Friday, January 30, 2009


Honra a Erdogan, Primeiro Ministro da Turquia, quando enfrentou Shimon Peres e o poderio Israelita, apoiado pela união Europeia e pelos Estados Unidos, na cimeira de Davos. Já se tinha destacado na luta contra os seculares turcos. Merece o respeito de todos os povos e pessoas civilizadas do mundo.
O facto de ter sido tão bem recebido na sua terra e pelas nações do Médio Oriente mostra como estas pessoas estão receptivas a uma boa liderança que as defenda.

Thursday, January 29, 2009

Vários

Porque é que os judeus têm conseguido, ao longo da história, congregar tantos ódios contra si? Têm necessariamente que rever essa posição

Hoje em dia, qualquer judeu que se preze tem de se demarcar da política genocida, criminosa, pior do que o apartheid, do Estado de Israel.

A grande redução salarial que se impõe em Portugal não é nos trabalhadores mas é nos salários milionários de gestores, no número de quadros das empresas públicas, no nº de membros dos Conselhos de Administração, no número de deputados, de generais. Esta seria uma excelente redução, que pouparia imenso dinheiro ao país.

A reforma dos serviços públicos de saúde mental deve começar pela produtividade médica e pela produtividade dos serviços, e não meramente por tirar pessoas de um lado para meter noutro.

Wednesday, January 28, 2009

Eyad Sarraj


Eyad Sarraj, o psiquiatra de Gaza que sofreu o bombardeamento brutal de Israel, deixou de ser pacifista. Afirma que “a dignidade está na resistência”. Agora defende o boicote, deisnvestimento e sanções contra Israel.

Francisco Louçã


A primeira referência concreta portuguesa em relação aos offshores saiu de Francisco Louçã, defendendo o registo total dos produtos financeiros das offshores. Honra lhe seja feita. Está a contribuir para a clarificação política em Portugal, a apresentar uma alternativa às políticas do Governo e a defender uma medida concreta e acertada.

Pena que ainda defenda a liberalização das drogas leves.

Monday, January 26, 2009

Mamarrachos



Junto à ponte sobre o Tejo, no lugar da torre Vasco da Gama nasce este prodigioso mamarracho
Em que é que estão a transformar a Torre Vasco da Gama? Num hotel de luxo de 21 andares!

Já a Torre nunca foi bem sucedida, nem simbolica, nem estetica nem comercialmente. Mas agora um hotel num sítio destes, mesmo em cima do rio, onde só deve haver espaço, monumentos e edifícios de interesse público! A cortar as vistas sobre o Tejo?!

Parece-me pior do que o Freeport de Alcochete. Lisboa e a frente ribeirinha continuam a saque.

Sunday, January 25, 2009

Vários


É preciso recriar com muita energia uma nova classe média em Portugal, e não é com assalariamentos que se lá vai. Provavelmente com microcrédito e facilitação da criação de pequenas e médias empresas.
Para mim, a o Estado e o órgãos de soberania devem subcontratar em vez e assalariar.

Os assalariamentos, particularmente na Função Pública, trazem imensos custos económicos e sociais, adormecem as pessoas, e proporcionam muitas vezes o aparecimento de sindicatos de tipo corporativo.

O imperialismo no Ocidente fabrica o extremismo no Médio Oriente.
Clara Ferreira Alves, jornalista (Sol de 2009-01-24) tem razão. O Hamas não é uma organização terrorista.

Sem dúvida que o fundamentalismo deve ser reprimido. Mas só um regime justo e democrático pode fazer isso com sucesso, coisa que nem a Europa, nem os Estados Unidos, nem Israel têm sido.

Ler um livro, normalmente, não altera a vida de ninguém. Fazer uma viagem sim. Pode alterar. Faça agora a viagem da sua vida!

Fwd: FW: Gaza e Israel - A visão de Fernando Nobre, Presidente da AMI



Não podemos mais deixar de ignorar este massacre...! Afinal é um problema da Humanidade, de todos nós, neste tempo de incertezas! Mataram-se indiscriminadamente homens, mulheres e crianças, em nome de quê?

Aqui está uma posição frontal e clara de quem não se pode dizer que é um enraivecido comunista a soldo do anti-sionismo mundial.
Parece-me que é de todo o interesse divulgar esta posição.
A visão de um cidadão activo e inconformado com certos aspectos da nossa sociedade, um dos portugueses que maior admiração merece (perfil abaixo)

Domingo, 4 de Janeiro de 2009
Grito e choro por Gaza e por Israel

Há momentos em que a nossa consciência nos impede, perante acontecimentos trágicos, de ficarmos silenciosos porque ao não reagirmos estamos a ser cúmplices dos mesmos por concordância, omissão ou cobardia.
O que está a acontecer entre Gaza e Israel é um desses momentos. É intolerável, é inaceitável e é execrável a chacina que o governo de Israel e as suas poderosíssimas forças armadas estão a executar em Gaza a pretexto do lançamento de roquetes por parte dos resistentes ("terroristas") do movimento Hamas.

Importa neste preciso momento refrescar algumas mentes ignorantes ou, muito pior, cínicas e destorcidas:

