpretação de parques naturais, muitos à moscas e de manutenção caríssima), obras de fachada desta democracia nova.

Eliminar passagens de nível nos caminhos-de-ferro

Fazer cooperativas de produtores florestais, que, entre outras coisas, limpem as matas e eliminem os incêndios

Devolver auto-estima e sentimento de identidade ao povo português, eliminando o Portugal a duas velocidades e esta velha mania de não gostar do que somos nem do que fazemos.

Modificar a constituição, promovendo a responsabilidade dos deputados, os concursos em vez das nomeações políticas, e democratizando mais o país.

Wednesday, August 10, 2005

Como é possível que programas tão absurdos como a Ota e o TGV passem à frente de verdadeiros desígnios nacionais, como
Fazer cooperativas de produtores florestais, que, entre outras coisas, limpem as matas e eliminem os incêndios
Promover o saneamento básico do país
Promover o ordenamento e o embelezamento do território, recuperando casas degradadas e os novos mamarrachos
Eliminar passagens de nível nos caminhos-de-ferro
Resolver, na medida do possível, o problema energético, recorrendo a barragens e a sistemas eólicos.
Devolver auto-estima e sentimento de identidade ao povo português, eliminando o Portugal a duas velocidades.

Será que os nossos governantes estão comprados? Que clientelas servem? Parece que têm 2 agendas. Ao fim de pouco tempo de Governo perdem a vergonha e repetem sempre os mesmos erros.

Wednesday, July 27, 2005

Hoje saiu um manifesto no Diário de Notícias, assinado por António Carrapatoso, João Salgueiro, Silva Lopes, Medina Carreira, entre outros, contra os investimentos “estruturantes”, da OTA e TGV. Não posso senão apoiar tal manifesto!

E contraponho desde já outro investimento, este sim, realmente estruturante: os banhistas são proibidos de se banhar na praia de Albufeira, devido a problemas com uma ETAR. Calcule-se o que isto provoca, nesta altura do ano, de prejuízo para o turismo!

Leiam o post de 24 de Julho:

Àqueles que defendem a Ota e o TGV como programa de investimentos e de modernização de Portugal contraponho 2 outros grandes desígnios nacionais: completar o saneamento básico, reconstruir e recuperar os centros históricos, eliminar as passagens de nível, tornar este país decente, sem vergonha de si próprio, eliminando o Portugal a 2 velocidades.

Sunday, July 24, 2005

A demissão do Ministro das Finanças Campos e Cunha é um golpe grande na credibilidade do governo e na política económica do país.
Àqueles que defendem a Ota e o TGV como programa de investimentos e de modernização de Portugal contraponho 2 outros grandes desígnios nacionais: completar o saneamento básico, reconstruir e recuperar os centros históricos, eliminar as passagens de nível, tornar este país decente, sem vergonha de si próprio, eliminando o Portugal a 2 velocidades.

O Mário Soares para Presidente da República cheira demasiado a remake. O seu tempo já passou, nem promete nada de jeito nas políticas económicas.

José Eduardo Agualusa no Público de Domingo, 24 de Setembro: Acabem com as ajudas a África. Elas são uma das causas do seu subdesenvolvimento.

Tuesday, July 19, 2005

A quantidade de água desperdiçada nos sistemas de rega automática em Lisboa. Estou a imaginar os contratos em que a Câmara fornece a água e depois não tem qualquer controle nem vigilância sobre a forma como ela é gasta!

Sunday, July 03, 2005

Os nossos notáveis desprezam o nosso povo



Os nossos notáveis desprezam o nosso povo
A música popular aparece como música pimba que, diga-se de passagem, vende muito mais do que a música mais cultural, progressista ou de intervenção.
Alguns cantores populares têm muito mais sucesso do que alguns cantores mais politicamente correctos
Os romances populares apresentam-se dissociados da literatura mais erudita.
E como resultado disso a vida cultural portuguesa apresenta-se dissociada entre uma vida cultural erudita e uma vida cultural popular. A primeira não puxa pela segunda mas aparece em negação em relação com ela.
Portugal é, assim, um país dissociado, que, sendo uma coisa, pretende parecer que é outra.


