Saturday, February 11, 2012

O futuro dura muito tempo

Aqui Vasco Pulido Valente não é pessimista, mas acredita no futuro. Um momento de génio no melhor cronista português (copiado por mim e parágrafos meus). Lido assim em 2ª ou 3ª leitura sabe melhor.



Opinião
O futuro dura muito tempo
Por Vasco Pulido Valente. Público de 2012-02-11

Se alguém julga que em 2013 ou 14 ou 15, voltaremos como sempre ao jogo de salão com o PSD, o PS, o CDS e o Bloco, bramindo inanidades por São Bento e dividindo votos, não percebeu nada do que está a suceder.
O putativo prestígio de Cavaco não vale nada.
O cidadão comum despreza imparcialmente os partidos.
Cada escândalo, cada dívida, cada falcatrua do Estado e adjacências enfraquece o regime.
No fim não sobrará nada. Excepto a mudança.
Não a mudança retórica do costume, uma verdadeira mudança: de homens, de partidos, de regras. Provavelmente lenta e gradual. Mas deliberada e certa. Não importa.
Como explicava o outro, o futuro dura muito tempo. Desde Sócrates que a II (ou III) República entrou em agonia.
Esperemos com paciência pela III (ou pela IV).

Círculos Uninominais


Não quero votar mais nessa gente que infiltra as máquinas partidárias, que os eleitores desconhecem, desconhecerão sempre ou conhecerão pelas piores razões: os José Lellos, Vitalinos Canas,  Armandos Varas, Valentins Loureiros, Josés Penedos, Josés Sócrates, e toda a quantidade de cromos que já mandámos para Assembleia da República para enriquecerem à nossa custa. Quero menos deputados e Círculos Uninominais.
Se a Assembleia da República, principal órgão governativo, é um órgão corrupto, porque é constituída por gente eleita sem ser conhecida, a quem fabricamos tachos, então o veneno alastra e todo o país é inevitavelmente corrupto, e daí ter chegado ao estado a que chegou.

Sunday, February 05, 2012

Os cavaquistas querem mandar


O Presidente quer mandar. Como se já não chegassem as desgraças do país aparece agora a veneranda figura do Professor Cavaco Silva a querer mandar!

É verdade que a Constituição Portuguesa é profundamente ambígua, quando nos obriga a  votar em 2 pessoas com poderes executivos que se sobrepõem, o Presidente da República e o 1º Ministro, e quando obriga a votar em desconhecidos, isto é, deputados que nunca vimos nem conhecemos, nem fazemos ideia de quem são.
A nossa constituição obriga-nos a votar em quem não conhecemos e a votar em 2 poderes que conflituam entre si: O Presidente da República e o 1º Ministro.
 
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