Sunday, December 02, 2007



PULO DO LOBO. GUADIANA.
Pausa na política. Ou a política também se faz com a natureza. Ou, a natureza também deve intervir na política portuguesa

Saturday, December 01, 2007



Em vez do impossível cessação do programa nuclear iraniano defendo um desarmamento nuclear conjunto de Irão e Israel, ou de Irão, Paquistão e Israel

Sunday, November 25, 2007


Pausa na política. A grande força da natureza no Pulo do Lobo
Esta frase é de Luís Campos e Cunha, e subscrevo-a completamente

“Como muitos saberão, não tenho uma particular fé nos grandes projectos governamentais; no entanto, penso que o país necessita, e muito, de pequenos projectos públicos”.

A reconstrução do país, ou se faz no nível micro, local, ou nunca se fará (DN)

Friday, November 23, 2007

A crueldade no mundo ocidental manifesta-se no desprezo pela vítima.
Defendo uma reforma da justiça de modo a atender-se muito mais à vítima e à sua reparação, com menos prisões e mais trabalho a favor dela e da comunidade. Os criminosos é que deviam pagar às vítimas e à sociedade pelos seus crimes e não a sociedade começar imediatamente a gastar dinheiro com eles, a partir da altura do crime.
Maior do que a resistência do Povo de Timor só a do Povo Palestiniano, que agora enfrenta uma redução do combustível, imposta pelos israelitas, na terra onde vive.
O grande problema hoje, nas reformas, na economia e na política, nas regiões e nas organizações, é conciliar o macro e o micro. A grande e a pequena escala

A este Governo falta entusiasmar os portugueses, com um projecto concreto, ao mesmo tempo macro e microeconómico, que crie entusiasmo à volta da sua realização.
Sócrates só consegue fazer políticas macroeconómicas e não inspirar um destino ao país. Daí para baixo o seu exemplo multiplica-se e é só autoritarismo também.
E também corrupção, de que só agora se levanta o véu:
O pacote anticorrupção de Cravinho está parado e fica irreconhecível
O IDT
Parabéns a Rui Rio e a Miguel Portas porque atribuem gravidade ao favorecimento dos Ares do Pinhal pelo IDT.
O novo Código Penal que protege os acusados do Processo Casa Pia
As escutas telefónicas

Sunday, October 28, 2007

O Jornal “Sol” continua a triunfar: as entrevistas de Catalina Pestana, Pinto Monteiro, e agora a notícia sobre Santana Lopes são do melhor jornalismo de que o Expresso e o Público se têm alheado progressivamente.
Tornou-se muito mais claro que o novo Código Penal pode aliviar leis sobre implicados na casa Pia.
Com a sua entrevista Pinto Monteiro teria conseguido que as secretas militares não tivessem acesso a escutas telefónicas.
Por último talvez se tenha dado mais um empurrão a Santana Lopes.
Percebeu-se melhor o papel das sociedades secretas (maçonaria) na política portuguesa.
Percebeu-se melhor como o PS está a transformar-se progressivamente numa espécie de Máfia política que procura por todos os meios consolidar e perpetuar o seu próprio poder.
O Sol rompeu com a estrutura dominante na Comunicação social
Percebeu-se melhor o papel único do seu Director, José António Saraiva.
Isto pode significar que existe espaço para outras irrupções do mesmo género na sociedade civil portuguesa.



Uma ideia interessante: desporto para todas as idades. Porque não as pessoas seniores concorrerem também, por exemplo, por idades, fazendo campeonatos de corrida, salto em comprimento, em altura, natação, etc. estabeleciam-se novos recordes e melhorava o próprio corpo humano e as suas capacidades.
Criava-se um conceito de saúde para toda a vida e não só para a juventude e para um record de pujança. Muito mais humanista e amigo da humanidade.
Podem aproveitar-se as corridas e desportos de seniores que já existem por todo o lado

Sunday, October 21, 2007

Pausa na política


Acabei de ler o livro de Medina Carreira, “O Dever da Verdade”. Trata-se um livro realista, de leitura indispensável para quem se interesse por política e economia portuguesa. Para que desejaria ver este país sair do marasmo em que está.

