Thursday, November 13, 2008

Sócrates e o Partido socialista desiludiram-me definitivamente: com a história dos contentores de Alcântara; com a opacidade na informação da situação económica dos bancos e das medidas a tomar; com a forma proposta de avaliação de professores. Com a persistência da política do betão. Com o autoritarismo e a falta de ética.

Rui Rio parece-me, de entre os políticos conhecidos e actualizados, aquele que tem melhores condições para ocupar o lugar de futuro 1º Ministro:

Tem provas dadas de honestidade e determinação.

Começou a sua campanha eleitoral para Presidente da Câmara do Porto nos bairros de lata, junto da população portuguesa mais carenciada, e ganhou contra tudo e contra todos.

É realista. Não é como Manuel Alegre ou Louçã que preferem agravar a situação do país para salvarem demagogicamente as suas classes trabalhadoras.

Pode ser o dirigente de transição para uma política do futuro.


Está no entanto a ser sujeito a uma campanha violenta de desinformação e confundimento (por exemplo na questão do metro do Porto). O seu próprio partido não o defende nem o promove. Necessita ser ajudado por todos nós.

O próprio PSD só recuperará sob a liderança de Rui Rio, e Manuela Ferreira Leite pode ser uma ponte nessa recuperação.


Sunday, November 09, 2008

Do blogue "Futuro Comprometido", com os meus agradecimentos

Sobre o problema dos paraísos fiscais, é reveladora esta citação:

«A ruptura deu-se com a grande vaga de desregulação financeira que, em cinco anos, entre 1979 e 1984, rebentou todas as barreiras nacionais à circulação de capitais. Enquanto os princípios de transparência e de globalização dos mercados eram protegidos, enquanto a informação financeira explodia em volume e em tecnicidade, o princípio da soberania e da opacidade era deliberadamente reforçado nos paraísos fiscais, ao contrário da ordem do mundo. Na Antígua, por exemplo, os poderes públicos jamais procederam a qualquer recenseamento preciso do número de empresas inscritas no registo do comércio.
Não se trata de um fenómeno natural, independente da nossa vontade. Na sua quase totalidade, estes territórios são antigas feitorias das colónias britânicas, francesas, espanholas, ou holandesas. Desenvolveram-se no nosso seio. São apenas sucursais de Londres, Nova Iorque, Tóquio, Frankfurt ou Paris, onde está o coração da finança. O jogo duplo não é inocente. Como se fosse necessária uma certa opacidade para garantir margens que a transparência devora.
Há alguns anos, o procurador do Condado de Nova Iorque, Robert Morgenthau, denunciou essa hipocrisia a propósito das ilhas Caimão, um dos dez primeiros centros financeiros do planeta. *"A opacidade é a palavra mestra. Em matéria de regulamentação, a praça ganha o prémio do laxismo. No entanto, as ilhas Caimão pertencem à Coroa Britânica. O seu governador, tal como o seu ministro da Justiça, são nomeados por Londres. O Reino Unido tem, portanto, o poder de pôr fim ao deixa-andar na sua colónia mas não faz nada. Da mesma maneira, sob o ponto de vista financeiro, o arquipélago é uma dependência norte-americana - na realidade, a maior parte dos bancos offshore das ilhas Caimão é gerida por Wall Street. Washington também pode pôr fim às manigâncias offshore. Mas ninguém se mexe."1 *É um desvio do direito, um abuso político cujo preço deverá ser pago pelas gerações futuras.» o futuro é hoje! digo eu!!*

1 The New York Times, de 10 de Outubro de 1998

in Est-ce dans ce monde-là que nous voulons vivre? publicado em Portugal pela Editorial Inquérito em 2003

autora juíza franco-norueguesa Eva Joly - famosa pelo caso Elf.

http://www.europa-america.pt/product_info.php?manufacturers_id=5&products_id=5131&osCsid=54597107eeef4edfd3fba70b2e020375

Quem pense que governantes dos EUA e Reino Unido como Bush, Blair, Gordon Brown, entre outros, são pessoas de bem, talvez seja melhor reconsiderar!

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José Manuel Sousa

Blogue "Futuro Comprometido"

http://futureatrisk.blogspot.com/
e
http://www.quebrarsempartir.blogspot.com/

Sunday, November 02, 2008


A questão do terminal de contentores em Alcântara vai provavelmente modificar muitos votos nas legislativas e nas presidenciais, deixando definitivamente de apoiar este lobi de interesses em que está transformado o partido socialista.

Outra questão relativamenta às Câmaras é a seguinte: não é só a Câmara de Lisboa que cedeu casas indiscrinadamente, mas sim todas as Câmaras do país. Onde estão as listas de cedências das outras Câmaras?

Os seres humanos construíram um património que já não é suportado nem pela energia disponível, nem pelo ambiente, nem pela massa monetária em circulação.

Provavelmente o mundo tem dinheiro a mais para a circulação de bens e serviços, e daí uma de duas consequências: uma inflação brutal ou um encarecimento enorme de bans e serviços.

A solução para a crise será um capitalismo mais intervencionado. Mais democrático na China e mais intervencionado na Europa e nos Estados Unidos

Saturday, November 01, 2008

A crise

Uma das pricipais características desta crise mundial poderá ser excesso de dinheiro nos cofres e em circulação para uma actividade económica necessariamente mais reduzida.
Assim sendo, ou haverá uma inflação enorme, ou o custo dos produtos aumentará imenso.
Ambas as perspectivas significarão grandes problemas para a população mundial.

A nível político poderá haver um capitalismo mais intervencionado. Com mais liberdade na China mas com menos nos países europeus e americanos.

Em Portugal, onde já notava a debilidade dos nossos empresários, o Governo e as empresas públicas tenderão a abusar ainda mais.
 
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