Parto para Gaza
Jan 10, 2009 publicado por Miguel Portas em http://www.miguelportas.net/blog/?p=501
Gostaria de informar os leitores deste blog que parto hoje de manhã, sábado, para o Cairo e em seguida para a faixa de Gaza.
Somos 9 eurodeputados em missão por conta e risco, com o objectivo de recolher informação in loco que nos permita intervir na sessão plenária de quarta-feira - onde se irá discutir a invasão - com conhecimento de causa, nomeadamente no plano humanitário.
Os 9 eurodeputados pertencem a diferentes grupos políticos no PE - Esquerda, Verdes, PSE, Liberais e UEN - e representam diferentes países. Eis os seus nomes: Luísa Morgantini (Itália), Helene Flautre (França), David Hammerstein (Espanha), Kyriacos Triantaphylides (Chipre), Feleknas Uca (Alemanha), Graham Davies (Reino Unido), Verónique de Keyser (Bélgica) e eu próprio.
A visita foi preparada com a colaboração das autoridades egípcias e, no interior da faixa, contará com a diligência da organização das Nações Unidas para os refugiados palestinianos, a UNRWA. A entrada far-se-á pela fronteira de Raffa.
Espero poder dar-vos informação em primeira mão a partir de domingo.Este gesto não muda uma guerra. Mas sei que conta e muito para quem sofre e resiste e não houve e não sabe que no mundo há quem se preocupe e se mexa. Só por isso vale a pena.
Até domingo, meus amigos.
Enquanto nos outros países as grandes manifestações se sucedem, Miguel Portas apresenta uma das poucas iniciativas corajosas por parte de portugueses para terminar este massacre sangrento e desproporcinado.
Aliás Israel começou a massacrar Palestinianos desde antes do seu reconhecimento como Estado, em 1948.
Agora pretende reduzir os Palestinianos da Faixa de Gaza ao que se passa no West Bank: uma mutidão sem estrutura, sem dirigentes e sem voz própria, sujeita a permanentes roubos, assaltos e violações.
Enquanto a multidão se manifesta nas ruas líderes como Barack Obama já há muito escolheram o seu campo. Eles continuam a ser neste caso uma manifestação grosseira do imperialismo.
Por causa disso a resolução justa da invasão israelita, pior do que qualquer apartheid, continua a ser a Pedra de Toque do fim do Imperialismo e do valor das democracias ocidentais.
Nada se poderá resolver por cima do sangue e da honra do povo Palestino.
Saturday, January 10, 2009
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