Sunday, October 07, 2007

Por uma vez estou de acordo com Manuel Pinto Coelho, e aprecio a sua coragem e determinação quando apresentou uma queixa-crime contra o IDT e a Associação Ares do Pinhal que conseguiu, em 2005, gastar 1,5 milhões de Euros dinheiro público, atribuído pelo IDT.

Estou de acordo Também com João Cravinho e o seu corajoso pacote de medidas contra a corrupção.

Tuesday, September 25, 2007

Ciência e saberes tradicionais

A ciência moderna comporta-se, de modo geral, com a maior sobranceria e desrespeito face aos saberes tradicionais, precisamente aqueles que permitiram à humanidade evoluir desde os tempos primitivos até agora. Ele é ver os psicólogos encartados a destruir o que existe de melhor nas normas educativas de qualquer sociedade com slogans do género de inventem-se novos pais, e a preparar as sociedades para destruir em 50 anos aquilo que demorou séculos a construir. Ainda não se aperceberam de toda a realidade e já estão a preparar-se para liquidá-la.

Claro que é preciso destruir o que está mal mas, de caminho, vão imensas normas de sobrevivência e de progresso insubstituíveis e adequadas.

Mesmo quando vai buscar sabedoria aos saberes tradicionais a ciência moderna comporta-se com o uma espécie de bandido que rouba e não deixa rasto.

Esta destruição da ecologia humana equivale à destruição do ambiente, de habitats e de espécies animais.

Travessia do Chança




Os segredos do Chança, como visitá-lo, como atravessá-lo. Entrada livre.

Para Steve Fosset

O que é que transforma as pessoas? Uma psicoterapia, um filme, ler um livro; uma viagem? Há viagens iniciáticas que verdadeiramente transformam as pessoas. Por exemplo ritos de passagem para a idade adulta, para a descoberta do totem. Para morrer, no fim, da vida, quando as pessoas já não podiam acompanhar a tribo.

Respeitar os rituais de centenas de milhar de anos, que permitiram aos seres humanos e à sua civilização chegar aonde estão agora.

Só compreenderei o significado desta viagem depois de a ter realizado. Só a morte é uma viagem que não acaba, sem fim e sem retorno. As outras viagens têm um fim mas também têm um ponto de não retorno.

O Chança, o rio das águas verdes, com quase todos os acessos vedados. É tão difícil chegar a este rio que o Chança é outra realidade, outra natureza, quase outro país.

O Chança é um rio maldito, desprezado, ignorado e odiado. Só foi utilizado pelos contrabandistas.

O Grande Canyon, talvez a zona mais selvagem de Portugal. E, no entanto, bem poluído por suiniculturas, extracção de areia e outras coisas.

Sobre andar sozinho, as opiniões dividem-se. Muita gente não anda, precisamente porque lhes dizem que não devem andar sozinhos.
Sobre este assunto ver no Google, “walking alone”.
A reacção das pessoas: É perigoso, não vás, excepto o Morais que se ofereceu para ir comigo. Ele que foi o melhor caçador de Mértola, e não perde um detalhe da observação da natureza.

Saí no dia 27 de Agosto, às 9:45, de Moinhos de Cima, perto de Nossa Senhora das Pazes. Bonito nome, a fazer lembrar as constantes querras e escaramuças com Espanha.

O Moinho da Volta e o meloal, na 1ª curva do Chança.

Às 16:50 estou a 600 m do moinho do Crespo. Entrei literalmente dentro do Chança para evitar as margens. Estou molhado até ao pescoço. Alivia o calor.

Imagino que posso ter uma doença súbita, neste espaço sem possibilidade de contactar ninguém, e inquieto-me. No dia seguinte resolvo entregar esta possibilidade ao meu Poder Superior, tal como eu o concebo, e a inquietação passou. A verdade é que nem tive o menor sinal de aflição ou doença.

