Saturday, April 30, 2011

Este fim de semana houve 3 destaques que me interessa salientar

João Cravinho deu ontem uma entrevista à TSF onde admitiu que “infelizmente, vamos ter de mudar de vida”, mas deixou um aviso: “o problema fundamental do país não é, de forma alguma, a gravidade das finanças públicas”

O ex-ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território do primeiro governo de António Guterres, em declarações à TSF, começou por admitir que “todos nós já percebemos que, infelizmente vamos ter de mudar de vida”.

A preconizada mudança de vida pressupõe, nas palavras de Cravinho, “uma resolução [da actual crise] que vai ser dolorosa e prolongada”, adiantando igualmente que a resolução em curso, “em muitos casos trata dos sintomas e não das raízes”.

O ex-ministro vai mais longe: “esta ideia de comprimir o défice, como se passasse um rolo compressor em cima, sem perceber que o problema fundamental do país não é, de forma alguma, a gravidade das finanças públicas”, conclui Cravinho.

“A situação é grave mas isso é o reflexo”, adianta João Cravinho, para quem “a gravidade fundamental está na falta de capacidade empresarial e competitiva"

www.jornaldenegocios.pt. 29 de Abril de 2011

O segundo destaque é para Vasco Pulido Valente, no Publico de sexta feira, sobre o Bloco Central, proposto pelo Presidente da República em exercício e pelos 3 anteriores. Uma nova AD não é adequada agora para sossegar a população e acalmá-la mas sim, é preciso que o PS esteja no poder. E quem diz o PS diz José Sócrates.

Se eu concordo com a ideia do Bloco Central considero, no entanto, que José Sócrates é um veneno para o país, e daqui vem o 3º destaque, veiculado por Pacheco Pereira no Público de Sábado, a dizer, de forma convincente, que é preciso retirar José Sócrates (o demónio que nós conhecemos) do poder.

De facto José Sócrates representa o Chico-Espertismo nacional, da Sociedade Civil e dos partidos que se preparam para continuar a minar todas as instituições a servir-se do povo para benefícios pessoais. Fazer um bloco central com ele não é ir à raiz do problema mas sim manter e dar um sinal positivo a todas as ervas daninhas cujas raízes persistem e que se preparam para proliferar, embora as folhas possam ter sido cortadas.

Não se trata de fulanizar um problema mas de impedir que um novo Berlusconi tome o poder. Sócrates, o amigo de Kadafi e de Chavez, já se teria tornado num novo ditador em Portugal se estivesse num contexto mais favorável.

Eliminá-lo do Poder é criar as pré-condições indispensáveis para se introduzir honestidade na vida pública e nas administrações portuguesas, indispensável para começarmos a encarar os nosso problemas de frente.

Saturday, April 23, 2011

Um PS sem Sócrates

O facto de neste momento ser impossível ter um PS sem Sócrates não é inocente nem se joga no domínio das ideias. Significa que Sócrates representa a oligarquia que se instalou no poder e que é o líder desse potentado económico, que inclui alguns dos mais importantes ricos e novos ricos deste país, não passando o PS, neste momento, de um instrumento ao serviço desse grupo.

La Défense, Paris, continuação do blogue anterior







Friday, April 22, 2011

Anfiteatro do Largo José Afonso, em Setúbal



Hoje fui a Setúbal e ao passar pelo Largo José Afonso deparei com este horroroso mamarracho, de utilidade nula, pequeno demais para poder comparar-se com La Défense, em Paris, e grande demais para a cidade em que foi erguido, já com a bateria de luzes em estado de degradação, e que mostra bem o desperdício e o despesismo dos últimos governos PSD e PS, particularmente do Governo Guterres, que reinou entre 1995 e 2002.
Fui à net procurar os responsáveis e encontrei várias referências, que apontam para a habitual irresponsabilidade do Presidente da Câmara Mata Cáceres, e de Governos socialistas e do PSD, numa obra caríssima, contra os protestos da população recolhidos em todos os sites consultados
E agora ali está aquele túnel de vento, sem grandeza e definitivamente sem dinheiro para funcionar.
Algumas referências ao monstro:

“Setúbal na Rede” - 20-03-2001 16:14
Setúbal investe um milhão no Parque José Afonso

Um milhão e duzentos mil contos é o custo total das obras previstas pela Câmara Municipal de Setúbal para recuperar o Largo José Afonso, na zona central da cidade habitualmente utilizado para a realização da Feira de Santiago. O projecto deverá ser financiado através do programa governamental Polis e inclui a construção de um parque de estacionamento subterrâneo e um anfiteatro. Se os prazos forem cumpridos, a zona estará recuperada em 2002.


O projecto do arquitecto Manuel Salgado tem em vista a rentabilização do Largo José Afonso e o seu enquadramento na zona envolvente da Avenida Luísa Todi que também será “reabilitada” ao abrigo do Polis, garante a vereadora do pelouro do Urbanismo, Teresa Almeida. A ideia, segundo conta a autarca, é “reabilitar toda a zona aproveitando os espaços para usufruto da população”, através da criação de um parque de estacionamento com lugar para 320 veículos, contribuindo assim para minorar os problemas decorrentes da falta de estacionamento na cidade.
O projecto prevê ainda a construção de um anfiteatro ao ar livre com capacidade para 2500 espectadores, a que a vereadora do Urbanismo chamou de “pequena Praça Sony”, e que a autarquia destina a espectáculos a realizações culturais a promover durante todo o ano.
O presidente da Câmara de Setúbal, Mata Cáceres, está convencido de que o projecto será aprovado ao abrigo do Polis tendo em conta que o projecto de execução e o plano de pormenor estão dados por concluídos “enquanto a maioria das 18 câmaras candidatas ao programa ainda não tem nada preparado”.
Confrontado pelo “Setúbal na Rede”, com a possibilidade de não ser aprovada a candidatura ao programa governamental, Mata Cáceres garante que “o projecto vai mesmo em frente” nem que, para isso a autarquia “se candidate a financiamentos”.
Pelas contas do presidente da Câmara, o concurso será lançado em Abril deste ano e as obras deverão iniciar-se já em Novembro. A recuperação do Largo José Afonso, que deverá estar completa no final de 2002, prevê a permanência da Feira de Santiago no mesmo local porque, segundo explica Mata Cáceres, os dois equipamentos são compatíveis.
Mas deixa em aberto a possibilidade de transferir o certame para outra zona, como, aliás, há anos tem vindo a tentar sem sucesso. Este continua a ser um caso de difícil resolução, pois o facto de se tratar de uma feira comercial e cultural impede a sua saída da zona central da cidade.


Thursday, April 21, 2011

Falta um rumo a Portugal

Se o PS não fosse encabeçado por Sócrates e não tivesse figuras como Vitalino Canas, Ricardo Rodrigues e outros, até era um partido em que se poderia votar

Se o PSD não tivesse por líder um menino convencido que faz tantas asneiras também seria.

Faltando um rumo aos actuais partidos falta um rumo a Portugal.

Alguma sugestão?

centrais nucleares no Japão

Um país como o Japão, considerado exemplar em termos de coesão social e segurança, construiu três centrais nucleares praticamente ao nível do mar e resistentes apenas até sismos de grau 7. Depois deste péssimo exemplo, como será a segurança nas centrais nucleares do resto do mundo? Temos o direito de saber

Onde se deve cortar nas medidas de austeridade?

Onde se deve cortar nas medidas de austeridade? Não é nos ricos que paguem a crise nem especificamente na classe operária

Muitas vezes deve ser nas secções de pessoal e de contabilidade, gabinetes de projectos e outros, por onde passam pessoas que não têm nada que fazer.