- Os jovens palestinianos, que são semitas ao mesmo título que os judeus esfaraditas (e não os askenazes que descendem dos kazares, povo do Cáucaso), que desesperados e humilhados actuam e reagem hoje em Gaza são os netos daqueles que fugiram espavoridos, do que é hoje Israel, quando o então movimento "terrorista" Irgoun, liderado pelo seu chefe Menahem Beguin, futuro primeiro ministro e prémio Nobel da Paz, chacinou à arma branca durante uma noite inteira todos os habitantes da aldeia palestiniana de Deir Hiassin: cerca de trezentas pessoas. Esse acto de verdadeiro terror, praticado fria e conscientemente, não pode ser apagado dos Arquivos Históricos da Humanidade (da mesma maneira que não podem ser apagados dos mesmos Arquivos os actos genocidários perpetrados pelos nazis no Gueto de Varsóvia e nos campos de extermínio), horrorizou o próprio Ben Gourion mas foi o acto hediondo que provocou a fuga em massa de dezenas e dezenas de milhares de palestinianos para Gaza e a Cisjordânia possibilitando, entre outros factores, a constituição do Estado de Israel..
- Alguns, ou muitos, desses massacrados de hoje descendem de judeus e cristãos que se islamizaram há séculos durante a ocupação milenar islâmica da Palestina. Não foram eles os responsáveis pelos massacres históricos e repetitivos dos judeus na Europa, que conheceram o seu apogeu com os nazis: fomos nós os europeus que o fizemos ou permitimos, por concordância, omissão ou cobardia! Mas são eles que há 60 anos pagam os nossos erros e nós, a concordante, omissa e cobarde Europa e os seus fracos dirigentes assobiam para o ar e fingem que não têm nada a ver com essa tragédia, desenvolvendo até à náusea os mesmos discursos de sempre, de culpabilização exclusiva dos palestinianos e do Hamas "terrorista" que foi eleito democraticamente mas de imediato ostracizado por essa Europa sem princípios e anacéfala, porque sem memória, que tinha exigido as eleições democrática para depois as rejeitar por os resultados não lhe convirem. Mas que democracia é essa, defendida e apregoada por nós europeus?
- Foi o governo de Israel que, ao mergulhar no desespero e no ódio milhões de palestinianos (privados de água, luz, alimentos, trabalho, segurança, dignidade e esperança ), os pôs do lado do Hamas, movimento que ele incentivou, para não dizer criou, com o intuito de enfraquecer na altura o movimento FATAH de Yasser Arafat. Como inúmeras vezes na História, o feitiço virou-se contra o feiticeiro, como também aconteceu recentemente no Afeganistão.
- Estamos a assistir a um combate de David (os palestinianos com os seus roquetes, armas ligeiras e fundas com pedras...) contra Golias (os israelitas com os seus mísseis teleguiados, aviões, tanques e se necessário...a arma atómica!).
- Estranha guerra esta em que o "agressor", os palestinianos, têm 100 vezes mais baixas em mortos e feridos do que os "agredidos". Nunca antes visto nos anais militares!
- Hoje Gaza, com metade a um terço da superfície do Algarve e um milhão e meio de habitantes, é uma enorme prisão. Honra seja feita aos "heróis" que bombardeiam com meios ultra-sofisticados uma prisão praticamente desarmada (onde estão os aviões e tanques palestinianos?) e sem fuga possível, à semelhança do que faziam os nazis com os judeus fechados no Gueto de Varsóvia!
- Como pode um povo que tanto sofreu, o judeu do qual temos todos pelo menos uma gota de sangue (eu tenho um antepassado Jeremias!), estar a fazer o mesmo a um outro povo semita seu irmão? O governo israelita, por conveniências políticas diversas (eleições em breve...), é hoje de facto o governo mais anti-semita à superfície da terra!
- Onde andam o Sr. Blair, o fantasma do Quarteto Mudo, o Comissário das Nações Unidas para o Diálogo Inter-religioso e os Prémios Nobel da Paz, nomeadamente Elie Wiesel e Shimon Perez? Gostaria de os ouvir! Ergam as vozes por favor! Porque ou é agora ou nunca!
- Honra aos milhares de israelitas que se manifestam na rua em Israel para que se ponha um fim ao massacre. Não estão só a dignificar o seu povo, mas estão a permitir que se mantenha uma janela aberta para o diálogo, imprescindível de retomar como único caminho capaz de construir o entendimento e levar à Paz!
- Honra aos milhares de jovens israelitas que preferem ir para as prisões do que servir num exército de ocupação e opressão. São eles, como os referidos no ponto anterior, que notabilizam a sabedoria e o humanismo do povo judeu e demonstram mais uma vez a coragem dos judeus zelotas de Massada e os resistentes judeus do Gueto de Varsóvia!

Vergonha para todos aqueles que, entre nós, se calam por cobardia ou por omissão. Acuso-os de não assistência a um povo em perigo! Não tenham medo: os espíritos livres são eternos!
É chegado o tempo dos Seres Humanos de Boa Vontade de Israel e da Palestina fazerem calar os seus falcões, se sentarem à mesa e, com equidade, encontrarem uma solução. Ela existe! Mais tarde ou mais cedo terá que ser implementada ou vamos todos direito ao Caos: já estivemos bem mais longe do período das Trevas e do Apocalipse.
É chegado o tempo de dizer BASTA! Este é o meu grito por Gaza e por Israel (conheço ambos): quero, exijo vê-los viver como irmãos que são.

Fernando José de La Vieter Ribeiro Nobre nasceu em Luanda em 1951. Em 1964 mudou-se para o Congo e, três anos mais tarde, para Bruxelas, onde estudou e residiu até 1985, altura em que veio para Portugal, país das suas origens paternas. É doutor em Medicina pela Universidade Livre de Bruxelas, onde foi assistente, e especialista em Cirurgia Geral e Urologia.
É Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e Académico Correspondente da Academia Internacional de Cultura Portuguesa. É membro do Conselho Geral da Universidade de Lisboa e do Conselho Geral da Universidade da Beira Interior e docente convidado (em Mestrados e Pós-Graduações) nas Faculdades de Medicina de Lisboa, Coimbra e Minho, na Universidade Autónoma de Lisboa, no Instituto de Estudos Superiores Militares e no Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna.
Foi administrador dos Médicos Sem Fronteiras - Bélgica e fundou, em Portugal, a AMI – Assistência Médica Internacional, à qual ainda preside. Participou como cirurgião em mais de duzentas missões de estudo, coordenação e assistência médica humanitária em cerca de sessenta países de todos os continentes.
É presidente da Assembleia Geral do Instituto da Democracia Portuguesa, exerce o mesmo cargo na Associação Tratado de Simulambuco e é patrono da Fundação Burgher Portugal - Sri Lanka. É membro da Real Sociedade de Cirurgia (Bélgica), da Associação Europeia de Urologia, da Associação Portuguesa de Urologia, da Sociedade Portuguesa de Autores, da Sociedade de Geografia de Lisboa e sócio do Grémio Literário
Recebeu vários prémios e distinções em Portugal e no estrangeiro, incluindo o primeiro prémio da Associação Europeia de Urologia e a medalha de ouro dos Direitos Humanos, da Assembleia da República Portuguesa. É Grande Oficial da Ordem do Mérito, Cavaleiro da Legião de Honra de França, Cavaleiro da Real Ordem da Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e detentor da Grã-Cruz da Ordem Apostólica de S. Tomé. É cidadão de Honra da Câmara Municipal de Cascais e Embaixador da Boa-Vontade da Ilha de Gorée, no Senegal.
Tem quatro filhos.

Circuncisão e direitos humanos



Em meu entender a circuncisão masculina ritual ou dita cultural é uma prática cruel, semelhante à mutilação genital feminina, à castração, à falta de bondade e a rituais de rigor e de crueldade.

É feita sempre sem o consentimento da pessoa sujeita a essa mutilação, porque menor de idade.
É errado defender a circuncisão por proporcionar melhor higiene e eventual protecção contra a sida. Em troca disso defendo que as pessoas usem meios de protecção e higiene eficazes.
Quando os povos deixarem de circuncidar as suas crianças eu acredito na sua democracia.