A peregrinação a Fátima, a pé, exprime bem o atraso deste país e o seu estatuto de dissociado, no seu apoio aos peregrinos. O perigo de atropelamento é uma constante; lixo por todo o lado! Falta de áreas de descanso, a não ser no caminho a partir de Lisboa que, por acaso, nem deve ser o mais praticado.
Falta tudo: vias pedonais e passeios seguros nas bermas das estradas, para as pessoas andarem confortavelmente, respeitando os seus costumes e tradições; áreas de descanso e merenda, vias alternativas para quem pretende fazer caminhos mais perto da natureza, passeios em Fátima, acessos para deficientes.
Falta também uma informação e um sentido histórico do evento, e uma oferta turístico cultural na própria vila, com preservação do seu centro histórico, oferta de cultura, gastronomia e tradições locais, em vez de ser um bazar gigante de quinquilharia.
Esta vila ganhou fortunas à custa dos peregrinos e trata-os tão mal!
A Galiza ganhou notoriedade com os Caminhos de Santiago. Em Fátima falta um poderoso movimento cultural a favor deste evento e desta peregrinação, acredite-se ou não no milagre!



A busca energética, por parte da China, e a reacção americana, correm o risco de destabilizar definitivamente o planeta.






Monday, June 20, 2005



A propósito do Arrastão de Carcavelos

Há muito tempo que as elites dirigentes de Portugal assobiam para o lado, a fingir que não sabem o que se passa nos seus bairros marginais. Não controlam nada do que se passa nesses bairros, que precisam, neste momento, de uma gigantesca operação de reconhecimento e de suspensão de actividades ilícitas menores, como por exemplo, de vendas sem recenseamentos nem licenciamentos, a par das necessárias actividades de saneamento básico, criação de condições decentes de habitação, etc.

Mas nada disso se deve fazer de graça. Cada direito que se concede deve fazer-se a troco de pedir participação, colaboração e responsabilidades.

Só em cima disso e na sequência disso é que podem prevenir-se actividades criminais específicas, como a pequena e a grande criminalidade.

Podemos chamar-lhe uma gigantesca operação mãos limpas.

Monday, June 06, 2005

Uma democracia não é um regime fraco, mas um regime em que se limita o poder dos políticos para evitar que eles abusem sobre a população

Construtores norte americanos sucumbem ao avanço asiático, afirma-se no suplemento de economia do Público de ontem

Caçar com arco e fllecha, no Expresso de 4 de Junho de 2005. Um exercício de sadismo e um artigo de publicidade ilícita

Thursday, June 02, 2005




É de prever uma nova vaga de inovação tecnológica, e muito mais barata, à medida que o Oriente entra na competição mundial, o género da Microsoft e do Windows deixarem de ter o protagonismo que têm, de aparecerem computadores muito mais interessantes, leves e baratos; portanto uma vaga tecnológica forte, à moda do Oriente.

Monday, May 30, 2005

Portugal, como país da periferia da Europa, é parecido com a Sérvia ou com Marrocos, e as conclusões a tirar daí

Não gosta de ser como é nem se aceita como é
Julgou-se, durante muito tempo, um guardião da civilização ocidental e cristã, quando, de facto, era um país violento, pouco democrático e pouco civilizado. Sendo um país fundamentalmente cristão não aceita as influências islâmicas.
Não dá o devido valor à investigação.
Não aceita as suas pessoas nem os seus costumes (chama-lhes Pimba).

Muitas vezes as pessoas são indisciplinadas e aceitam pouco as normas. Têm pouco respeito por regras e pelas instituições que, aliás, se fazem pouco respeitar.
Mal faz alguma coisa com maior qualidade sobe esse produto para preços proibitivos. Um país de coisas caras, sobretudo se as compararmos com os salários das pessoas.
Um país de importadores
Muita sujidade, porcaria, detritos, muita corrupção


VAI DAR MUITO TRABALHO PARA MUDAR ISTO TUDO!



Mas há também as coisas positivas do povo português, por exemplo a sua convivialidade, informalismo e capacidade de adaptação


Sunday, May 22, 2005

É preciso encher os nossos campos de animais e é preciso que a centralização do Estado se sobreponha e supervisione, em democracia, a descentralização autárquica

Interesses turísticos privados fora das praias! Fora das zonas de interesse público! É melhor para todos!