Em Portugal, com a gestão partidarizada dos serviços públicos, estas secções e os dirigentes trabalham sempre a 50 %: uns activos ( os membros do partido no poder) e outros na prateleira (os associados ao partido na oposição).

Cortar na elevada proporção de altas patentes nas forças armadas relativamente à sua dimensão; no elevado número de deputados, nas empresas públicas, nas fundações etc.

É preciso que todos trabalhem.

política

Um dos assuntos mais duros do mundo é a política. De facto, em vez de dirigentes substituídos periodicamente, temos assistido a toda a espécie de usurpações e de crimes contra pessoas e contra a humanidade.

A democracia é uma maneira de assegurar que os políticos que governam o país sejam substituídos periodicamente e por intervalos de tempo curtos, sem permitir que abusem do poder.

É portanto e em primeiro lugar uma tarefa da sociedade civil. Pressupõe um grupo de cidadãos, forte, coeso e que não se deixa enganar.

Saturday, April 09, 2011

O povo Líbio continua a sofrer às mãos do maior tirano vivo do mundo, armado pelas potências ocidentais que lhe compraram o petróleo e que que agora se recusam a ajudá-lo ou o fazem tarde e a más horas.
Vide a hipocrisia do Presidente da NATO e dos seus comandantes, que já mataram mais de 10 dos heróicos combatentes deste povo, por negligência, descuido e má fé.

Vista dos moinhos de Belas numa manhã de Abril



Friday, April 08, 2011

Língua de Trapos

O Secretário Geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, sabe muito bemfalar politiquês. Mata os insurgents contra o regime de Kadafi, supostamente por engano, enquanto deixa este no terreno, na posse de todas as suas armas de destruição, compradas com dinheiro dos europeus.

Cumpre assim o mandato da ONU que, na sua versão, significa deixar morrer pessoas inocentes ao seu lado e nada fazer, enquanto acaba por proteger o regime do ditador assassino.

Monday, April 04, 2011

Porque silenciam a ISLÂNDIA?

Estamos neste estado lamentável por causa da corrupção interna – pública e privada com incidência no sector bancário – e pelos juros usurários que a Banca Europeia nos cobra.

Sócrates foi dizer à Sra. Merkle – a chanceler do Euro – que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha a pão e água para pagar os juros ao valor que ela quisesse.
Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele.
Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise.
Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.
Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal.
A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas “macaquices” bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar).
País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria.
Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal “ajuda” ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para “tapar” o buraco do principal Banco islandês.
Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos.
O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.
Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições.
Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha.
Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.
Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não “estragar” os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado.
As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais.
Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010.
O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado.
Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos.
Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo.
O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez.
Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo.

Por Francisco Gouveia, Eng.º ,
in Jornal de Negócios

Friday, April 01, 2011

MEDIDAS POLÍTICAS PARA A EVOLUÇÃO DE PORTUGAL, NOS PRÓXIMOS 9 ANOS

ASPECTOS GERAIS: defendo a liberdade, a livre iniciativa e a propriedade privada e, só neste sentido, estou mais próximo da prática do PS e do PSD. Por outro lado, a nível de defesa de direitos humanos e justiça social, considero-me à esquerda do PS.

Sou humanista. Nunca poderia pertencer ao PCP ou ao BE, nomeadamente na sua justificação passada e/ou presente, sem autocrítica, das ditaduras mais desenfreadas e violentas. Sou a favor da evolução dentro das regras da democracia.

Sou completamente contra a legalização das drogas. As ditas leves estão entre as piores.

A maioria dos países muda, e muda depressa. Aquilo que nos separa dos países mais desenvolvidos do mundo resume-se a pouco mais do que uma questão de mentalidades e de práticas sociais. Se nunca resolvermos isso nunca chegaremos a ser ricos, nem mesmo remediados.