International circumcision rates
Não se pense que a circuncisão é uma coisa só de judeus a árabes: repare-se nesta crueldade nos Estados Unidos e noutros povos relacionados com o puritanismo da Rainha Vitória:

Neonatal circumcisions (%)
United States 2003: 55.9%*
Canada 2003: <>
New Zealand 1995: 0-5%**
*The percentage refers to infants born in non-Federal hospitals; see p 52, Table 44 of the reference.
**Samoans, Tongans and Niueans in New Zealand continue to practice circumcision, but not in public hospitals, to which these data refer.
Fonte: wikipedia.org/wiki/Circumcision - 403k

Anatomy and Function of the Foreskin Documented
A new article describes the foreskin (prepuce) as an integral, normal part of the genitals of mammals. It is specialized, protective, erogenous tissue. A description of the complex nerve structure of the penis explains why anesthetics provide incomplete pain relief during circumcision. Cutting off the foreskin removes many fine-touch receptors from the penis and results in thickening and desensitization of the glans outer layer. The complex anatomy and function of the foreskin dictate that circumcision should be avoided or deferred until the person can make an informed decision as an adult.
Cold, C. and Taylor, J., "The Prepuce," BJU 83 (1999): suppl. 1: 34–44.

Key points Of Australian Federation of AIDS Organizations:
• There is no demonstrated benefit of circumcision in men who have sex with men.
• Correct and consistent condom use, not circumcision, is the most effective means of reducing female-to male transmission, and vice-versa.
• African data on circumcision is context-specific and cannot be extrapolated to the Australian epidemic in any way.

Saturday, January 24, 2009

doentes e famílias


Na minha qualidade de agente de saúde posso afirmar que há 3 erros graves no modo como muitos psiquiatras e outros agentes de Saúde Mental encaram as famílias dos seus doentes:
Ou recusam falar com os familiares da pessoa doente
Ou só falam com os pais na presença dos filhos.
Ou atribuem-lhes a responsabilidade pela doença dos filhos, o que pode ser verdade mas só nalguns casos.

Há maneiras de falar com as famílias sem violar o segredo profissional face aos nossos doentes.

Falar com famílias, com empatia e sem lhes apontar o dedo, deve ser obrigatório no caso de todos os doentes dependentes. Em contrapartida é desnecessário e muitas vezes contraproducente em doentes adultos e autónomos.

Falar com os pais só na presença dos filhos diminui a autoridade destes, muitas vezes tão necessária, e quebra as fronteiras geracionais, também tão necessárias. O psiquiatra deve falar com os pais sozinhos, numa conversa de adulto para adultos. Na modalidade de tratamento denominada Tratamento Combinado e por Etapas provou-se, em várias investigações feitas, que isso era excelente para toxicodependentes e melhorava o prognóstico em doentes alcoólicos.

Para haver comunicação, mesmo informal, tem de haver hierarquia interna nas famílias, limites e mesmo segredos, e não ser o técnico de saúde mental a impor a sua hierarquia a toda a família. Ele pode discutir com os pais sobre os supostos erros destes mas sempre com a humildade de quem não tem a verdade absoluta.



Friday, January 23, 2009

E aqui temos nós de novo, e se nada se mudar, a reconstrução do capitalismo em todo o seu esplendor:
até hoje ninguém tocou na supervisão bancária, na eliminação de paraísos fiscais, na construção de carros híbridos, movidos principalmente a electricidade. Em nada disto.
E isto é uma tarefa para os Estados Unidos, para a ONU e para a União Europeia.

Vasco Pulido Valente diz hoje de Obama que:
abandonou o Iraque;
transferiu o esforço da América (e da Europa) para o Afeganistão, o que é uma aventura condenada à derrota;
conversar com o Irão sem resolver o problema de Gaza e de um Iraque estável é perfeitamente inútil;

Acho que Vasco tem razão. Mas isto é apenas o deflacionar inevitável da política imperialista e insustentável de George Bush.

Sunday, January 18, 2009

Israel já matou, na sua invasão da Faixa de Gaza, cerca de 1300 pessoas, metade das quais mulheres e crianças, e sofreu 13 baixas. Isto é, matou 100 palestinianos por cada morto que sofreu e é menos selectivo ainda do que os rockets palestinos .

A isto chama-se uma absoluta desproporção de meios.

A destruição da faixa de Gaza prova que o objectivo dos israelitas não é destruir o Hamas mas sim destruir os Palestinianos, todas as suas infraestruturas, e expulsá-los ou reduzi-los ao silêncio. O massacre na faixa de Gaza repete o massacre dos palestinianos do West Bank, realizado por Ariel Sharon, e tantos outros massacres anteriores.

E ainda por cima Israel consegue tudo o que quer. Até uma ajuda de Washington para destruir os túneis que fazem a sobrevivência da faixa de Gaza, bem como promessas de apoio.

Hoje, no Público, o humanista de serviço Manuel Carvalho atreve-se a dizer que, apesar de ter sido eleito por maioria absoluta dos palestinianos “o Hamas é uma execrável organização terrorista a pedir uma severa punição”. Manuel Carvalho quer ainda mais !!!!!!!

Não sou a favor de bombardeamentos indiscriminados nem de ataques suicidas, mas a Comunidade Internacional deve proporcionar aos palestinianos meios eficazes de se defender. E não fez nada disso até agora!

Felizmente, a favor da causa palestina, reúne-se um consenso internacional cada vez mais largo.

Saturday, January 17, 2009

crise nacional e internacional

É necessário criar uma nova classe média em Portugal, e isso não se consegue só com o assalariamento. É preciso a criação de micro, pequenas e médias empresas.

Reparem que nada mudou, nem nacionalmente nem internacionalmente na gestão da crise mundial. Nem a supervisão bancária, nem a eliminação de paraísos fiscais, nem a diminuição dos ordenados milionários dos gestores, nem os famosos carros híbridos e predominantemente eléctricos.


Veja-se esta citação do post de http://o-antonio-maria.blogspot.com/, publicado em 2009-01-13: Contagem de corruptos.

“A tríade de Macau (Coelho, Vitorino, Canas, Nabo, Santos Ferreira, Vara, Manuel Frasquilho, etc.) tomou de assalto o Partido Socialista, rasgou a sua cartilha social-democrata em nome de todos os panfletos sobre globalização e enriquecimento rápido que conseguiu tragar, montou uma rede de cumplicidades entre todos os sectores pesados da economia e da finança portuguesa: empresas públicas, empresas privadas de obras públicas, transportes e comunicações, e energia, e finalmente... bancos!