Encontrei várias ovelhas e cabras vivas e sem rebanho. Todas contentes, a comer e a fazer companhia umas às outras. O sonho de qualquer ovelha é precisamente o Chança, porque significa escapar à morte certa e trocá-la por uma vida de aventuras. Encontrei também vários destes animais mortos e em decomposição, o que proporciona um cenário dramático a isto tudo.

Terça feira dia 28 de Agosto, 8:50, estou no Crespo e devo sair por volta das 10 horas. Devido à entrada da ribeira de Calaboza o Chança ficou mais grosso, com mais água e deve ser mais difícil passar a vau. A minha esperança é que não hajam mais ribanceiras. Não deve ser possível despachar-me mais cedo. Demoro 10 minutos a calçar umas botas, muito tempo a aquecer a comida liofilizada. Se perco qualquer dos meus haveres pode ser grave.

Dia 28 de Agosto partida do Crespo às 10:26. É o segundo cadáver de ovelha que eu vejo (ao todo foram cerca de 5). Já vi várias cabras perdidas também.

De meia em meia hora, devido ao calor, tenho de parar para descansar e beber água. As sombras às vezes são raras. Num caso tive de descer muito para me abrigar num barranco. Penso: se me acontece alguma coisa ninguém me descobre aqui.

10:44. Não, não é o barulho de um carro. É uma perdiz a levantar voo. Aliás várias.

Dia 28 de Agosto dormi em Paymogo e dia 29 às 13 cheguei à Volta Falsa.

Afinal tive poucas ideias: Os meus totens: O lince, que algumas pessoas desta região afirmaram ter avistado, e a sorte.

Monday, September 24, 2007

Sunday, September 23, 2007

Pausa na política




A guerra dos Estados Unidos contra o Irão parece-me inevitável e o resultado imprevisível. Pensa Bush que iria proteger a retirada das tropas dos Estados Unidos do Iraque, na medida em que iria diminuir a influência Xiita na região. Mas Bush irá certamente enganar-se mais uma vez, porque irá defrontar um país aguerrido e disciplinado, que teve tempo de escavar túneis e de preparar a defesa. Se o fizer será um novo fiasco como foi a guerra de Israel contra o Hezzbollah. Como os Estados Unidos não gostam de fiascos poderiam ter a tentação de um envolvimento cada vez maior na região, que poderia terminar num conflito generalizado ou mesmo nuclear de dimensões catastróficas.

Muitos estadistas e analistas europeus e ocidentais não vêem esse perigo e põem-se perigosamente numa neutralidade de facto anti-islamista (como com essa patetice das caricaturas, que demonstram a supremacia da nossa civilização) ou ao lado dos Estados Unidos. Sarkozy parece ser um deles. Vasco Pulido Valente, lúcido e inteligente, mostra aqui o seu pessimismo e a sua costela de direita, ao chamar ao Islão uma civilização falhada. Falhada em quê e aonde? Na Indonésia? Na Índia? Em Marrocos? Na Turquia? Pobre Vasco, como se engana! Esta guerra, se for começada será mais um passo no declínio da liderança mundial dos Estado Unidos e da Europa. Do mundo dito ocidental.

Parece que cada guerra deixa o germe da seguinte: A criação do Estado Sionista em terra Palestina, a seguir à segunda Guerra Mundial, na esteira do arrependimento dos massacres de Judeus feitos pelos Nazis, pode preparar, qual ovo de serpente, o eclodir da terceira. O cinismo dos estadistas e analistas europeus ajuda isso.


Wednesday, September 19, 2007


Ruínas no sítio chamado Crespo, no Chança. Beleza e abandono

Tuesday, September 18, 2007

A visita de Sarkozy, de Sócrates e de outros líderes europeus a Bush, e as recentes declarações de Kouchner, destinam-se a sancionar um ataque ao Irão por parte dos americanos? Parece bem que sim

Sunday, September 09, 2007

A progressiva implantação de movimentos islâmicos na Turquia, em Marrocos, é um bom sinal, porque não se identificam com o terrorismo nem com a Al-Qaeda, não se poderão chamar de radicais ou fundamentalistas e são genuínos, nacionais, eleitos democraticamente e uma alternativa séria:
Aos regimes corruptos da Arábia, do Egipto, do Paquistão, que alinham totalmente com a Europa e com os Estados Unidos
E aos diferentes nacionalismos árabes.