Em Portugal não se mexeram nas infra-estruturas sociais, nem no enraizamento sociocultural das pessoas. E vez disso escavaram-se as assimetrias, desertificou-se o interior, enriqueceram-se os mais ricos, construiu-se demais e a despropósito; por exemplo fez-se o Centro Cultural de Belém sem se terem feito obras no Conservatório Nacional, e o país abunda de obras do Cavaquismo e do Guterrismo, muitas delas sem qualquer utilidade, outras já em adiantado estado de degradação, e agora perigosas. É por isso importante reverter este rumo, demolindo, reparando, remodelando, aqui e ali construindo, isto é, no fundo desfazer o caos e o atraso. Desfazer o fosso, tanto económico como sociocultural, que nos separa dos países desenvolvidos.

Por isso defendo um programa diferente, difícil quanto baste, ágil, original e inovador que, se for feito, marcará a diferença em relação a muitos países da Europa.

Este programa, idealmente, deveria exigir um governo próprio, mas pode ser enxertado em qualquer governo, mais socializante, liberal ou conservador, como uma espécie de capital de risco, se tiver verbas atribuídas e houver, por parte do país, uma real vontade de o aproveitar.

Tem 3 medidas estruturantes, enquadradas no texto abaixo; reconstruir Portugal, fazer auditorias e escolher o máximo de dirigentes por concurso.

ACÇÕES: temas de mobilização nacional.

1. Refazer a actividade económica e tornar Portugal um país onde seja bom viver

Promover nacionalmente a actividade local, em várias vertentes:

Limpar o lixo e o que está a mais, destruição de mamarrachos e edifícios em ruínas …e promover nacionalmente pequenas e médias obras de reparação, recuperação de monumentos degradados, e desenvolvimento.

Promover nacionalmente acções locais de segurança: por exemplo tolerância zero a condução perigosa e a mortes na estrada (Construção urgente de mais sinalização e de bandas sonoras sugeridas localmente e supervisionada por técnicos a nível nacional. Eliminar zonas perigosas e potencialmente perigosas. Construir passeios nos sítios onde não os há).

Construção, a nível nacional, de mais caminhos com muito mais segurança e conforto para pedestres (veja-se por exemplo a vergonha dos diversos caminhos para Fátima).

Promover a despoluição do país e o recurso possível a energias alternativas. Recuperação e desenvolvimento de etares e gestão correcta de resíduos, nomeadamente no interior.

Muitas destas obras serão encomendada e pagas por Câmaras Municipais, e Juntas de Freguesia: Haverá muita intervenção de voluntariado, comissões de moradores, associações. Mas a distribuição de verbas para isso e a execução dos trabalhos, far-se-á por concurso, dirigido a privados, microempresas e a instituições sem fins lucrativos, em regime de equiparação completa.

Mas não se trata de um capitalismo popular, embora se procure atribuir grande parte destas verbas a micro e pequenas empresas.

É antes uma acção de limpeza e de reconstrução geral, com actos de civismo e de educação, generalizados a nível económico, a actuar ao lado dos sectores mais tradicionais de produção.

Não sendo contra as grandes empresas e as multinacionais dar-se-ia nestes primeiros anos uma especial atenção a promover a pequena e média iniciativa individual a nível local (que recria classe média e repovoa o interior do país).

É preciso promover a criação de micro empresas de produção de produtos regionais. Por exemplo choca ir a uma cidade de província ou aldeia e não haver nada de local para comprar. Só artigos de má qualidade, fabricados em locais distantes, feitos de plástico ou embalados em plástico.

Paralelamente haverá que facilitar ainda mais a criação e o registo de pequenas empresas. Mas, por exemplo, em qualquer bairro degradado qualquer loja aberta terá de estar legalizada, ter os registos em dia e pagar impostos.

O dinheiro para estas acções seria atribuído livremente por privados, retirado do Rendimento Social de Inserção, que substituiria em parte, e do subsídio de desemprego, que eliminaria em grande parte.

Haveria um forte recurso ao microcrédito, com bancos especializados nesse negócio.