Se montarmos o organigrama de toda esta teia de ligações fortes entre o poder político democrático (protagonizado aqui por uma força partidária aparentemente consolidada) e a burguesia burocrática, unindo cumplicidades a deveres, deveres a patrocínios, patrocínios a cartelização, cartelização a manipulação das super-estruturas do Estado, manipulação a corrupção do regime em múltiplas e decisivas instâncias, teremos imediatamente o retrato de uma subversão em larga escala do actual regime constitucional.

A tríade de Macau não só meteu o PS no bolso —rindo-se como Judas Santos Silva se ri das suas velhas convicções de esquerda—, como ameaça neste preciso momento, e no decorrer de toda a presente crise, meter o regime político português no bolso.

A gula macaísta é tanta, e a nossa distracção tão lamentável, que ninguém reparou ainda até que ponto a Mota-Engil e a Brisa (para não falar de ANA, da Refer, da REN, na EDP, RTP, PT, etc.) ameaçam tornar-se, com bons argumentos, num Estado dentro do Estado. A primeira tomou conta da Lusoponte com dinheiro emprestado pelo semi-falido BCP (salvo com dinheiro público da Caixa Geral de Depósitos), que entretanto voltou a endividar-se, correndo os riscos por conta do contribuinte, sob a benção ignara do papagaio Sócrates. O lavar de roupa suja em volta do actual presidente da Lusoponte, Ferreira do Amaral (descendente da velha burguesia burocrática que serviu Salazar e Caetano), não poderia aliás ser mais oportuna do ponto de vista dos interesses da Mota-Engil. O objectivo da Mota-Engil parece-me claro:

  • controlo das futuras três travessias do estuário do Tejo;
    construção-exploração do aeroporto de Alcochete;
    gestão dos principais aeroportos nacionais;
    construção da Terceira Travessia do estuário do Tejo;
    controlo dos principais portos do país, começando pelo ampliado terminal de contentores de Lisboa;
    exploração comercial dos comboios de Alta Velocidade.

Se verificarmos em que consórcios a Mota-Engil e Brisa se associam, ficaremos com o mapa completo da grande ofensiva da tríade Macau e das suas reais intenções.

Aquilo que Salazar precisou de fazer em ditadura —i.e. dar uma certa protecção às forças fáticas do regime, mantendo a independência nacional em banho-maria— talvez seja possível em democracia... desde que a democracia engula, claro está, esta transfiguração do Partido Socialista. Se o PPD-PSD continuar como está, é isto que irá suceder. Hesitar na criação dum novo partido de esquerda, conhecidos que são os dados do problema, parece-me um erro, que não irá impedir soluções mais drásticas no futuro.

Post scriptum — acabo de ouvir na SIC Notícias o diálogo entre António Bagão Félix e Luís Campos e Cunha, moderado por Ana Lourenço, sobre a actual crise e o aumento do risco de crédito que o país corre segundo um aviso publicado esta Terça-Feira pela agência de rating Srandard&Poor, divulgado pelo Finantial Times. Ambos os economistas coincidiram nas análises das causas e do estado real do país (endividamento sem apostas estratégicas de médio e longo prazo visando a sustentabilidade e produtividade do país; disfarce sistemático das contas públicas; eleitoralismo) . E não divergiram nas prescrições: apoiar o sistema financeiro, mas alterando várias das regras e prerrogativas actuais; ajudar temporariamente os que mais precisam; adiar os grandes investimentos para melhores dias; evitar o discricionarismo nas acções governamentais de apoio à crise, aplicando medidas tão universais quanto possíveis; mexidas pontuais e temporárias nas regras fiscais; descentralização das medidas de emergência em colaboração estreita com as autarquias. Nenhum deles acredita, porém, que o governo da tríade escolha o melhor caminho. Mais uma razão para se criarem novos partidos, caramba!”
A questão Israelo-Palestiniana é a pedra de toque da validade das democracias ocidentais e da consciência de cada pessoa.

O imperialismo dos Estados Unidos e dos países da União Europeia encoraja e fabrica o extremismo de grupos mais ou menos dominadores entre os povos do Médio Oriente e impede-os de evoluírem para Estados Laicos e democratas. POr exemplo na questão da igualdade das mulheres.

É um facto que as cruzadas continuam, agora através de uma espécie de porta aviões local: o Estado expansivo, anti-democrata e Sionista de Israel. Desde sempre que os cruzados cristãos procuraram um reino católico na região para expandir a fé cristã. Agora encontraram um Estado sionista: Israel.

O Holocausto pura e simplesmente continua: Primeiro de Hitler contra os Judeus e agora do Estado de Israel, potência ocupante, contra os Palestinianos (300 crianças e outras tantas mulheres em mais de 1000 mortos nesta invasão e destruição da Faixa de Gaza).

Algumas nações já cortaram relações diplomáticas com este estado Sionista de Israel: A Venezuela, a Bolívia, o Qatar e a Mauritânia.

Que Obama nem sonhe em afrontar o Bloco sionista. Seria logo morto. Aliás esta invasão é já o governo israelita pôr imites à sua capacidade política e de intermediação.

Leia-se a este propósito o http://leiturafranca.blogspot.com/ de 2009-01-16: visão de um ex-relator da ONU.

“Desde o ínicio das agressões israelitas contra a Faixa de Gaza, há 21 dias, o blog Leitura Franca tem procurado postar artigos, opiniões e análises sobre a bárbarie praticada pelos criminosos judeus sionistas que resultou na destruição de propriedades e ceifou a vida de centenas de civis palestinos, incluindo, crianças, mulheres e idosos inocentes. Uma entrevista que não pode deixar de ser lida é a que foi realizada pela jornalista Marcela Rocha e publicada, no último dia 12, no site Terra Magazine com o professor e cientista político Paulo Sérgio Pinheiro, ex-relator da Organização das Nações Unidas em Mianmar e Burundi na África, e consultor independente do secretário geral da ONU.”

Sunday, January 11, 2009

Justiça de Salomão


JABALYA, Gaza, Jan 21 (Reuters) ...732 x 600 - 109k - jpgharmonicminor.com
Enquanto o massacre em Gaza continua (cerca de 900 palestinianos mortos contra 13 Israelitas),e enquanto se sucedem manifestações de apoio à população de Gaza por todo o mundo, algumas pessoas preferem a justiça de Salomão, isto é: vá lá, tanta culpa tem um como tem o outro; sejam amigos ou corto tudo ao meio.

Israel liquidou definitivamente a solução dos dois Estados, preconizada nos acordos de Oslo ao invadir sucessivamente a Palestina, fragmentando-a, impondo colonatos selvagens por todo o lado, tornando-a um país inviável.

