Friday, February 27, 2009

Unanimidade à Terceiro Mundo

Este unanimismo não augura nada de bom.

Secretário-geral reeleito Secretário Geral do PS, sem concorrência, com 97 por cento dos votos, em 26/2/2009.
José Sócrates interpreta vitória como apoio da militância PS ao Governo

29.10.2009 - 13h59 Lusa

Afonso de Albuquerque



A 27 de Fevereiro de 1510 o grande herói português Afonso de Albuquerque conquistou Goa.
Profundamente ignorado e difamado pelos seus pares, Afonso de Albuquerque é um dos maiores símbolos da capacidade de adaptação e do internacionalismo português. Foi um dos grandes construtores de Portugal.

Para se sair da crise económica

Para se sair da crise económica nacional e internacional parece que se torna necessário nacionalizar os bancos, mesmo que transitoriamente e para privatizá-los de novo, como se fez na Suécia em 1992.
Esta ideia é defendida pelo próprio Alan Greenspan.
Nationalization of troubled banks would allow for a “swift and orderly” restructuring, former Federal Reserve Chairman Alan Greenspan told the Financial Times of London in an interview this week. —
Dayton Business Journal. Retirado de http://o-antonio-maria.blogspot.com/ de 22/2/2009.

Wednesday, February 25, 2009

Várias

Os espaços privilegiados do país são para usufruto público, e não privado, nomeadamente de gente rica.
E a terra é para ser povoada pelos seres humanos e por todos os animais que nela anteriormente habitavam.

Citação de Robert Kennedy no blogue futuro comprometido
http://futureatrisk.blogspot.com/, de José de Sousa:
"Gross National Product counts air pollution and cigarette advertising and... the destruction of the redwood and the loss of our natural wonder in chaotic sprawl. It does not allow for the health of our children, the quality of their education or the joy of their play... the beauty of our poetry or the strength of our marriages. It measures everything, in short, except that which makes life worthwhile."

A 2ª Guerra mundial deixou 2 crimes por resolver. O 1º foi a ocupação de grande parte da Europa pelo bloco dito socialista, e o 2º foi a invasão da Palestina pelo Estado de Israel.
Mas, enquanto na Europa tanta gente reclamava pelo fim do Apartheid, agora pouca gente o faz pelo fim do genocídio perpetrado pelos israelitas. Porque foi criada a noção de que os Palestinianos são uma raça de gente inferior, não democrática, fundamentalista, uma espécie de feios, porcos e maus por quem não vale a pena fazer nada, como foram considerados por muitos os índios e os negros.

Monday, February 16, 2009

Breves

Em vez de Governos de esquerda ou de direita prefiro a designação de governos com preocupações sociais e ambientais

Chavez, depois de algumas medidas corajosas que fez no passado, pretende agora tornar-se num ditador vitalicio. Espero que não o consiga.

O PS é, por natureza, o partido dos compromissos. Abandonou a ideia do socialismo, que era inexequível, e faz alianças com toda a gente. Em Portugal acumulou um poder formidável, na máquina de Estado, na banca e em sectores fundamentais da economia, através de empresas públicas e do controlo de privados.

Até há socialistas liberais como Tony Blair, o homem do sorriso colado à cara, que propôs as maiores atrocidades com um sorriso nos lábios.

Para resolver a crise económica:
Nada fazer que prejudique as liberdades democráticas e a economia de mercado. Não se pretende acabar com as actuais economias de mercado mas melhorá-las.
Proponho e transparência completa das operações nos paraísos fiscais;
Uma taxa ecológica (que onere a compra de produtos estrangeiros onde não se respeite o ambiente. Este imposto reverte para produtos ecológicos).
Uma taxa de liberdades democráticas (que onere a compra de produtos estrangeiros onde não se respeitem essas liberdades. Este imposto reverte para ajudas internacionais sobre este assunto e para ajuda de cidadãos estrangeiros em Portugal).
A crise e o retorno à terra
Creio que nunca mais nada será como dantes no mundo, depois desta crise. Parece que o crescimento desenfreado d capitalismo acabou.
Assim, os 24 milhões de chineses desempregados que o governo ajudou a voltarem às suas terras preconizam movimentos semelhantes em todo o mundo. É mais útil e poupa no subsídio de desemprego. Significa também uma evolução e ao mesmo tempo um regresso às origens (mais evoluído do que dantes).
Em Portugal essa seria uma medida muito apropriada.

Psiquiatria e direitos humanos
Um dos vícios da psiquiatria portuguesa é atribuir a culpa aos pais dos jovens doentes (em todos os casos e não só nalguns) e aos familiares directos por exemplo dos alcoólicos e dos toxicodependentes.
Estas duas últimas doenças têm, segundo creio, uma base genética, e qualquer disfunção familiar agrava o problema. Agrava mas não é a causa.
Os familiares necessitam ser ajudados em vez de estigmatizados.

Saturday, February 14, 2009

Acerca do Plano Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool (em discussão no site do IDT).

Trata-se de um conjunto de medidas muitas delas já tratadas em planos anteriores. Parecem formalmente correctas mas poderão ser completamente inúteis se não se discutirem os seguintes pontos fundamentais:

A subida da idade legal de permissão de compra e de consumo dos 16 para os 18 anos é fundamental e já tinha sido defendida em planos anteriores.
No entanto o que se verifica é que nem a idade de 16 anos é cumprida. O plano devia mencionar isso, mostrar porque é que a lei actual não é cumprida e apontar medidas para que comece a haver uma efectiva fiscalização e cumprimento desta lei e da dos 18 anos. Sem isso o plano fica muito limitado.

A proposta da descida da taxa de alcoolémia dos 0,5 para os 0,2, para certos tipos de condutores, também rejeitada em planos anteriores, é de saudar.

Nenhum plano de Saúde pode funcionar sem analisar porque é que se trabalha tão pouco na função pública portuguesa, nomeadamente na área da saúde mental. O próprio Ministério da Saúde não sabe, e nunca quis saber nem divulgar, quanto trabalham os seus médicos (que, de alguma maneira, são o motor dos serviços de saúde). Desafio a uma publicação imediata de resultados.

A produtividade dos serviços de saúde mental é muito baixa. Em 2004, por contas minhas baseadas em números oficiais, os médicos dos 2 principais hospitais psiquiátricos de Lisboa consultaram menos de 3 doentes por dia de trabalho, o que é muito pouco. Muitos estão em funções burocráticas e muitos não vêm diariamente ao serviço. A produtividade médica do IDT é também ocultada, mas deve ser provavelmente mais baixa ainda do que a dos serviços de saúde mental, e, enquanto não aumentar não há plano alcoológico que funcione.

O plano só destaca, na área do tratamento, as intervenções breves em bebedores excessivos não alcoólicos. Não salienta devidamente a necessidade de tratar com eficácia o número enorme de dependentes e, ainda pior, não refere as investigações nem as boas práticas criadas e realizadas em Portugal nesta matéria, nem cita autores portugueses, desprezando o enorme trabalho inovador e original já feito nesta área. Um plano português que não cita o trabalho pioneiro de portugueses não é, por isso, digno desse nome.

A Inserção incorrecta do IDT no Ministério da Saúde também não é tratada. O plano alcoológico funcionaria decerto melhor se o IDT estivesse correctamente inserido na saúde mental em vez de ser protegido pelos poderes políticas do momento, deixando de ser um serviço vertical, e se ambas funcionassem com muito mais intensidade e eficácia.
 
Assine meu Livro