Seria também retirado a partir de uma fiscalização mais eficaz das actividades económicas, que colectasse oficinas ilegais, lojas ilegais que existem por todo o lado no país, particularmente em zonas degradadas e muito degradadas.

Tudo isto são actividades pagas, descentralizadas, que injectam mais dinheiro e poder de compra nas populações locais, e recriam a classe trabalhadora e média. São genuinamente nacionais e promovem a imagem do país, a sua auto-estima, o patriotismo e o turismo, beneficiário imediato destas melhorias, que é a principal indústria nacional. Esta operação de construção e reparação não é, portanto, inocente, e não seria definitiva. Daria uma nova consciência cívica aos portugueses, contribuiria para a descentralização de decisões, a fixação de pessoas e de riqueza nas zonas de origem e para a formação de uma nova classe média.

Com esta acção de promoção da economia, Portugal poderia começar a fazer a diferença e a fazer diminuir o fosso que nos separa dos países mais desenvolvidos.

2. Administração: fazer auditorias e responsabilizar cada dirigente. Promover nomeação por concursos sempre que possível.

Um dos maiores males dos governantes é que decidem sempre sem ver, apenas consultando os dossiers. Quando um 1º ministro se desloca tem de ir sempre acompanhado do ministro da tutela e dos respectivos secretários de Estado ou Directores Gerais. Recebem sempre os dirigentes em vez de irem visitar as instituições de um modo informal e ágil. Mesmo que não queiram são permanentemente enganados. Fazem lembrar os reis que não podiam vestir-se por si sós mas apenas serem vestidos por uma corte infindável de camareiros, levando nisto a maior parte do dia. Acabam por não ter qualquer liberdade de movimentos nem capacidade de observação.

Defendo portanto auditorias para informação, e não punitivas, de surpresa e permanentes, por exemplo semanais. Teriam uma componente de encorajamento de quem trabalha. As correcções de situações anómalas observadas não se fariam no local mas depois, com os responsáveis da tutela. As hierarquias não seriam beliscadas nem destruídas. Apenas responsabilizadas

Se o 1º ministro fizesse isto, teria um efeito multiplicador, com todos os ministros a serem obrigados a fazer o mesmo e reanimaria os serviços de auditoria de todos os ministérios

As auditorias semanais deveriam tendencialmente ser feitas por todos os dirigentes e não delegadas. Desde o 1º ministro que todas as semanas faria uma visita surpresa a qualquer lugar de administração ou actividade económica ou administrativa. Isto colocaria a administração a funcionar muito bem no período de um ou 2 anos, e acabaria com a distinção entre trabalho de secretária dos dirigentes e o trabalho dos subordinados.

Atribuir tarefas a pessoas em vez de ser a órgãos colegiais, um pouco como se faz na iniciativa privada com os CEOS (Chief Executive Officer) e nos EUA. Só quando isso for impossível se deve recorrer a órgãos colegiais ou à eleição de dirigentes.

Colocar o máximo de pessoas em postos de chefia por concurso em vez de ser por nomeação ou por eleição.

Esta medida aparentemente diminui a autoridade dos líderes. Mas acaba por reforçá-la. Assim como fim do direito de vida ou de morte sobre os seus vassalos aumentou o poder dos dirigentes da idade moderna. Acabar com uma autoridade espúria ou exagerada aumenta sempre o efeito da autoridade legítima. É necessário saber abdicar de algum poder se o queremos exercer com maior eficácia.

Preferir sempre o consenso à votação. Criar organismos de consenso ao lado dos partidos, e só se elege se não for possível atingir o consenso.

A eleição deve ganhar dignidade e não se opor à autoridade do Estado. Só devem ser eleitos os autarcas, os deputados (em menor número e em círculos uninominais) e o Presidente da República, que nomeia o Chefe do Governo.

Tentar não despedir um único funcionário público, mas extinguir os lugares à medida que vagassem, até reduzir a Função Pública a um tamanho conveniente.