Vejo duas soluções para o conflito:


Ou se volta à solução dos dois Estados, mais generosa para os palestinianos do que a dos acordos de Oslo, com revisão de todas as decisões anteriores da ONU, não respeitadas por Israel;

Ou um Estado só, com populações árabes, palestiniana e israelita, ocupando as regiões actuais de Israel e da Palestina, condenadas a entenderem-se depois de ter terminado o escandaloso apoio imperialista dos países ocidentais a Israel, como sucedeu com a bem sucedida experiência da África do Sul, onde os ódios imediatamente se calaram.

Este apoio é tão escandaloso que tem distorcido todas as resoluções da ONU, dado apoio económico e dado (ou fechado os olhos) às armas mais mortíferas de Israel (incluindo nucleares), destituído a Governação que tinha sido eleita para toda a Palestina (Hamas), e espalhado sobre o assunto a pior campanha de desinformação mundial dos último tempos.

Qualquer destas soluções implica, é claro, indemnização adequadas aos palestinianos por todas as terras roubadas, assassinatos e famílias destruídas.

É tudo o que posso dizer. O resto fala por si: 900 mortos, muitas crianças, contra 13, e por todo o mundo Israel acumula outra vez bem merecidos ódios.

Infelizmente esta questão é a pedra de toque de todas as ditas democracias ocidentais e das consciências individuais das pessoas de todo o mundo.

Gaza: opinião de António Vilarigues


Nem sempre estou de acordo com tudo o que escreve, pois isso seria impossível, mas queria felicitá-lo pelo seu último e corajoso comentário saído no Público de ontem.

Publico, com a sua autorização, o texto integral desse comentário:

Não há «israelitas» nem «palestinos»

Em 1947 a ONU aprova um plano de partilha da Palestina em dois Estados: um judaico, com 1 milhão de habitantes, 510 mil dos quais árabes; um árabe, com 814 mil habitantes, 10 mil dos quais judeus. Jerusalém, cidade Santa para três religiões, ficaria com estatuto de cidade internacional. Segundo as estimativas da época, a população árabe da Palestina era de 1 milhão e 300 mil pessoas e a judaica rondava o meio milhão.

A 15 de Maio de 1948 David Ben Gurion proclama o nascimento do Estado de Israel. Com uma fronteira radicalmente diferente da aprovada pela ONU. Com um território 1/3 superior ao acordado. A “Grande Israel” estava em marcha. O Estado Palestino era um nado-morto. Até hoje!

No seguimento destes acontecimentos a ONU aprova, em 1949, a resolução 194 que decide permitir aos refugiados que o desejem o regresso às suas casas com direito a compensações pela destruição dos seus bens. Só que em 1948, David Ben Gurion, então 1º ministro, declarou: “Devemos impedir o seu regresso a qualquer preço”. Hoje são mais de 3 milhões.

Na sequência da Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel ocupa o resto da Palestina (Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém-Leste). Ao arrepio da resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU, nesse mesmo verão a colonização dos territórios ocupados começa com a construção de novos colonatos. Lucidamente David Ben Gurion defende a não colonização, prevendo as consequências da transformação do seu país em potência ocupante. Hoje existem mais de 200 mil colonos instalados em colonatos nos territórios ocupados.

Esta é a raiz real e profunda do conflito. Só com a retirada do exército israelita para as posições anteriores às ocupações de 1967 e a destruição do muro; só com o desmantelamento de todo o sistema de colonatos israelitas; só com o fim do cerco a Gaza; só com a solução da questão dos refugiados palestinianos de acordo com as resoluções da ONU, só com o reconhecimento do direito do povo palestiniano à edificação do seu Estado, livre, independente e viável com capital em Jerusalém Leste, lado a lado com Israel; só verificadas todas estas condições é que poderemos falar de uma real paz justa e duradoura na região.

Em Israel e no campo palestino todos os intervenientes políticos o sabem. Dos dois lados há quem lute consequentemente por esta solução. Dos dois lados há quem a procure destruir e inviabilizar.

A chamada comunidade internacional omite que, quer na sociedade israelita, quer na sociedade palestina, há forças socais e políticas bem diferenciadas. Esconde que há radicais dos dois lados da barricada. E moderados. E forças consequentes. Fala do terrorismo palestino, que é real. Mas aceita de bom grado chefes de governo terroristas (Begin, Shamir, Sharon) que afirmam alto e bom som que primeiro há que matá-los (os palestinianos) para só depois negociar. Que proclamam que a Palestina é a Jordânia. Aceita governos de Israel onde participam partidos, com vários ministérios, que, em palavras e actos, negam TODOS os direitos aos palestinos.

Há quem seja incapaz de ver os acontecimentos de forma diferente da redutora divisão entre bons de um lado e maus de outro. Felizmente há outros exemplos. Como o professor Richard Falk, relator especial do Conselho dos Direitos Humanos da ONU. Como Daniel Barenboim e Mariam Said os promotores da paz através da música. Como o PC de Israel e a Frente Democrática para a Paz e a Igualdade que nestes dias se reuniram em Ramalah com representantes de facções da esquerda palestina, incluindo a Frente Democrática para Libertação da Palestina, a Frente Popular para a Libertação da Palestina e o Partido do Povo Palestino (comunistas). Como os militares que se recusam a disparar e a bombardear a Palestina. Como tantos e tantos outros que em Israel e na Palestina defendem um processo de paz genuíno. O trágico, dizem, é que isto é possível. Só é preciso querer.

2009-01-07
António Vilarigues
Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

Saturday, January 10, 2009

Miguel Portas parte para Gaza

Parto para Gaza

Jan 10, 2009 publicado por Miguel Portas em http://www.miguelportas.net/blog/?p=501

Gostaria de informar os leitores deste blog que parto hoje de manhã, sábado, para o Cairo e em seguida para a faixa de Gaza.
Somos 9 eurodeputados em missão por conta e risco, com o objectivo de recolher informação in loco que nos permita intervir na sessão plenária de quarta-feira - onde se irá discutir a invasão - com conhecimento de causa, nomeadamente no plano humanitário.
Os 9 eurodeputados pertencem a diferentes grupos políticos no PE - Esquerda, Verdes, PSE, Liberais e UEN - e representam diferentes países. Eis os seus nomes: Luísa Morgantini (Itália), Helene Flautre (França), David Hammerstein (Espanha), Kyriacos Triantaphylides (Chipre), Feleknas Uca (Alemanha), Graham Davies (Reino Unido), Verónique de Keyser (Bélgica) e eu próprio.
A visita foi preparada com a colaboração das autoridades egípcias e, no interior da faixa, contará com a diligência da organização das Nações Unidas para os refugiados palestinianos, a UNRWA. A entrada far-se-á pela fronteira de Raffa.
Espero poder dar-vos informação em primeira mão a partir de domingo.Este gesto não muda uma guerra. Mas sei que conta e muito para quem sofre e resiste e não houve e não sabe que no mundo há quem se preocupe e se mexa. Só por isso vale a pena.
Até domingo, meus amigos.