Tuesday, May 17, 2005

O caso Farfalha mostra como a pedofilia osorre em sociedades fechadas, autoritárias, onde as famílias se identificam com os agressores. Um grande louvor ao Ministério Público e às autoridades da região, que souberam contrariar a corrente dominante.

Não precisaremos de mais regionalização, ou pelo menos da forma desastrosa como tem sido feita, mas de mais supervisão da regionalização actual por uma entidade central moderna, vigilante e isenta.

Sunday, May 01, 2005

Olhando o artigo de Pacheco Pereira no Público de 2005-04-28 só podemos estar de acordo. Portugal está quase reduzido a um monte de lixo, com construção por todo o lado, ruínas a céu aberto. Estragos de monta.

Nunca ninguém mais fez urbanismo, desde os Olivais e as primeiras obras do Estado Novo. Entregues às Câmaras, os PDMs estiolam, cheios de excesso de construção.

Portugal precisa de mais centralização, e não de menos centralização. Precisa de um PDM nacional, mais restritivo, a sério, que trave o excesso de construção, que é uma coisa que ainda não tem, em vez dos PDMs municipais.

Precisa de mais centralização e de menos burocracia.

Precisa de alguém que multe por os cidadãos atravessarem fora das faixas, por deixaram os cães defecarem no chão. Parece ridículo mas trata-se de uma filosofia de vida em sociedade.

E é preciso que isto tudo se faça em democracia!

Monday, April 25, 2005

Nicolau Santos, no Expresso de 2005-04-23 diz que a nossa Nokia tem de ser o mar. Acredito um pouco, mas para isso é preciso uma grande mudança de mentalidades em Portugal.

Até hoje os israelitas não recuaram nem um centímetro nos territórios ocupados aos Palestinianos, apesar das promessas em contrário, das supostas pressões e das indemnizações milionárias prometidas aos ocupantes ilegais: mais tarde ou mais cedo o povo palestiniano perguntará a Mahmoud Abbas, se são estes os resultados do cessar-fogo? Se é este o valor da aproximação americana?

É preciso que se voltem a construir, em Portugal, bairros com a densidade de fogos por hectare que existe nos Olivais. Só assim se preserva a qualidade de vida que não existe em Telheiras, no Parque dos Príncipes ou na Expo.

Os bispos de Dili e de Baucau pretendem a demissão do Governo de Mário Alkatiri, porque este pretende tornar facultativo o ensino da disciplina de religião. A igreja católica abusa. Abusa-se sempre quando se tem um elevado estatuto e se é querido e influente no povo.


Uma democracia é realmente um regime frágil porque há uma limitação tanto dos mandatos como da vontade de mandar dos governantes. Há uma limitação por 4 anos. Há uma limitação por sufrágio universal, etc. …. Mas sendo frágil nos líderes, é onde é mais forte na sociedade civil, A força da sociedade civil compensa com sucesso os limites e a rotatividade dos líderes.

Monday, April 18, 2005



Não tenho nada contra a abertura da casa da música, que até custou 100 milhões de Euros e se arrisca a ser outra obra de fachada do género de construir novo mas não conservar o que existe mas, atenção, que há salas do Conservatório Nacional a cair, com rachas de alto a baixo, conforme a SIC noticiou em 2005-04-17.
Confesso que me faz muita impressão a opinião de Luís Salgado Matos no Público de 2005-04-18, finis Europae, onde afirma que “não é de excluir que o modelo social europeu impluda como implodiu o comunismo russo”, porque é centralizdo, rígido e oposto ao mercado mundial.

Os remédios que preconiza para evitar isso são fracos, embora, provavelmente, realistas: “produzir mais e melhor, adequando a protecção social às possibilidades económicas e aumentando a competitividade”. Mas os países emergentes também sabem aumentar a inovação e a competitividade, e provavelmente com menos custos económicos e sociais.

Uma das vantagens da globalização é que, finalmente, há mais dinheiro para os países pobres. Mas parece que isto está a ser feito à custa do modelo social europeu.