Saturday, September 08, 2007

A localização do novo aeroporto na Ota é uma solução de há 20 ou 30 anos. A sua distância de Lisboa implica gasolina barata, e que não acaba. Pressupõe também que as cidades do interior estivessem mais desenvolvidas, o que, infelizmente, não se verifica.



Oprah e Barack Obama: duas faces de uma nova América. Este último parece ser menos político que Hillary Clinton. E, provavelmente mais sincero e mais sinceramente de esquerda.

A população dos Estados Unidos deve votar nele.

Tuesday, August 14, 2007



Para que se respeite o tabu da guerra é preciso que se criem condições para uma paz duradoura. Ora as democracias Europeias e Norte-Americana vivem há 50 anos com mortos ao lado da sua cama, que é aquilo que se faz com os palestinianos. Nenhuma democracia digna desse nome e sobretudo nenhuma ordem internacional duradouramente pacífica conseguirão sobreviver com esse crime permanente, com esse genocídio permanente.
Provavelmente Israel foi considerado em tempos uma espécie de válvula de segurança na região, na medida em que podia conter estados árabes instáveis, e na região do petróleo podia ser uma guarda avançada dos interesses ocidentais. Mas não; Israel não é nada disso mas sim um foco permanente de tensão, de problemas e de insegurança.
Provavelmente a única solução para este genocídio é Israel e Palestina serem considerados um só país. A destruição foi tão grande, o roubo foi tão permanente que, provavelmente, só haverá esta solução, com uma democracia verdadeiramente representativa das duas populações, e com uma indemnização a todas as vítimas e a todos os espoliados deste conflito.


Sunday, July 15, 2007

Mau sinal que Arcadi Gaydamak, oligarca russo fugido em Israel à justiça internacional, pretenda formar um partido nesse país. Mostra o estado a que chegou a política no Médio Oriente. Os dirigentes israelitas são cada vez mais Senhores da Guerra, enquanto os Estados Unidos e a Europa intervêm abundantemente, desfazendo equilíbrios de forças e mecanismo democráticos.

Sunday, July 01, 2007

O psiquiatra Palestiniano, Eyad Sarraj, da Faixa de Gaza, defende um Estado Israelita e Palestiniano único. Outro com quem eu concordo. Depois de toda a destruição e ocupação feitas parece-me impossível outra coisa. Depois de restabelecer a democracia em toda a região, a exemplo do que se fez na África do Sul, e depois de indemnizar particulares e famílias espoliados e assassinados.

Thursday, June 28, 2007


Parece-me que a estratégia do mundo ocidental para lidar com o Islão tem sido incompleta, perigosa e errada, com consequências à vista. Está a perder os poucos aliados que tinha no terreno, títeres fracos e sem qualquer apoio popular, como Musharraf, Mahmoud Abbas, para não falar do presidente do Iraque. Bem os ajuda com todo o seu potencial financeiro, militar e dos serviços secretos, mas de nada serve, como se tem visto no Líbano e na Faixa de Gaza.
Em contrapartida o Islão mais entrosado nas populações avança, e é completamente errado considerá-lo como uma força radical: o movimento xiita no Irão e Iraque, líderes como Moqtada al Sadr, Mohamed Ahmadinejad, Hassan Nasrallah, Ismail Haniyeh, têm uma verdadeira implantação popular, e no dia em que eles caírem outros da mesma linha os substituirão rapidamente.
Parece-me que, enquanto o terrorismo sunita é realmente perigoso e irrecuperável, devia considerar-se a verdadeira implantação popular dos Xiitas, deixar de lhes chamar radicais ou terroristas, e negociar com eles.
A falta desta negociação atira os islamistas chamados moderados e colaboradores com o ocidente para o abismo, e favorece todos os radicalismos. Se se persistir no erro de não permitir a entrada da Turquia na União Europeia esta transformar-se-á cada vez mais num clube fechado, privado, incapaz de aumentar e de se reproduzir, e sem capacidade política própria.
Pelo contrário, se os islamistas se sujeitassem aos líderes europeus e norte americanos, aconteceria aos seus países o mesmo que à África, o continente mais pobre do mundo, minado pela corrupção e sem qualquer voz política própria.

