Wednesday, July 27, 2005

Hoje saiu um manifesto no Diário de Notícias, assinado por António Carrapatoso, João Salgueiro, Silva Lopes, Medina Carreira, entre outros, contra os investimentos “estruturantes”, da OTA e TGV. Não posso senão apoiar tal manifesto!

E contraponho desde já outro investimento, este sim, realmente estruturante: os banhistas são proibidos de se banhar na praia de Albufeira, devido a problemas com uma ETAR. Calcule-se o que isto provoca, nesta altura do ano, de prejuízo para o turismo!

Leiam o post de 24 de Julho:

Àqueles que defendem a Ota e o TGV como programa de investimentos e de modernização de Portugal contraponho 2 outros grandes desígnios nacionais: completar o saneamento básico, reconstruir e recuperar os centros históricos, eliminar as passagens de nível, tornar este país decente, sem vergonha de si próprio, eliminando o Portugal a 2 velocidades.

Sunday, July 24, 2005

A demissão do Ministro das Finanças Campos e Cunha é um golpe grande na credibilidade do governo e na política económica do país.
Àqueles que defendem a Ota e o TGV como programa de investimentos e de modernização de Portugal contraponho 2 outros grandes desígnios nacionais: completar o saneamento básico, reconstruir e recuperar os centros históricos, eliminar as passagens de nível, tornar este país decente, sem vergonha de si próprio, eliminando o Portugal a 2 velocidades.

O Mário Soares para Presidente da República cheira demasiado a remake. O seu tempo já passou, nem promete nada de jeito nas políticas económicas.

José Eduardo Agualusa no Público de Domingo, 24 de Setembro: Acabem com as ajudas a África. Elas são uma das causas do seu subdesenvolvimento.

Tuesday, July 19, 2005

A quantidade de água desperdiçada nos sistemas de rega automática em Lisboa. Estou a imaginar os contratos em que a Câmara fornece a água e depois não tem qualquer controle nem vigilância sobre a forma como ela é gasta!

Sunday, July 03, 2005

Os nossos notáveis desprezam o nosso povo



Os nossos notáveis desprezam o nosso povo
A música popular aparece como música pimba que, diga-se de passagem, vende muito mais do que a música mais cultural, progressista ou de intervenção.
Alguns cantores populares têm muito mais sucesso do que alguns cantores mais politicamente correctos
Os romances populares apresentam-se dissociados da literatura mais erudita.
E como resultado disso a vida cultural portuguesa apresenta-se dissociada entre uma vida cultural erudita e uma vida cultural popular. A primeira não puxa pela segunda mas aparece em negação em relação com ela.
Portugal é, assim, um país dissociado, que, sendo uma coisa, pretende parecer que é outra.


A peregrinação a Fátima, a pé, exprime bem o atraso deste país e o seu estatuto de dissociado, no seu apoio aos peregrinos. O perigo de atropelamento é uma constante; lixo por todo o lado! Falta de áreas de descanso, a não ser no caminho a partir de Lisboa que, por acaso, nem deve ser o mais praticado.
Falta tudo: vias pedonais e passeios seguros nas bermas das estradas, para as pessoas andarem confortavelmente, respeitando os seus costumes e tradições; áreas de descanso e merenda, vias alternativas para quem pretende fazer caminhos mais perto da natureza, passeios em Fátima, acessos para deficientes.
Falta também uma informação e um sentido histórico do evento, e uma oferta turístico cultural na própria vila, com preservação do seu centro histórico, oferta de cultura, gastronomia e tradições locais, em vez de ser um bazar gigante de quinquilharia.
Esta vila ganhou fortunas à custa dos peregrinos e trata-os tão mal!
A Galiza ganhou notoriedade com os Caminhos de Santiago. Em Fátima falta um poderoso movimento cultural a favor deste evento e desta peregrinação, acredite-se ou não no milagre!



A busca energética, por parte da China, e a reacção americana, correm o risco de destabilizar definitivamente o planeta.






 
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