Enquanto nos outros países as grandes manifestações se sucedem, Miguel Portas apresenta uma das poucas iniciativas corajosas por parte de portugueses para terminar este massacre sangrento e desproporcinado.

Aliás Israel começou a massacrar Palestinianos desde antes do seu reconhecimento como Estado, em 1948.

Agora pretende reduzir os Palestinianos da Faixa de Gaza ao que se passa no West Bank: uma mutidão sem estrutura, sem dirigentes e sem voz própria, sujeita a permanentes roubos, assaltos e violações.

Enquanto a multidão se manifesta nas ruas líderes como Barack Obama já há muito escolheram o seu campo. Eles continuam a ser neste caso uma manifestação grosseira do imperialismo.

Por causa disso a resolução justa da invasão israelita, pior do que qualquer apartheid, continua a ser a Pedra de Toque do fim do Imperialismo e do valor das democracias ocidentais.

Nada se poderá resolver por cima do sangue e da honra do povo Palestino.

Wednesday, January 07, 2009

Invasão de Gaza: cerco e genocídio

transcrição integral o texto de António Maria no seu blogue o-antonio-maria.blogspot.com

Vai-me desculpar este atrevimento mas para fazer um post meu tenho de ter alguma coisa de novo. Como concordo completamente com o que diz prefiro transcrevê-lo na íntegra.

5/1/2009

A televisão portuguesa tem transmitido uma imagem distorcida do criminoso ataque militar desencadeado por uma das mais modernas forças armadas do planeta contra uma população indefesa, subnutrida, sem assistência médica e aterrorizada por uma campanha militar de tipo nazi que mantém cercado por terra, mar e ar, e sob constantes provocações militares, policiais e terroristas, quase um milhão e meio de palestinianos cujo território e vidas foram transformados num inferno a partir do momento em que o Reino Unido, em 1917 (Balfour Declaration), decidiu exportar os judeus fugidos da Rússia para a Palestina, como se a Palestina não fosse há muito uma terra habitada maioritariamente por árabes e filisteus. Hoje, como em 1948, quando foi declarado o Estado de Israel (na sequência do holocausto nazi, mas também após uma campanha de terror nacionalista, étnico e religioso sem precedentes contra os árabes e os antigos filisteus da Palestina), o objectivo das vanguardas políticas sionistas foi sempre o mesmo: expulsar os palestinianos (filisteus e árabes) das suas terras e expandir o território atribuído aos judeus em 1947 pela ONU (sob proposta do presidente americano Harry Truman) até ao perímetro máximo da Palestina — para o que teriam que aterrorizar e expulsar as populações palestinianas para os países vizinhos. Basta olhar para o mapa para perceber que foi precisamente isto que fizeram desde 1947 até hoje! O mau serviço prestado pela comunicação social lusitana à verdade dos factos não poderia ser mais lamentável.

Sabe-se hoje que a criação do estado de Israel foi basicamente um expediente da diplomacia anglo-americana, visando basicamente dois objectivos conjugados: aliviar a pressão que os contingentes de judeus fugidos aos Progrom russos exerciam sobre as economias e sociedades europeias, nomeadamente no Reino Unido, e criar um vórtice de problemas políticos, culturais e religiosos, capaz de oferecer uma espécie de oportunidade permanente de ingerência por parte das potências ocidentais (sobretudo anglo-americanas) naquela que viria a ser a mais importante bacia petrolífera do planeta. Em 1917, holandeses, ingleses e americanos conheciam já o valor estratégico potencial do ouro negro, ao contrário do resto do mundo. A criação do Estado de Israel, além de satisfazer a vontade própria de muitos judeus por esse mundo fora, serviu no essencial (embora por um preço elevado) para assegurar o controlo ocidental da principal fonte energética que sucedeu às máquinas a vapor.

É este o contexto que torna tão difícil resolver o conflito israelo-palestiniano, o denominado problema de Israel, e o denominado problema do Médio Oriente. Os objectivos estratégicos de Israel que presidem a mais esta guerra injusta, desproporcional e de contornos genocidas, são ilegais, eticamente intoleráveis e politicamente inaceitáveis. Ou seja, a Europa e o resto do mundo devem unir-se numa só exigência dirigida ao estado e à nação israelitas: parem imediatamente a vossa agressão contra a faixa de Gaza!

Um dia virá em que o petróleo deixará de ser a fonte energética principal das economias deste planeta. Crê-se, aliás, que esse dia não está longe, antes pelo contrário. É bem possível que entre 2030 e 2050 o petróleo deixe de ser uma fonte de conflito entre os homens. Nessa altura, o Ocidente deixará de proteger os interesses de Israel. Nessa altura, Israel, com uma demografia em plena decadência, rodeada por inimigos árabes, palestinianos e persas, por todos os lados, que irá fazer? Talvez seja tempo de repensar radicalmente as suas prioridades.

ÚLTIMA HORA5-1-2009 12:56 — Os serviços de espionagem e operações especiais israelitas (Mossad) acabam de lançar uma operação de contra-informação, segundo a qual o Hezbollah estaria a preparar-se para atacar Israel. Esta manobra destina-se, por um lado, a criar uma atmosfera internacional menos desfavorável à actual invasão criminosa da faixa de Gaza por parte das forças armadas sionistas. Mas há uma segunda intenção nesta manobra: alargar, em caso de necessidade, a guerra ao Líbano, provocando desta forma uma rápida internacionalização do conflito. Interessados nesta proliferação da guerra? Muitos! Desde logo, todos os produtores de petróleo e gás natural, e bem assim boa parte dos produtores de matérias primas e alimentares, que vêm na actual deflação mundial uma séria ameaça aos seus equilíbrios económicos. Por outra parte, uma nova guerra alargada poderá levar os Estados Unidos a novos esforços militares na zona, com o consequente impacto na sua despesa pública, a qual já prevê para 2009 um agravamento na ordem dos 2 biliões de USD. Obama vai pois ter uma cermónia de posse bem regada de sangue!



REFERÊNCIAS

Understanding The Gaza CatastropheBy Richard Falk, UN Human Rights EnvoyProfessor Emeritus Of International Law and Policy At Princeton University.