3. Boa educação e civismo

Coexistiria com uma operação de boa educação e de hospitalidade nas pessoas, à semelhança do que fez há pouco tempo em Barcelona: proibido cuspir, urinar ou atirar lixo para o chão, estacionar na relva ou em cima de passeios. Limpar, com o seu próprio saco, os dejectos que os seus cães fazem; atravessar as ruas nos locais próprios; não maltratar as crianças nem os animais; integrar os guetos e as pessoas marginalizadas.

4. Novidades no desporto

Ajudar os seniores a activar-se e fazer desporto para todas as idades. Promover competições para todas as faixas etárias (olimpíadas para seniores). Concursos de longevidade e concursos de boa saúde. Isto promoverá imenso a pesquisa na área da saúde e a qualidade de vida dos mais velhos.

5. Reforçar e agilizar a justiça

Pensar mais nas vítimas do que nos abusadores e exigir a reparação directa das vítimas.

Pôr os presos a contribuir para o encarceramento através dos seus bens, se os tiverem, e a ganhar para eles próprios, para as suas famílias, para quem ofenderam e para a comunidade que se defende deles, promovendo idealmente uma justiça penal a custo zero.

Terá de haver muito mais atenção também na repressão de comércios ilícitos, como a venda de armas ou de droga, muito mais intervenção na fiscalização da condução com álcool e na venda de álcool a menores, criando mecanismos de detecção mais eficazes, e endurecendo algumas penas.

É necessário rever o código penal, tornar mais fácil a investigação, aumentar as penas máximas, restringir as reduções de pena e mesmo restabelecer a prisão perpétua. Não esquecer que a brandura dos nossos costumes redunda sempre em prejuízo das vítimas e benefício dos infractores.

Estudar os sistemas de justiça e o enquadramento legal em países com mais rapidez de processos e menos aprisionamento do que o nosso.

Aumentar a supervisão e a regulamentação das actividades económicas

6. Defesa

Maior envolvimento das Forças Armadas nas operações nacionais, de salvamento, manutenção da ordem, limpeza e ordenamento do território, etc. Que sejam muito mais do que um grupo parado à espera de uma guerra. Reduzir o número de altas patentes.

7. Comércio externo

Há uma coisa que resolve o problema das compras a países como a China, a Índia, o Vietname, o Bangladesh, que é incorporar nos preços dos seus produtos, enquanto taxas de importação, as taxas de carbono que eles não pagam a ninguém, nem incorporam na sua indústria, uma taxa sobre segurança social não paga aos seus trabalhadores, aumentando, deste modo, o preços destes produtos. Se se tratar de produtos feitos por multinacionais com incorporação parcial de componentes ou de trabalho desses países, aplicar taxas na proporção do valor incorporado.

Essas taxas reverteriam para políticas de ambiente e de apoio social, onde se justifiquem.

Por outro lado defendo o fim dos subsídios aos produtos agrícolas, com a contrapartida da extinção da venda de estupefacientes por parte de países produtores.

Só este conjunto de dois tipos de medidas estabelece o comércio mundial livre.

Sei bem que muitas destas medidas não poderão aplicar-se sem um consenso internacional. Se este processo depender de acordos supranacionais deve procurar-se implementar estas medidas na sede própria

8. Saúde

Preservar o Serviço Nacional de Saúde mas aumentar receitas e diminuir despesas relativas, e proporcionar novos modos de funcionamento que o tornem mais organizado e produtivo. Poderá ter de ser parcialmente pago pelos utentes. Subsidiar a acção médica privada, em ambulatório e internamento, de modo semelhante ao das IPSS.

9. Segurança social

Saber que não se pode auto-sustentar no médio e longo prazo e tomar as medidas correspondentes.

