Saturday, July 28, 2012

Cálice: de Chico Buarque e Milton Nascimento


Porque só agora me relembrei desta canção, deste fantástico poema, tão revoltado com a relação sado-masoquista que Deus impunha a seu filho Cristo?

Escrito no auge da ditadura brasileira faz lembrar os Vampiros de José Afonso, cantado com a mesma força e a mesma paixão. Só que este tema ainda é mais universal, quotidiano e diário.

Libertemo-nos para sempre deste Cálice de vinho tinto de sangue, de engolir Sapos Vivos, de comer se beber as toneladas de porcaria a que nos querem obrigar!

Este post é dedicado ao povo da Síria

Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue

Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue

Como beber dessa bebida amarga?
Tragar a dor engolir a labuta?
Mesmo calada a boca resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira tanta força bruta

Pai,(pai) afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue

Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa

Pai,(pai) afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue

De muito gorda a porca já não anda
(cálice)
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, (pai)pai, abrir a porta
(cálice)
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade

Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue

Talvez o mundo não seja pequeno
(cálice)
Nem seja a vida um fato consumado
(cálice)
Quero inventar o meu próprio pecado
(cálice)
Quero morrer do meu próprio veneno
(pai) (cálice)
Quero perder de vez tua cabeça
(cálice)
Minha cabeça perder teu juízo
(cálice)
Quero cheirar fumaça de óleo disel
(cálice)
Me embriagar até que alguém me esqueça
(cálice)

Thursday, July 26, 2012

Baltazar Garzón e Assanje juntos

Estes 2 nomes metem medo porque ambos foram e estão a ser perseguidos pelo aparelho judicial de Espanha e pelo máquina militar industrial americana.
Agora o lutador Garzón propõe-se defender Assanje. Esperemos que consiga

Sunday, July 15, 2012

A circuncisão

A circuncisão é um ritual de crueldade humana, uma espécie de castração simbólica, prevalente em muitas culturas, como a muçulmana e a judaica, a até em culturas laicas, como a dos Estados Unidos, onde, em 1980, cerca de 80% dos rapazes eram circuncidados, percentagem que tem vido a descer para 57% em 2008 (Publico, 2012-07-10).
Parece que este acto cruel, no entanto, pode prevenir algumas infeções por HIV, da mulher para o Homem. Nas relações homossexuais isso é incerto e as transmissões de homem para mulher mantêm-se.      Mas certamente ninguém defende que a circuncisão seja usada como alternativa às medidas de prevenção mais comuns.

Friday, July 13, 2012

A licenciatura de Relvas

A Universidade Lusófona tem a obrigação de declarar quem foram os outros 81 licenciados pelo processo de Relvas, com dispensa de cadeiras, e de publicar os respectivos processos.
Uma licenciatura é um processo público, previsível, publicável, que tem de ser conhecido pelo povo português em toda a sua amplitude.
O que não é aceitável é que andem a coexistir Licenciados regulares com Doutores da Mula Russa, às escondidas de todos nós. A Lusófona (ou o WIKILEAKS por ela), tem a obrigação de o fazer.
 
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