Monday, April 25, 2005

Nicolau Santos, no Expresso de 2005-04-23 diz que a nossa Nokia tem de ser o mar. Acredito um pouco, mas para isso é preciso uma grande mudança de mentalidades em Portugal.

Até hoje os israelitas não recuaram nem um centímetro nos territórios ocupados aos Palestinianos, apesar das promessas em contrário, das supostas pressões e das indemnizações milionárias prometidas aos ocupantes ilegais: mais tarde ou mais cedo o povo palestiniano perguntará a Mahmoud Abbas, se são estes os resultados do cessar-fogo? Se é este o valor da aproximação americana?

É preciso que se voltem a construir, em Portugal, bairros com a densidade de fogos por hectare que existe nos Olivais. Só assim se preserva a qualidade de vida que não existe em Telheiras, no Parque dos Príncipes ou na Expo.

Os bispos de Dili e de Baucau pretendem a demissão do Governo de Mário Alkatiri, porque este pretende tornar facultativo o ensino da disciplina de religião. A igreja católica abusa. Abusa-se sempre quando se tem um elevado estatuto e se é querido e influente no povo.


Uma democracia é realmente um regime frágil porque há uma limitação tanto dos mandatos como da vontade de mandar dos governantes. Há uma limitação por 4 anos. Há uma limitação por sufrágio universal, etc. …. Mas sendo frágil nos líderes, é onde é mais forte na sociedade civil, A força da sociedade civil compensa com sucesso os limites e a rotatividade dos líderes.

Monday, April 18, 2005



Não tenho nada contra a abertura da casa da música, que até custou 100 milhões de Euros e se arrisca a ser outra obra de fachada do género de construir novo mas não conservar o que existe mas, atenção, que há salas do Conservatório Nacional a cair, com rachas de alto a baixo, conforme a SIC noticiou em 2005-04-17.
Confesso que me faz muita impressão a opinião de Luís Salgado Matos no Público de 2005-04-18, finis Europae, onde afirma que “não é de excluir que o modelo social europeu impluda como implodiu o comunismo russo”, porque é centralizdo, rígido e oposto ao mercado mundial.

Os remédios que preconiza para evitar isso são fracos, embora, provavelmente, realistas: “produzir mais e melhor, adequando a protecção social às possibilidades económicas e aumentando a competitividade”. Mas os países emergentes também sabem aumentar a inovação e a competitividade, e provavelmente com menos custos económicos e sociais.

Uma das vantagens da globalização é que, finalmente, há mais dinheiro para os países pobres. Mas parece que isto está a ser feito à custa do modelo social europeu.

Monday, April 11, 2005

Nicolau Santos, no Expresso de 2005-04-09 comenta, em meu entender bem, a situação económica mundial. Sem lugar para optimismos. Sugere que o petróleo pode subir até 105 dólares o barril.
Isto deve-se ao esgotamento de algumas reservas, ao aumento de consumo e ao facto da China estar a entrar no negócio, como uma consumidora insaciável, que aumentou as suas compras em 2004 em 35%, sendo responsável por 8% do consumo mundial e por 1/3 do aumento de procura.
Por outro lado a oferta de petróleo já não é exclusivamente controlada por multinacionais (as 7 irmãs, mas por muitas companhias nacionalizadas, pertencentes a países produtores.
Neste sentido, a Agência Internacional de Energia sugere medidas drásticas de poupança de combustível, e os países da Europa preparam-se para terem um ritmo de crescimento de 1,6%, muito mais baixo do que o inicialmente previsto.
Energia eólica e energia solar, recuperar atrasos e tempos perdidos são, a par de poupança, as prioridades para este momento em Portugal, para não perdermos nem a competitividade nem o conforto a que nos habituámos ao longo de decénios.

Sunday, April 10, 2005

O jornal Público, de 2005-04-09, comenta as recentes medidas do Ministro da Saúde, Correia de Campos, de mudar o nome dos hospitais SA para Hospitais EPE (Entidades Públicas Empresariais), sem que, de facto, nada mude de substancial, a não ser uma menor preocupação com o lucro, isto é, com a economia de meios e de custos.

Tem toda a razão o editorialista do Público, no meu entender. Mudar só por mudar é provavelmente o que estamos a assistir. Vamos a ver o que vem mais!

Tuesday, April 05, 2005

O Público de 2005-04-06 apresenta uma visão pessimista sobre o crescimento do PIB português, que a Comissão Europeia prevê eu seja de metade da média europeia, com um défice de 4,9% para 2005. Portugal precisa de mudar quase tudo: mudar de indústrias, reduzir a Função Pública em efectivos e salários, aumentar a eficiência de procedimentos.

O Expresso de 2005-04-06 também põe o dedo na ferida: Nicolau Santos afirma que o custo médio de mão de obra na Europa é de 40 dólares, na Europa de Leste é de 4 e na China é de 40 cêntimos. Não há aumento de produtividade que resista! ou a globalização é modificada ou estaremos todos, no mundo ocidental, muito mal dentro em breve!
 
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