Sunday, September 30, 2012

O realizador do filme anti-islão finalmente foi preso

Jornal SOL, 28/9/2012

O realizador do polémico filme anti-islão, que incendiou o ódio islâmico face ao mundo ocidental, foi detido na quinta-feira por ter violado a liberdade condicional a que estava sujeito desde 2010.


«Neste momento o tribunal não tem confiança no réu», declarou a juíza responsável pelo caso, Suzanne Segal, reforçando que o homem de 55 anos «representa algum perigo para a comunidade».

Nakoula Basseley Nakoula, natural do Egipto a residir nos EUA, foi detido ontem no estado da Califórnia e continuará preso a aguardar um novo julgamento que prove as violações de liberdade condicional de que é acusado. São oito no total, e incluem acusações por ter mentido aos oficiais da condicional e por ter usado pseudónimos.

Segundo as autoridades, Nakoula pode ainda vir a enfrentar novas acusações que se podem vir a traduzir numa pena máxima de dois anos de prisão.

Em 2010, o autor do filme A Inocência dos Muçulmanos chegou a cumprir 21 meses de prisão por uma alegada fraude bancária, mas foi-lhe dada a liberdade condicional, com a proibição de aceder à internet.

Quando partes do filme que ridiculariza a figura do Profeta Maomé chegaram ao YouTube, o tribunal federal da Califórnia considerou que Nakoula violou a liberdade condicional em vários níveis.

A ira muçulmana contra os EUA começou a incendiar-se logo no simbólico dia 11 de Setembro, com um ataque à embaixada norte-americana em Bengazi, Líbia, que tirou a vida ao próprio embaixador.
A partir daí, a revolta desencadeada pelo filme depressa chegou à vizinhança e alastrou-se a todo o mundo árabe, nomeadamente à Tunísia, Sudão, Líbano, Nigéria e Índia, com milhares de manifestantes a atacarem embaixadas e consulados.

Tuesday, September 25, 2012

Coimbra de Matos. A Humildade da Ciência

O Doutoramento Honoris Causa de António Coimbra de Matos foi em 19 de Setembro de 2012 no ISPA, Instituto Superior de Psicologia Aplicada.

Coimbra de Matos deu contributos inestimáveis à psiquiatria, pedopsiquiatria, psicologia e psicanálise portuguesas, como os conceitos de depressividade e depressão, relação e empatia, o conceito psicológico de amor e a sua aplicação na vida e em terapias, entre tantos outros, divulgou o conceito de refutabilidade da ciência, do amor do objeto que constrói o sujeito.

Para além destes contributos tratou temas de âmbito geral,  como democracia, sociedade, progresso.

É um pensador frontal, destruidor de mitos, com os pés na terra, pouco dado a fantasias, próximo das pessoas e talvez por isso não foi ainda apreciado devidamente, nem pelos seus colegas nem por esta sociedade em que vivemos.

O ISPA foi ousado e abriu agora uma excepção, que esperamos que continue.

Em Portugal temos uma cultura que desvaloriza as pessoas, que muda o nome aos hospitais e instituições ao sabor de cada governante que passa, onde qualquer medíocre estrangeiro é idolatrado e temido, enquanto muitas das suas mensagens nem sequer são compreendidas. Muitos portugueses ao fim de meia hora já sabem tudo, dispensando mais aprendizagens e explicações.

Neste sistema cultural defensivo e pesporrente não admira que não se valorize nem se dê dignidade a quem sabe. Empobrece-se assim o país e os seus criadores, sujeitos a uma vida de invejas, obstáculos  e calúnias.

Os nossos premiados são sempre os mesmos: Sobrinho Simões, Manuel de Oliveira, Eduardo Lourenço, e poucos mais. Sem lhes tirar o mérito, muitos fizeram carreira no estrangeiro, outros são distantes e agradam a todos os quadrantes políticos e estas nomeações passam pelo crivo de comissários que lhes tiram o frescor e a verdura, e impedem que outros, tanto ou mais ousados, atrevidos e criadores, se imponham.

Mesmo a estes, pouco se divulga da sua obra.

Então nas condecorações entre médicos é uma vergonha. Não há quem não tenha sido já condecorado pelo 1º Ministro ou pelo Presidente da República. Todos menos Coimbra de Matos e tantos outros que muito mais as mereceriam.

Exige-se agora uma maior e mais representativa homenagem, ou várias, a nível nacional. Parabéns ao ISPA que deu o pontapé de saída. Que se estude a sua obra, os contributos e os conceitos inovadores que produziu ao longo da sua vida!

Friday, September 21, 2012

Que sociedade é esta que impede que se vejam as maminhas de Kate Middletown?

Que sociedade é esta que impede que se vejam as maminhas de Kate Middletown e ao mesmo tempo permite que se insulte Maomé, em nome de uma abstrata liberdade de informação, com todas as gravíssimas consequências que isso traz para o crédito das nações do ocidente entre os países islâmicos?

Os povos islâmicos representam 1/3 da Humanidade e esta permissão estimula o ódio racial e inter-étnico.

No Paquistão, possuidor de bombas atómicas, qualquer americano na rua arrisca-se a ser morto.

Deve haver matéria para que o realizador do filme sobre Maomé seja processado e provavelmente preso por enganar os seus atores, e por usar financiamentos não controlados e duvidosos.

Não se trata de liberdade de expressão mas de pedagogia no diálogo inter-nações, e de retirar aos demagogos de ambos os lados, toda a oportunidade de incitamento ao ódio racial e religioso.

Pese ainda a posição americana sobre Israel, que tem evoluído, parece-me que esta guerra é injusta para a administração de Obama e para as últimas intervenções americanas, que foram salvadoras ou muito importantes na Bósnia, na Líbia, Tunísia, Egipto e agora na Síria. Prejudica gravemente os interesses franceses e tira o significado às últimas intervenções na Primavera Árabe.

Sunday, September 16, 2012

Este Governo, que tira aos pobres para dar aos ricos

Este Governo, que tira aos pobres para dar aos ricos, ainda não mexeu de forma significativa:
nas 404 fundações que existem neste país a caçar fundos públicos
nas cerca de 5000 IPSS, muitas das quais recebem subsídios injustificados
Nas empresas públicas
Nas parcerias publico-privadas
Na diminuição do número de autarquias
Na diminuição do número de deputados
Na diminuição do número de assessores
Na diminuição dos ordenados dos gestores públicos

O Sr. Miguel Relvas continua a dar ordens no país
Do suposto espião da ONGOING nunca mais se falou
Do desperdício e desorganização dos nossos serviços secretos nunca mais se falou.

A máquina da corrupção continua a funcionar e pronta a avançar mais quando poder.


 
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