For eighteen months the entire 1.5 million people of Gaza experienced a punishing blockade imposed by Israel, and a variety of traumatizing challenges to the normalcy of daily life. A flicker of hope emerged some six months ago when an Egyptian arranged truce produced an effective ceasefire that cut Israeli casualties to zero despite the cross-border periodic firing of homemade rockets that fell harmlessly on nearby Israeli territory, and undoubtedly caused anxiety in the border town of Sderot. During the ceasefire the Hamas leadership in Gaza repeatedly offered to extend the truce, even proposing a ten-year period and claimed a receptivity to a political solution based on acceptance of Israel's 1967 borders. Israel ignored these diplomatic initiatives, and failed to carry out its side of the ceasefire agreement that involved some easing of the blockade that had been restricting the entry to Gaza of food, medicine, and fuel to a trickle.

Israel also refused exit permits to students with foreign fellowship awards and to Gazan journalists and respected NGO representatives. At the same time, it made it increasingly difficult for journalists to enter, and I was myself expelled from Israel a couple of weeks ago when I tried to enter to carry out my UN job of monitoring respect for human rights in occupied Palestine, that is, in the West Bank and East Jerusalem, as well as Gaza. Clearly, prior to the current crisis, Israel used its authority to prevent credible observers from giving accurate and truthful accounts of the dire humanitarian situation that had been already documented as producing severe declines in the physical condition and mental health of the Gazan population, especially noting malnutrition among children and the absence of treatment facilities for those suffering from a variety of diseases. The Israeli attacks were directed against a society already in grave condition after a blockade maintained during the prior 18 months.

Gaza: The World’s Largest Prison, by Ghali Hassan. Global Research, August 13, 2005.

Sometime in August, Israel will configure its 38-years illegal military occupation of the Gaza Strip by unilaterally ‘disengaging’ from the territory and evacuating the Jewish settlers there. No one knows for sure if it really will happen. The Palestinian territory will continue to be under Israel’s brutal occupation. Israel’s ‘disengagement’ plan is nothing but an Israeli PR over-sold by Western media as the brutality of the Occupation continues unhindered, and Israel will continue to guard the world’s largest open-air prison

....It is revealed recently that the Israeli Army (IA) is building a high tech complex to surround the coastal territory with the world most impenetrable barrier. The barrier will include fences with electronic sensors, watchtowers mounted with remote control machineguns, and hundreds of videos and night vision cameras. The complex includes new army bases and 22-foot concrete walls around nearby Israeli settlements. Watchtowers armed with remote-controlled machine guns are to be built every 1.2 miles. Remote-controlled, unmanned vehicles will begin patrolling the area soon after the completion of the barrier. The barrier will run about 35 miles and will cost about $220 million. The barrier will be completed by mid-2006. Thus, Israel will symbolically relinquish its control of Palestinian lives to remote-controlled aliens. Freedom of movement will disappear completely from the life of Palestinians

....The Wall is not only imprisoned the Palestinian people, but also expropriates their land and fractionates the entire Palestinian civil society. Israel claims that the Wall is built to protect Israel is a fabricated lie. Its true purpose is to expropriate Palestinian land and water sources, weaken Palestinian identity, and at the same time consolidate Jewish ethnicity over Palestine (Judaisation of Palestine). The aim is to create a ‘demographically pure Jewish state’. "[W]e are going to cleanse the whole area and do the work ourselves", said Benjamin Netanyahu, America’s favourite terrorist and former Israel’s Prime Minister and Finance Minister

....As for Palestinians living in Gaza, Israel will continue to control Gaza's borders, coastline, airspace, telecommunications, water sources, and electricity supply. Egypt, which is well-known for its harsh treatment of Palestinians, may be given the role of Israeli enforcer on its border with Gaza. US-made F16 fighter planes and Apache helicopters will continue as often as possible to rain their deadly missiles and bombs on Palestinian population centres there. Palestinian identity will be further weakening – by Israel’s policy of fractionation –, and Palestinians in Gaza will be more isolated from not only the rest of the world, but also from the rest of Palestinians living in the West Bank and Jerusalem.

As Ur Shlonsky, a professor of Linguistics at Geneva University in Switzerland wrote, Israel’s aim is to "terrorise the civilian population, assuring maximal destruction of property and cultural resources". At the same time, "the daily life of the Palestinians must be rendered unbearable: They should be locked up in cities and towns, prevented from exercising normal economic life, cut off from workplaces, schools and hospitals, This will encourage emigration and weaken the resistance to future expulsions" similar to that of 1948.

The Invasion of Gaza: "Operation Cast Lead", Part of a Broader Israeli Military-Intelligence Agenda, by Michel Chossudovsky (Global Research.)

The aerial bombings and the ongoing ground invasion of Gaza by Israeli ground forces must be analysed in a historical context. Operation "Cast Lead" is a carefully planned undertaking, which is part of a broader military-intelligence agenda first formulated by the government of Prime Minister Ariel Sharon in 2001:

"Sources in the defense establishment said Defense Minister Ehud Barak instructed the Israel Defense Forces to prepare for the operation over six months ago, even as Israel was beginning to negotiate a ceasefire agreement with Hamas."(Barak Ravid, Operation "Cast Lead": Israeli Air Force strike followed months of planning, Haaretz, December 27, 2008)

It was Israel which broke the truce on the day of the US presidential elections, November 4:

"Israel used this distraction to break the ceasefire between itself and Hamas by bombing the Gaza strip. Israel claimed this violation of the ceasefire was to prevent Hamas from digging tunnels into Israeli territory.

The very next day, Israel launched a terrorizing siege of Gaza, cutting off food, fuel, medical supplies and other necessities in an attempt to “subdue” the Palestinians while at the same time engaging in armed incursions.

In response, Hamas and others in Gaza again resorted to firing crude, homemade, and mainly inaccurate rockets into Israel. During the past seven years, these rockets have been responsible for the deaths of 17 Israelis. Over the same time span, Israeli Blitzkrieg assaults have killed thousands of Palestinians, drawing worldwide protest but falling on deaf ears at the UN." (Shamus Cooke, The Massacre in Palestine and the Threat of a Wider War, Global Research, December 2008)

..."Operation Justified Vengeance"

A turning point has been reached. Operation "Cast Lead" is part of the broader military-intelligence operation initiated at the outset of the Ariel Sharon government in 2001. It was under Sharon's "Operation Justified Vengeance" that F-16 fighter planes were initially used to bomb Palestinian cities.

"Operation Justified Vengeance" was presented in July 2001 to the Israeli government of Ariel Sharon by IDF chief of staff Shaul Mofaz, under the title "The Destruction of the Palestinian Authority and Disarmament of All Armed Forces".