Monday, April 11, 2005

Nicolau Santos, no Expresso de 2005-04-09 comenta, em meu entender bem, a situação económica mundial. Sem lugar para optimismos. Sugere que o petróleo pode subir até 105 dólares o barril.
Isto deve-se ao esgotamento de algumas reservas, ao aumento de consumo e ao facto da China estar a entrar no negócio, como uma consumidora insaciável, que aumentou as suas compras em 2004 em 35%, sendo responsável por 8% do consumo mundial e por 1/3 do aumento de procura.
Por outro lado a oferta de petróleo já não é exclusivamente controlada por multinacionais (as 7 irmãs, mas por muitas companhias nacionalizadas, pertencentes a países produtores.
Neste sentido, a Agência Internacional de Energia sugere medidas drásticas de poupança de combustível, e os países da Europa preparam-se para terem um ritmo de crescimento de 1,6%, muito mais baixo do que o inicialmente previsto.
Energia eólica e energia solar, recuperar atrasos e tempos perdidos são, a par de poupança, as prioridades para este momento em Portugal, para não perdermos nem a competitividade nem o conforto a que nos habituámos ao longo de decénios.

Sunday, April 10, 2005

O jornal Público, de 2005-04-09, comenta as recentes medidas do Ministro da Saúde, Correia de Campos, de mudar o nome dos hospitais SA para Hospitais EPE (Entidades Públicas Empresariais), sem que, de facto, nada mude de substancial, a não ser uma menor preocupação com o lucro, isto é, com a economia de meios e de custos.

Tem toda a razão o editorialista do Público, no meu entender. Mudar só por mudar é provavelmente o que estamos a assistir. Vamos a ver o que vem mais!

Tuesday, April 05, 2005

O Público de 2005-04-06 apresenta uma visão pessimista sobre o crescimento do PIB português, que a Comissão Europeia prevê eu seja de metade da média europeia, com um défice de 4,9% para 2005. Portugal precisa de mudar quase tudo: mudar de indústrias, reduzir a Função Pública em efectivos e salários, aumentar a eficiência de procedimentos.

O Expresso de 2005-04-06 também põe o dedo na ferida: Nicolau Santos afirma que o custo médio de mão de obra na Europa é de 40 dólares, na Europa de Leste é de 4 e na China é de 40 cêntimos. Não há aumento de produtividade que resista! ou a globalização é modificada ou estaremos todos, no mundo ocidental, muito mal dentro em breve!

Monday, March 21, 2005


Coisas para os portugueses aprenderem a fazer
Não estacionar em cima dos passeios
Não estacionar em cima de jardins ou de relva, mesmo quando já destruída
Atravessar nas passadeiras de peões e nas faixas desniveladas
Não deitar lixo para o chão, para a rua, para os campos
Não deitar lixo de carros em andamento
Apanhar os dejectos que os seus cães fazem nas ruas, jardins e passeios


Tarefas básicas de um Governo
Fazer ordenamento do território
Fazer saneamento básico
Fazer prevenção de fogos florestais
Promover ambientes sustentáveis para vida selvagem
Acabar com as passagens de nível nas ferrovias
Promover medidas de integração social

É preciso promover responsabilidades partilhadas entre os cidadãos e o governo



Política internacional: confesso que fiquei muito impressionado com o voto maciço dos cidadãos no Iraque, e que não estava mesmo nada à espera

Sunday, February 27, 2005

Manuela Ferreira Leite para dirigente do PSD: a única tentativa séria para alterar o estado de coisas e conseguir travar a decadência desse partido e, talvez, de proporcionar um futuro ao país. Precisa de continuar rigorosa mas temperada com um pouco memos de pessimismo.

Vasco Pulido Valente no Público de 26 de Fevereiro de 2005: contra a descentralização, com argumentos fortes mas que, infelizmente, ninguém tem ouvido até agora.

Saturday, February 26, 2005

Israel planeia construir mais de 6000 casas nos colonatos da Cisjordânia ocupada, anunciou ontem o jornal Yediot Ahronot, ao mesmo tempo planeia que abandonar os colonatos da faixa de Gaza.

Decididamente, as coisas não correm bem nem aos palestinianos nem ao mundo árabe de modo geral. Depois da mais do que oportuna morte de Yasser Arafat, continua a invasão e ocupação israelita, por todos os meios.