Saturday, June 02, 2007

Em que é que se deve votar para a Câmara de Lisboa? Em José de Sá Fernandes e, em segundo lugar, em António Costa. Diz Saldanha Sanches, e eu concordo, que a Câmara de Lisboa precisa de uma enorme mudança nos seus mecanismos de gestão, na linha do que fizeram Rui Rio no Porto e Paulo Macedo com os impostos. Estas 3 últimas pessoas são do melhor que existe em Portugal, em rigor e coragem pessoal e política. Mas não vou votar em António Costa porque ele já está praticamente eleito e porque também é preciso homenagear José de Sá Fernandes e que ele fique na Câmara.

Helena Roseta não tem qualquer razão quando afirma que um vereador não deve vigiar os colegas. Pelo Contrário, José de Sá Fernandes fez um trabalho meritório e corajoso. Merece ser reeleito.

Monday, May 28, 2007

Carmona Rodrigues deve ser responsabilizado pela gestão ruinosa da Câmara de Lisboa, pelo menos por omissão.

Sunday, May 27, 2007

Os Estados Unidos, neste momento, não estão apenas a fazer a guerra do Iraque, mas, através dos seus serviços secretos, e de Israel, a quem ajudam, estão envolvidos:
Na ajuda militar a Mahmoud Abbas, contra o movimento Hamas.
Na tentativa de derrube do governo do Irão.
Na ajuda militar ao governo do Líbano.

Tanta ingerência e tanta interferência! Eles próprios criam e fomentam fundamentalismos! A União Europeia ajuda, ou não se opõe, numa posição também claramente imperialista.

Este pecado irá corroer a democracia europeia e, provavelmente, preparar uma nova guerra. Pertence aos limites da democracia actual.

Saturday, May 26, 2007

Time de 2007-05-21

Artigo de William Dalrymple:

As lições de 1857 podem ser vistas hoje nas ruas do Iraque. Ninguém gosta de ser conquistado por pessoas com uma fé diferente, nem ser forçado a adoptar ideias à força. Os Britânicos descobriram, em 1857, que nada radicaliza tanto um povo, nem diminui tão facilmente o lado moderado do Islão, como a intrusão agressiva do Ocidente no Oriente. A história do fundamentalismo Islâmico e do imperialismo Ocidental estiveram muitas vezes estreitamente interligadas – de tal modo que, pensando em 1857, devemos lembrar-nos da frase célebre de Edmund Burke: aqueles que falham em aprender com a História estão sempre destinados a repeti-la.


Sunday, May 06, 2007

Duas más notícias:
A vitória de Sarkozy em França, que vai exaltar as características nacionalistas e de cruzados dos franceses.
A vitória de Jardim na Madeira que vai exaltar os sentimentos de separatismo nesse arquipélago.
Os extremos acentuam-se.
Junte-se a isso as tropelias do agressivo e impiedoso Bush, outro cruzado sem escrúpulos, e a agressividade de Israel, e temos o ramalhete completo: o cocktail explosivo de onde podem surgir vários conflitos regionais exacerbados ou mesmo uma terceira guerra mundial


Se deixarmos de comprar produtos que não façam a reciclagem do carbono e do efeito de estufa estaremos a contribuir para o arrefecimento do planeta. E a concorrência da China entra logo nos eixos.

