Thursday, November 23, 2006





Joscka Fischer, o antigo ministro dos negócios estrangeiros da Alemanha, afirmou hoje várias coisas interessantes ao Público:


Primeiro, afirmou que, na Europa, somos os mestres da transformação pacífica, o que é real, muito interessante e digno de estudo

Segundo, afirmou que a União Europeia só perde se não incluir a Turquia.

Terceiro, afirmou que devemos reforçar a Europa, através de um Estado forte, com uma maioria de países e de população, ainda que se consiga só fundamentar no 1º artigo da Constituição Europeia. Quarto, afirmou que a Europa deve rejeitar o imperialismo russo.

Tudo ideias correctas e democráticas, penso que devem ser seguidas Do que Joscka Fisher não falou foi das relações entre Israel e a Palestina. E não falou da atitude que a Comunidade Europeia deve ter face a Israel e à Palestina.


Afinal o papa portou-se menos mal na sua viagem à Turquia. A defesa da adesão deste país à União Europeia é uma opção muito correcta

Monday, November 20, 2006



O que é que distingue Ehud Olmert ou Ariel Sharon dos nazis? Nada. E o que é que separa a tímida reacção ocidental perante os crimes destes dois senhores da guerra daquela que teve em tempos perante os crimes dos nazis? Nada também.

Tuesday, November 14, 2006

Como combater o fundamentalismo islâmico? Um pouco como na Turquia Ataturq fez, criando um estado laico, separado da religião, com um misto de firmeza e de democraticidade, combatendo, por exemplo, a inferiorização das mulheres e outras características anti-democráticas desse fundamentalismo.

Tony Blair parece um jogador de Poker a fazer política internacional, nomeadamente neste momento ao pretender encontrar-se com os Xiitas, contra os quais andou a lutar e com os quais mostrou uma total falta de respeito. Acabou de condenar a invasão do Iraque, de que foi um dos principais mentores. É por isso que está sempre a rir. Porque não liga a nada daquilo que ele próprio diz.

Mais uma vez a Espanha dá provas de inteligência, ao propor uma política alternativa com a Turquia, países árabes e hispânicos.

Por outro lado Bush deve bendizer a derrota eleitoral que sofreu, o que vem aliviar-lhe de encontrar caminho para sair do atoleiro em que meteu os Estados Unidos ao promover a guerra do Iraque.

Monday, November 13, 2006

A nova “modernização”



"Anteontem, na abertura do congresso de Santarém, Sócrates, como se tivesse descoberto a pólvora, não parou de falar em "modernização".
(…)Anteontem, vendo Sócrates, vi Cavaco e, vendo Cavaco, vi Caetano e, vendo Caetano, vi a longa fila de beneméritos, que tentaram, no ardor da sua inconsciência, transformar Portugal no "modelo" do dia: a Inglaterra ou a França, a Bélgica, a Suécia, a Irlanda, a Finlândia, e até a Espanha.
O espantoso é que toda a gente ouve esta idiotia histórica, com a mesma credulidade e assombro com que sempre a ouviu. Num país normal, quem abrisse a boca para dizer "modernização" seria imediatamente corrido e sovado. Aqui, não. Aqui, o indígena gosta dessa velha missa e venera o oficiante. A "modernização" é uma espécie de milagre, que chegará por um caminho ínvio (a educação e a ciência) e que entretanto esconde a triste realidade portuguesa. Não é uma promessa prática, é um sinal de impotência."Vasco Pulido Valente12 Novembro 2006in Público [link indisponível]

Este excelente texto foi retirado do Público de ontem, e vem reproduzido em http://maisevora.blogspot.com/

Neste ponto Concordo com o Vasco. O país precisa de um desenvolvimento à sua medida, de uma mobilização geral, que acabe com o país a 2 velocidades e que o reconcilie coinsigo próprio, que esteja ao alcance dos portugueses, e não de uma qualquer modernização.

Sunday, November 12, 2006

A Função Pública concentra serviços para embaratecer funções. Um segundo passo é fazer outsorcing de serviços

O futuro, dentro da Função Pública pertence aos administradores e aos fazedores de política. Dentro da medicina provavelmente aos médicos de Saúde Pública

Monday, November 06, 2006

Registo com satisfação a decisão de Rui Rio de não permitir que a Câmara do Porto volte a atribuir subsídios a fundo perdido.

Alguns países onde não se deve fazer turismo, nomeadamente aqueles onde se pratica a caça à baleia.

Pré-condições para acabar com a corrida às bombas atómicas por parte do Irão: acabar com o poderio nuclear de Israel.

Thursday, November 02, 2006

A guerra dos mais ricos contra os mais pobres:

Depois de ter visto o filme "os filhos do homem", de Alfonso Quaron:

Contra o Iraque Iraque, Irão, Palestina, Sudão, Afeganistão, Paquistão, Etiópia, contra as populações islâmicas de França e Inglaterra, ou contra a imigração mexicana nos Estados Unidos.
A guerra das pateras, carregadas de emigrantes africanos, a chegarem a Espanha e a Itália
E verdade que os mais pobres assumem formas de revolta muitas vezes fundamentalistas e erradas, mas os mais ricos não têm nada a oferecer senão guerra, pancada, destruição, morte, repatriação para a miséria, conforme afirma o filósofo português José Gil.
Os países historicamente desenvolvidos, como os países da Europa e os Estados Unidos, não foram capazes de partilhar nem de repartir civilização nem riqueza, nem de ajudar os mais pobres a melhorarem as suas condições de vida, criando um mundo melhor para todos.
Ainda por cima os mais pobres neste momento revoltam-se e reproduzem-se muito mais do que os mais ricos. Dentro de pouco tempo serão maioritários em muitas partes do mundo.
Por outro lado a China, a Índia, o Brasil, a Rússia, espreitam, não participam nesta guerra que não é sua e que enfraquece ambos os contentores, e esperam a sua oportunidade de serem hegemónicos pela primeira vez, o que é mau, porque não têm democracia.

Claro que eu concordo em lutar contra o fundamentalismo, em repatriar os emigrados clandestinos com toda a firmeza, mas é preciso acabar primeiro com a injustiça e a segregação dos mais ricos contra os mais pobres, nomeadamente, por exemplo, acabar com os subsídios para a agricultura dos países ricos, facilitar a constituição de empresas pelos pobres, deixar de apoiar o ignominioso Apartheid de Israel, etc.

Dar uma oportunidade aos pobres não é dar-lhes dinheiro porque isso ainda os torna mais pobres, nem é ensiná-los a pescar, porque isso pressupõe que nós é que temos a tecnologia correcta. É permitir que eles desenvolvam os seus modos próprios de desenvolvimento e de organização social.
 
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