Thursday, January 27, 2005

do http://abrupto.blogspot.com/

23.1.05
(JPP) DIGA LÁ EXCELÊNCIANa parte inicial da entrevista na Dois, Marçal Grilo descreveu com grande exactidão a situação actual do sistema partidário. Chamou a atenção para a semelhança dos critérios de recrutamento, promoção e escolha das pessoas nas estruturas intermédias do PS e PSD, e o modo como os partidos foram "tomados por dentro" por "interesses intermédios", de que o imobiliário é exemplo. A ascensão nos aparelhos partidários dos autarcas e de todo um mundo de pessoas deles dependentes, nas vereações, nas empresas municipalizadas, nos empregos municipais, ocupou e estiolou todo o espaço político das secções dos partidos e dos órgãos locais e regionais. Estas vivem à volta dos empregos e dos favores com origem no poder local.Tudo isto é de uma grande exactidão - inclusive a ênfase de Marçal Grilo de que se trata de "interesses intermédios" e não dos "grandes interesses" como muitas vezes erradamente se mistura. Estes actuam mais ao nível do topo dos partidos e nos sectores não escrutinados dos governos, como os assessores, consultores, etc., exercendo o seu poder mais na base da pressão, da negociação e da troca de favores, do que na corrupção.

Monday, January 24, 2005

COISAS BOAS DOS ÚLTIMOS DIAS


Marçal Grilo “Público de 2005-01-24, defende um parlamento em Portugal com 150 a 180 deputados, parte dos quais eleitos em círculos uninominais.

Defende também que os reitores das universidades deveriam deixar de ser eleitos, e nomeariam directores de faculdades de modo a acabar com o espírito corporativo nas universidades. E as Faculdades deveriam ser impedidas, por lei, de contratar os seus próprios doutorados (como já se faz em Espanha).

Dever-se-á acabar com os mega-concursos nas escolas

Estrangeirados em Portugal (de fora mandam cá dentro)
Os piores são os do tipo D. Sebastião (lendas vivas que sugam a capacidade de iniciativa dos locais).
Depois vêm os de tipo António Vitorino e António Borges. Estão no estrangeiro e mandam no país. No segundo caso, por exemplo, não se lhe conhece nenhuma experiência governativa ou política em Portugal (muitas vezes a culpa não é deles mas de quem os está sempre a promover – não há festa nem festança em que não se convide a Dª Constança – diz Vitorino).
Depois vêm os professores reformados nos países do estrangeiro que arranjam um modo de vida em Portugal, tirando um lugar aos que cá estão e que sempre lutaram denbtro do país.

Saldanha Sanches (Expresso de 2005-01-22), contra a regionalização do país.

E por último este extraordinário analista que é Vasco Pulido Valente, que contrapõe o idealismo de Wilson, Kennedy e Bush (desastrosos) ao pragmatismo de Lincoln, Roosevelt e Truman (sensatos)



Sunday, January 16, 2005

O povo da Palestina está tão humilhado que qualquer pequeno incidente reactiva a sua luta.

O problema da educação em Portugal não é um problema financeiro, mas de dinheiro a mais, disse-se no fórum Novas Fronteiras, do PS. Uma frase bem correcta, porque os problemas de compadrio e de desorganização sobrtelevam os económicos no ensino português.

A China vai disponibilizar 2000 milhões de dólares para Angola, contra garantias em petróleo, e vai realizar, com os seus próprios cidadãos, nesse país, os investimentos que esse dinheiro comporta. Espera exportar para Angola 4 milhões de pessoas em 2006, para a realização desses projectos. Perigosa forma de colonização!




Tuesday, January 11, 2005

Posso estar enganado mas mais uma vez me parece de louvar a luta que Rui Rio trava contra a corrupção no Norte, parecida com a que Francisco de Assis travou contra Narciso de Miranda e o núcleo de Felgueiras do PS, antes de começar a meter os pés pelas mãos.

a estratégia de acabar com os arrumadores parece não ter sido tão bem conseguida. Provavelmente foi desfigurada pelos muitos falsos amigos e adversários do Presidente da Câmara. Outro tanto não aconteceu nas Caldas da Rainha, onde a Câmara Municipal, em colaboração com a PSP e a Associação Canguru conseguiram extinguir esta actividade em 3 meses, numa mistura de firmeza e de diálogo e reinserção social.