Saturday, May 05, 2007

LI E CONCORDEI COM...ANTÓNIO CÂNDIDO FRANCO

Substituímos a beleza pela velocidade e em vez de deixarmos ao futuro uma Acrópole de mármore ou uma Catedral em pedra deixamos um shopping de betão e asfalto. Passámos a viver num mundo cada vez mais veloz mas tambémcada vez mais horroroso. Horroroso e doente, que o horror é o rosto da doença e da morte. Por isso, um dia, vamos apenas ficar na mão com a caveira chupada da Terra. Quem não vê no desaparecimento das espécies e no esgotamento das matérias-primas as escoriações cadavéricas do rosto daTerra? Estamos neste momento a devorar a polpa da Terra, que a acção de comer na era da velocidade espacial é devorar. E vamos assim deixar aos nossos netos o caroço, que eles vão roer desesperados, lastimando o egoísmo brutal dos nossos políticos e economistas de hoje. Que é o betão senão o caroço sem semente da Terra, o osso esburgado e seco que vai partir os dentes dos nossos descendentes? (in Viagem a Pascoaes, Ésquilo, 2006)

Wednesday, April 25, 2007


A verdade, constatou sem surpresa, a verdade é que tinha saudades de Ariana, habituara-se à sua doce companhia, cultivara o gosto de lhe cheirar o perfume e sentir a presença serena, aquela era uma mulher com a qual seria capaz de falar até perder a noção do tempo, até os minutos se fazerem horas, até as palavras se tornarem beijos.

José Rodrigues dos Santos. A Fórmula de Deus


Sunday, April 22, 2007



Vasco Pulido Valente, no Público de 21 de Abril, diz estas frases lapidares, que dizem muito a quem, como eu, andei nas guerras da democracia, antes do 25 de Abril:

“Em Portugal, a existência de uma ditadura impunha, na prática, a escolha de um único lado. Não se podia ser contra os comunistas pela razão primitiva e óbvia de que o regime perseguia e prendia os comunistas. Não houve ninguém, ou quase ninguém, com um resto de consciência moral, que, numa altura ou noutra, não caísse neste buraco: o buraco sem fundo do antifascismo. Sair dele era muito difícil e muitos só saíram muito depois do 25 de Abril.

Por mim, gastei esforçadamente uma dúzia de anos no trabalho inglório de varrer a tralha política e teórica da minha cabeça. É uma parte da minha vida que se estragou e que não volta. Sou um filho da Guerra Fria”.

Termina com um toque de grande pessimismo de quem, provavelmente, nunca esteve tão bem nem tão inteligente como agora. Pena que o Público não deixe transcrever o texto na totalidade. Transcrevo de outro blogue:

“A democracia portuguesa trouxe uma exagerada esperança de reforma e decência. Ao começo, mesmo a seguir ao PREC, nada parecia impedir que se fizesse um país, sem a miséria, a corrupção e a complacência do costume. Por isto e por aquilo, não se fez. Portugal conservou os seus velhos vícios, sem adquirir novas virtudes. Na minha última encarnação sou, prosaicamente, um filho da democracia falhada. Como escreveu o homem, a velhice é um naufrágio. Comigo, um naufrágio que às vezes não acho exclusivamente pessoal. Mas são com certeza momentos de megalomania. A verdade é que já não pertenço a esta história. O meu interesse é forçado, a minha presença é, pelo menos para mim, gratuita. Mas, por enquanto, não há remédio senão persistir”



Saturday, April 21, 2007

Holocaustos, tentativas, e genocídios, no mundo:

O genocídio dos povos africanos, para a escravatura na Europa e América (da responsabilidade sobretudo de europeus).
O genocídio dos índios da América do Norte e do Sul, por parte de europeus e americanos brancos
O genocídio dos aborígenes da Austrália, por parte de brancos australianos
O genocídio dos Judeus por Hitler e nazis
Aquilo que os judeus estão a fazer agora aos palestinianos, com a cumplicidade de governos dos Estados Unidos e da Europa

Quando o holocausto aparece obrigatoriamente em letra maiúscula aparece assim promovido a uma espécie de genocídio especial, maior do que todos os outros. Por isso não concordo com o holocausto com letra maiúscula. É esta velha tendência que ao judeus têm de ser o povo eleito, maior do que todos os outros, o povo da terra prometida, perante o qual todos os outros se devem desviar reverencialmente.