10. Política Internacional

Defendo a manutenção do nosso sistema actual de alianças e uma política moderada, de tipo Brasil ou Turquia, mas é necessário desmontar, e promover a desmontagem colectiva, de 900 anos de Eurocentrismo (começou com as cruzadas) e de imperialismo: ter uma atitude de maior diálogo com os povos islâmicos e os povos oprimidos, defendendo a libertação da Palestina. Aceitar a integração da Turquia na União Europeia.

Não aceitar quebras à democracia, quer seja nesses povos, onde existem défices graves, quer em povos supostamente pertencentes ao bloco ocidental ou seus aliados, como Israel ou a Arábia Saudita.

Reparar, quando possível, e pedir desculpas (quando não o for) pelos males que se fizeram. Reescrever a história, acabando por exemplo com os heróis corsários ou invasores, apontando os seus defeitos, e propor o mesmo aos nossos principais aliados e parceiros.

Aderir aos Objectivos da ONU (para cumprir até 2015)

1: Reduzir em metade a miséria extrema e a fome

2: Alcançar a educação primária universal

3: Promover a igualdade de género e capacitar as mulheres

4: Reduzir a mortalidade infantil

5: Melhorar a saúde materna

6: Combater o HIV-SIDA, a malária e outras doenças

7: Assegurar a sustentabilidade ambiental

8: Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento

CRONOGRAMA

Primeiros 3 anos: iniciar com força

4º, 5º e 6º anos

Depois destas acções iniciais, que se continuariam, o país ganharia fôlego para uma reforma administrativa de fundo, como por exemplo, reduzir a 1/3 o número de Deputados e administradores na Função Pública.

Últimos 3 anos: Continuar e consolidar as acções anteriores.

É preciso mais do que não votar no Sócrates

As críticas a Sócrates campeiam. Parece que todos acordaram agora, mesmo aqueles que dantes lhe davam o benefício da dúvida ou o aceitavam como mal menor

Um amigo meu enviou-me este Email:

Caros amigos,

Não pode haver uma governação de mentira. A política em Portugal precisa de vozes como a de António Barreto, como a de Frei Fernando Ventura mas, acima de tudo, precisa da nossa mobilização. Se concordam, com o texto abaixo, passem aos amigos. É preciso lembrar, informar, propor, agir. Este é o 1º mail de vários que quero escrever. Se concordam com o texto abaixo, espalhem. 

Obrigada!





"Cai a mentira, ganha Portugal.



Este Primeiro-Ministro não tem competência, não tem carácter, não tem palavra. Só tem temperamento di capo. Desgovernou com mentiras sucessivas, a cavalo da propaganda, como um produto obsoleto do séc. XX. Atacou, um a um, todos os pilares do Estado de Direito: a independência dos tribunais, a liberdade de imprensa, a separação de poderes, o respeito institucional. Instalou-se no poder espalhando o seu séquito de Varas, Penedos e Ruis Pedros Soares. Afundou 40 anos do nosso futuro em parcerias público-privadas com consórcios e empresas onde pululam amigos e ex-ministros socialistas.

Passou o mandato de buraco em buraco, sempre a tentar tapar e sempre a tentar esconder, sem estratégia de crescimento ou projecto de país. E deixou-nos na banca rota oculta. Oculta, sim. Porque tudo no país está mais oculto e opaco, porque os números de Portugal já não são fiáveis. Como se está a descobrir, no que é só o princípio de um buraco que, descoberto, será maior.

Esse altíssimo preço da perda global de credibilidade - é o que já estamos a pagar e vamos pagar mais ainda. E sai, falso ofendido, com um discurso de vitimização, a acusar os outros da crise que ele próprio criou, se não urdiu. 

Votem em quem quiserem mas nunca votem em Sócrates. É demasiado mau, sai demasiado caro."

No entanto não basta não votar no PS ou em Sócrates: o PSDS prepara-se para distribuir o país pelos seus barões

O Bloco e o PCP não servem como alternativa

É preciso encontrar uma alternativa política nova, por reforma de algum partido existente ou criando um partido novo

 
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