Parabéns ao povo da Palestina Mártir, que conseguiu fazer umas eleições pluralistas


Wednesday, January 05, 2005

Ao apadrinhar a reedição do espírito do Bloco Central, uma solução estafada, o Presidente da República tenta, desesperadamente, salvar a sua passagem por Belém. Mas é tarde demais. Os dois últimos mandatos presidenciais estão associados à instabilidade política e ao caos nas finanças públicas, que fazem recordar os tempos dos empréstimos do Fundo Monetário Internacional, a venda das reservas de ouro e as negociatas das privatizações.

O balanço negro não fica por aqui. Hoje, ninguém duvida que o regime está em causa. A falta de líderes capazes de resistirem aos lobbies , a incapacidade de renovação dos partidos políticos e a turbulência associada ao regime semi-presidencialista vão provocar, a breve prazo, uma crise político-institucional.

O mais grave é que o impasse está aí, à vista de todos. De facto, e muito por força do actual regime de financiamento partidário, mais uma vez, o futuro deverá passar pelas duas principais forças políticas, que atingiram o expoente do desgaste e da descredibilização.

Rui Costa Pinto; em Visão on Line, citado no Público de 2005-01-04. Oxalá ele se engane



Tuesday, January 04, 2005

Saldanha Sanches, Vasco Pulido Valente, Medina Carreira: os melhores comentaristas portugueses


A democracia não é panaceia. Veja-se como o sistema democrático israelita invadiu a Palestina, como a democracia americana e inglesa apoiam a invasão do Iraque. É preciso que amplie e fortifique este conceito de forma a impedir acções imperialistas e grosseiramente antidemocráticas.



Sunday, January 02, 2005




Pôr um sistema de prevenção de Tsunamis no Índico e Pacífico, pago pelos países da ONU, e reparar os prédios que, em Lisboa, um novo sismo, com a intensidade do de 1755, fatalmente destruiria.


Portugal deverá ser com a Espanha como a Noruega com a Suécia.

As casas andaluzas, viradas para dentro. Haverá comparação em Portugal? Parecem casas africanas, com muros altos para o exterior, com tarefas de defesa perante o inimigo

Em Portugal mandam os ausentes: uma versão benigna do mito de D.Sebastião

O pacto de regime que Jorge Sampaio propõe é perfeitamente adequado e faz parte das suas funções. Aliás, ele é quem está mais bem colocado para propor este tipo de pactos.


Pacto de regime para os próximos 30 anos:
Equilibrar as finanças públicas, equilibrando os salários e as prestações sociais, nomeadamente na Função Pública, com a produção, e fazer um esforço geral de construção e reconstrução do país, incluído entre outras as alíneas abaixo:
fazer saneamento básico
construção anti-sísmica, de habitação, reconstrução de obras públicas degradadas e em ruínas, e reparação de prédios vulneráveis a uma catástrofe de tipo sísmico
fazer limpeza de matas e dispositivos de prevenção de fogos florestais. Limpeza e arranjo geral do país
ordenamento do território, com rede viária e ferroviária adequada, sem cruzamentos passagens de nível, etc.
limpeza geral do país
Preservação do ambiente natural e da vida selvagem
Tudo isto já deveria ter sido feito, pelo menos nos primeiros 30 anos posteriores ao 25 de Abril, tendo aproveitado a oportunidade de ouro do dinheiro da Comunidade Europeia. Mas, como não foi, é preciso fazer agora.

São tarefas infraestruturais em cima das quais uma civilização pode desenvolver-se

Lá está o Correia de Campos a pedir batatinhas ao PS
, no Público de 2004-12-31, quando pergunta se o PS “dividirá a água pelos que o ajudaram?”.
Ele, que não teria desdenhado continuar como ministro da saúde do governo PSD depois de o ter sido durante o governo PS, vem, no seguimento de Narciso Miranda e de tantos outros, e para que não fiquem dívidas, pedir desde já a sua parte.

Não esquecer que, por cada corrupto, há um ou mais corruptores activos, que necessitam ser mais castigados, muitas vezes, do que o próprio corrupto, sobretudo quando este é de um país pobre e os corruptores de países ricos e influentes.





 
Assine meu Livro