Tenho todo o respeito pelo Holocausto dos Judeus mas não foi o primeiro, nem o último. Aqueles que perpetraram este e os outros, e os seus descendentes, têm de se arrepender profundamente destes crimes. Só assim a humanidade evoluirá

Enquanto actos agressivos, como as cruzadas, forem glorificados, os povos que os perpetraram, como os europeus e os americanos, continuarão a ter uma mentalidade imperialista.

O holocausto, como outros genocídios, pode ter direito a letra grande. Mas isso não pode ser imposto. Ninguém me impôs que se escrevessem os outros genocídios com letra grande (como o genocídio à fome e ao roubo da população palestiniana ocupada). E a regra que serve para um tem de servir para todos. Por isso, embora possa escrevê-lo com maiúsculas, não considero isso obrigatório.


Tuesday, April 17, 2007



É preciso fundar um partido de tipo novo, com uma economia nova, baseada, por exemplo, na economia de Muhammad Yunus, com uma teoria de relações humanas nova, contactos entre os dirigentes e a população completamente novos também. Sem cortes, isto é, sem aquele circo que acompanha os políticos e os dirigentes para todo o lado. Com uma política nova, com mecanismos de controlo democrático e de relação entre governantes e população novos.
Um partido da gestão do presente, e não com ideias iluminadas sobre o futuro

Thursday, April 05, 2007


Chega a ser ridícula a maneira como o jornal Público cobre as notícias relacionadas com o Irão: Presidente do Irão forçado pelos “Pragmáticos a libertar britânicos”. Parece que José Manuel Fernandes também gostaria de uma boa guerra, que arrumasse por una tempos as populações daquele lado do planeta.

Sunday, March 25, 2007

Vasco Pulido Valente, cáustico, agressivo, pessimista e de direita, continua a ser o melhor colunista português, e aquele que, com menos texto, diz exactamente aquilo que quer e que pensa.
Hoje fala sobre “Portugal na Europa, dizendo que, embora mais rico, Portugal continua alegremente com os seus velhos vícios. Não por acaso, a maior contribuição da Europa tem sido a de polícia”, ou seja, impedir que este país se torne de novo uma ditadura.
Foi o primeiro a falar da grosseria de Cavaco não ter convidado Mário Soares para o festejo dos 50 anos do Tratado da Europa.

Mahmoud Ahmadinejad tem o seu país, o Irão, cada vez mais isolado, diz o jornalista do Público em Altos e Baixos. Mas, de facto, não tem nada e, cada vez que se fala em pretender que esse país deixe de ter armas nucleares devia falar-se nas armas nucleares que Israel tem; às escondidas. Israel, e o Paquistão, que é uma ditadura, é que são grande parte do verdadeiro perigo.

Sunday, March 18, 2007


Porque é que o holocausto dos judeus tem de ser escrito com letra grande? Houve mais holocaustos, como por exemplo o holocausto dos índios na América, o Holocausto dos aborígenes da Austrália, e neste momento pretende-se o holocausto dos palestinianos na Palestina, nomeadamente com expulsão das terras onde vivem.
Porque é que a Europa se desinteressa tanto da sorte dos palestinianos? Porque não reconhece o seu governo?

Thursday, March 01, 2007


OPORTUNIDADE PARA A EUROPA SAIR DA APAGADA E VIL TRISTEZA EM QUE SE ENCONTRA (é difícil mas não é impossível):

Ser o 1º continente a cumprir normas ambientais rigorosas. Como não tem fontes de energia isso facilita-lhe as tarefas

Ser o 1º continente a promover estilos de vida saudáveis, na área do álcool, tabaco, direitos humanos, democraticidade e democracia, solidariedade.