"A contingency plan, codenamed Operation Justified Vengeance, was drawn up last June [2001] to reoccupy all of the West Bank and possibly the Gaza Strip at a likely cost of "hundreds" of Israeli casualties." (Washington Times, 19 March 2002).

According to Jane's 'Foreign Report' (July 12, 2001) the Israeli army under Sharon had updated its plans for an "all-out assault to smash the Palestinian authority, force out leader Yasser Arafat and kill or detain its army"

....The Dagan Plan

"Operation Justified Vengeance" was also referred to as the "Dagan Plan", named after General (ret.) Meir Dagan, who currently heads Mossad, Israel's intelligence agency.

Reserve General Meir Dagan was Sharon's national security adviser during the 2000 election campaign. The plan was apparently drawn up prior to Sharon’s election as Prime Minister in February 2001. "According to Alex Fishman writing in Yediot Aharonot, the Dagan Plan consisted in destroying the Palestinian authority and putting Yasser Arafat 'out of the game'." (Ellis Shulman, "Operation Justified Vengeance": a Secret Plan to Destroy the Palestinian Authority, March 2001):

"As reported in the Foreign Report [Jane] and disclosed locally by Maariv, Israel's invasion plan — reportedly dubbed Justified Vengeance — would be launched immediately following the next high-casualty suicide bombing, would last about a month and is expected to result in the death of hundreds of Israelis and thousands of Palestinians. (Ibid, emphasis added)

The "Dagan Plan" envisaged the so-called "cantonization" of the Palestinian territories whereby the West Bank and Gaza would be totally cut off from one other, with separate "governments" in each of the territories. Under this scenario, already envisaged in 2001, Israel would:

"negotiate separately with Palestinian forces that are dominant in each territory-Palestinian forces responsible for security, intelligence, and even for the Tanzim (Fatah)." The plan thus closely resembles the idea of "cantonization" of Palestinian territories, put forth by a number of ministers." Sylvain Cypel, The infamous 'Dagan Plan' Sharon's plan for getting rid of Arafat, Le Monde, December 17, 2001)

...Ground Attack

On January 3, Israeli tanks and infantry entered Gaza in an all out ground offensive:

"The ground operation was preceded by several hours of heavy artillery fire after dark, igniting targets in flames that burst into the night sky. Machine gun fire rattled as bright tracer rounds flashed through the darkness and the crash of hundreds of shells sent up streaks of fire. (AP, January 3, 2009)

Israeli sources have pointed to a lengthy drawn out military operation. It "won't be easy and it won't be short," said Defense Minister Ehud Barak in a TV address.

Israel is not seeking to oblige Hamas "to cooperate". What we are dealing with is the implementation of the "Dagan Plan" as initially formulated in 2001, which called for:

"an invasion of Palestinian-controlled territory by some 30,000 Israeli soldiers, with the clearly defined mission of destroying the infrastructure of the Palestinian leadership and collecting weaponry currently possessed by the various Palestinian forces, and expelling or killing its military leadership. (Ellis Shulman, op cit, emphasis added)
OAM 507 05-01-2009 04:23
Posted by Antonio Maria at 02:43

Umas notas: Os mortos civis de Gaza não são vítimas colaterais mas sim civis mortos deliberadamente por Israel para castigar as populações pelo seu apoio ao Hamas, aterrorizar as populações e escravizá-las, como fizeram no West Bank, ou obrigá-las a fugir.

A coisa mais estúpida do mundo é chamar de terrorista a esta gente. Acabará por funcionar como com os terroristas de Angola.

Enquanto Sarkozy, o Egipto e outros países lutam por um Cessar Fogo imediato, José Manuel Fernandes, no Público, pugna por uma vitória de Israel.

Sunday, January 04, 2009

Holocausto em Gaza

O genocídio dos palestinianos continua.

O massacre de Gaza difere do massacre dos judeus no gueto de Varsóvia? Não.
A arrogância invasora e criminosa do governo Israelita difere da dos nazis? Não
A indiferença ou os esbracejos inúteis dos líderes da Europa, que não são consequentes, diferem daqueles em uso nas democracias da época? Não.

As resoluções da ONU sobre este assunto desde há 60 anos têm sido diferentes das da defunta Sociedade das Nações? Não.

O Genocídio dos Palestinianos têm sido diferente do dos índios norte amricanos? Sim. Estes últimos têm, apesar de tudo, muito mais meios para se defender.


A Aljazeera tem tido aqui um papel único: uma luz de liberdade. Os únicos jornalistas internacionais dentro da faixa de Gaza. E internacionalmente aqueles que melhor documentam o conflito.


E para quando a manifestação em Portugal sobre este assunto?

Friday, January 02, 2009

Acabem o massacre em Gaza (440 mortos).


Bush atribui ao palestinianos a responsabilidade diz que as conversações para uma trégua só devem ser iniciadas quando os rockets artesanais de Gaza deixarem de ser lançados.

Por todo o mundo acontecem manifestaçõesde apio aos palestinianos. Porque não em Portugal?

Por um lado estão os Palestinianos e todos os que os apoiam. Sarkozy, que teve uma iniciativa diplomática corajosa mostrando a todo o mundo que Israel não quis negociar uma trégua. Lula da Silva. Do outro estão os Estados Unidos, a extrema direita mundial, muito centro, muitos socialistas, muitas pessoas influentes. Este silêncio ou condenação protegem o massacre de Israel.

Um dos mais sinistros personagens envolvidos, Benjamin Netanyahu, diz à ALJAZEERA, que o assassinato de crianças de Gaza é uma lição de democracia para a humanidade.

Entretanto os habitantesc de Gaza resistem corajosamente.

Não faz sentido reconhecer o Estado de Israel enquanto este não abandonar os territórios ilegalmente ocupados e reconhecer a Palestina

Isso implica a discussão e revisão de decisões tomadas anteriormente pela ONU.

Para já, e no meu entender, devemos ser todos palestnianos

Americanos na Bósnia

Fizeram ontem 12 anos (2 de Janeiro de 1996) que o 1º contingente de tropas norte americanas entrou na Bósnia para terminar o massacre de muçulmanos Bósnios, e de que resultou o derrube do governo de Milosevic e de Karadzic na Sérvia.

Esta acção libertadora aconteceu na altura em que a Europa estava enredada num conflito sem futuro que acabava por beneficiar sercretamente Milosevic e a Sérvia, numa região que já tinha servido de berço de duas guerras mundiais.

Aí ficou demonstrada a superioridade moral e política dos Estados Unidos, nessa altura que, infelizmente, não foi nunca reproduzida no conflito israelo-palestiniano.
 
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