Ser o 1º Continente a respeitar a biodiversidade e a reintroduzir a vida selvagem no seus territórios e espaços livres.


Sunday, February 25, 2007




Em Portugal é preciso que os erros tenham consequências sobre quem os faz. Trata-se de uma atitude natural de saneamento da sociedade, em que se aprende com os erros e se tiram as necessárias consequências.

Um país em que isso não se faz é Timor, onde os assassinos não são castigados e os responsáveis dos piores crimes são sempre perdoados. O resultado desta magnanimidade é que a violência não abranda e se eterniza, e é preciso virem os australianos para manter a ordem.

Quando isto acontece em Portugal os erros repetem-se, o que pode implicar perda de vidas. E tem acontecido muito:
Aconteceu Cavaco Silva deu um indulto a um foragido, por erros dentro do ministério da justiça
Aconteceu quando ambulâncias demoraram 7 horas a transportar um homem acidentado de Ourique a Lisboa, que acabou por morrer.
Aconteceu no naufrágio do Luz do Sameiro, em Dezembro de 2006, por falta de coordenação e inoperância da marinha e de meios aéreos.

Em todos estes casos nenhum responsável foi demitido. Mau sinal!


Não é só a questão de rolar cabeças (expressão feia demais). É que também não se fez nada em nenhum destes assuntos. Pelo menos nada que se visse. Nada que se conheça. E não nos esqueçamos da amplitude mediática que cada um destes casos teve!

Sunday, February 18, 2007



Eu não defendo simplesmente o cumprimento das resoluções das Nações Unidas sobre Israel, mas sim que essas relações sejam revistas uma a uma para se averiguar da sua justiça.

Saturday, February 10, 2007

Duas pedras de toque numa acção governativa moderna:
1: respeito e amor pelas pessoas e
2: novas maneiras de comunicar com as pessoas.
Ressalvadas as proporções, é a mesma coisa que se passa com o IKEA. Respeito pelos utentes e novas maneiras de comunicar com eles.

Friday, February 02, 2007

Defeitos de muitos europeus e americanos

Distância, desconfiança, arrogância e agressividade
Falta de amor
Não têm filhos, devido a isto
Estes defeitos têm de ser postos em balanço com as virtudes dos sistemas democráticos onde se inserem. Por exemplo, se não se reproduzirem (por falta de bondade e por desconfiança nos outros), as suas sociedades acabarão submersas por pessoas vindas de fora


Defeitos de muitas pessoas de países subdesenvolvidos
Excesso de confiança nas outras pessoas, deixando-se enganar muito


O governo Bush, nos Estados Unidos, é talvez um dos governos mais desacreditados do bloco ocidental. Pretende a “castração nuclear” do Irão, no que é acompanhado pelo governo israelita, afundado em escândalos, não democrático e com arsenal nuclear, e por algumas pessoas de direita da Europa e dos Estados Unidos. Este eufemismo esconde uma desgraça mundial anunciada, contra a qual temos todos de lutar, desde já.

Thursday, January 18, 2007


Não foi demitido nenhum responsável da Marinha depois do desastre de Caxinas, em que morreram 3 pescadores por falta de assistência a náufragos. Enquanto isso não acontecer bem podem falar em comprar 50 barcos salva-vidas, ou 30 helicópteros, que o desastre e a descoordenação vão continuar!

Thursday, January 11, 2007

José Manuel Fernandes, o inenarrável Director do Público, avisou há dias que Israel pode ficar muito chateado com o poderio nuclear iraniano, e desencadear contra este país um ataque preventivo, aéreo, com mísseis ou até nuclear. Porque Israel é um país que teima em existir.
Este palavriado belicista prepara de facto um ataque israelita. Só que, também desta vez, Israel irá perder.
Os Islamistas são uma forma evoluída e viável de resistência ao imperialismo europeu e americano. Os Xiitas têm elementos democráticos e foram a forma de resistência que foi encontrada pelos islamistas para resistir.
 
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