Thursday, January 27, 2005

do http://abrupto.blogspot.com/

23.1.05
(JPP) DIGA LÁ EXCELÊNCIANa parte inicial da entrevista na Dois, Marçal Grilo descreveu com grande exactidão a situação actual do sistema partidário. Chamou a atenção para a semelhança dos critérios de recrutamento, promoção e escolha das pessoas nas estruturas intermédias do PS e PSD, e o modo como os partidos foram "tomados por dentro" por "interesses intermédios", de que o imobiliário é exemplo. A ascensão nos aparelhos partidários dos autarcas e de todo um mundo de pessoas deles dependentes, nas vereações, nas empresas municipalizadas, nos empregos municipais, ocupou e estiolou todo o espaço político das secções dos partidos e dos órgãos locais e regionais. Estas vivem à volta dos empregos e dos favores com origem no poder local.Tudo isto é de uma grande exactidão - inclusive a ênfase de Marçal Grilo de que se trata de "interesses intermédios" e não dos "grandes interesses" como muitas vezes erradamente se mistura. Estes actuam mais ao nível do topo dos partidos e nos sectores não escrutinados dos governos, como os assessores, consultores, etc., exercendo o seu poder mais na base da pressão, da negociação e da troca de favores, do que na corrupção.

Monday, January 24, 2005

COISAS BOAS DOS ÚLTIMOS DIAS


Marçal Grilo “Público de 2005-01-24, defende um parlamento em Portugal com 150 a 180 deputados, parte dos quais eleitos em círculos uninominais.

Defende também que os reitores das universidades deveriam deixar de ser eleitos, e nomeariam directores de faculdades de modo a acabar com o espírito corporativo nas universidades. E as Faculdades deveriam ser impedidas, por lei, de contratar os seus próprios doutorados (como já se faz em Espanha).

Dever-se-á acabar com os mega-concursos nas escolas

Estrangeirados em Portugal (de fora mandam cá dentro)
Os piores são os do tipo D. Sebastião (lendas vivas que sugam a capacidade de iniciativa dos locais).
Depois vêm os de tipo António Vitorino e António Borges. Estão no estrangeiro e mandam no país. No segundo caso, por exemplo, não se lhe conhece nenhuma experiência governativa ou política em Portugal (muitas vezes a culpa não é deles mas de quem os está sempre a promover – não há festa nem festança em que não se convide a Dª Constança – diz Vitorino).
Depois vêm os professores reformados nos países do estrangeiro que arranjam um modo de vida em Portugal, tirando um lugar aos que cá estão e que sempre lutaram denbtro do país.

Saldanha Sanches (Expresso de 2005-01-22), contra a regionalização do país.

E por último este extraordinário analista que é Vasco Pulido Valente, que contrapõe o idealismo de Wilson, Kennedy e Bush (desastrosos) ao pragmatismo de Lincoln, Roosevelt e Truman (sensatos)



Sunday, January 16, 2005

O povo da Palestina está tão humilhado que qualquer pequeno incidente reactiva a sua luta.

O problema da educação em Portugal não é um problema financeiro, mas de dinheiro a mais, disse-se no fórum Novas Fronteiras, do PS. Uma frase bem correcta, porque os problemas de compadrio e de desorganização sobrtelevam os económicos no ensino português.

A China vai disponibilizar 2000 milhões de dólares para Angola, contra garantias em petróleo, e vai realizar, com os seus próprios cidadãos, nesse país, os investimentos que esse dinheiro comporta. Espera exportar para Angola 4 milhões de pessoas em 2006, para a realização desses projectos. Perigosa forma de colonização!




Tuesday, January 11, 2005

Posso estar enganado mas mais uma vez me parece de louvar a luta que Rui Rio trava contra a corrupção no Norte, parecida com a que Francisco de Assis travou contra Narciso de Miranda e o núcleo de Felgueiras do PS, antes de começar a meter os pés pelas mãos.

a estratégia de acabar com os arrumadores parece não ter sido tão bem conseguida. Provavelmente foi desfigurada pelos muitos falsos amigos e adversários do Presidente da Câmara. Outro tanto não aconteceu nas Caldas da Rainha, onde a Câmara Municipal, em colaboração com a PSP e a Associação Canguru conseguiram extinguir esta actividade em 3 meses, numa mistura de firmeza e de diálogo e reinserção social.

Parabéns ao povo da Palestina Mártir, que conseguiu fazer umas eleições pluralistas


Wednesday, January 05, 2005

Ao apadrinhar a reedição do espírito do Bloco Central, uma solução estafada, o Presidente da República tenta, desesperadamente, salvar a sua passagem por Belém. Mas é tarde demais. Os dois últimos mandatos presidenciais estão associados à instabilidade política e ao caos nas finanças públicas, que fazem recordar os tempos dos empréstimos do Fundo Monetário Internacional, a venda das reservas de ouro e as negociatas das privatizações.

O balanço negro não fica por aqui. Hoje, ninguém duvida que o regime está em causa. A falta de líderes capazes de resistirem aos lobbies , a incapacidade de renovação dos partidos políticos e a turbulência associada ao regime semi-presidencialista vão provocar, a breve prazo, uma crise político-institucional.

O mais grave é que o impasse está aí, à vista de todos. De facto, e muito por força do actual regime de financiamento partidário, mais uma vez, o futuro deverá passar pelas duas principais forças políticas, que atingiram o expoente do desgaste e da descredibilização.

Rui Costa Pinto; em Visão on Line, citado no Público de 2005-01-04. Oxalá ele se engane



Tuesday, January 04, 2005

Saldanha Sanches, Vasco Pulido Valente, Medina Carreira: os melhores comentaristas portugueses


A democracia não é panaceia. Veja-se como o sistema democrático israelita invadiu a Palestina, como a democracia americana e inglesa apoiam a invasão do Iraque. É preciso que amplie e fortifique este conceito de forma a impedir acções imperialistas e grosseiramente antidemocráticas.



Sunday, January 02, 2005




Pôr um sistema de prevenção de Tsunamis no Índico e Pacífico, pago pelos países da ONU, e reparar os prédios que, em Lisboa, um novo sismo, com a intensidade do de 1755, fatalmente destruiria.


Portugal deverá ser com a Espanha como a Noruega com a Suécia.

As casas andaluzas, viradas para dentro. Haverá comparação em Portugal? Parecem casas africanas, com muros altos para o exterior, com tarefas de defesa perante o inimigo

Em Portugal mandam os ausentes: uma versão benigna do mito de D.Sebastião

O pacto de regime que Jorge Sampaio propõe é perfeitamente adequado e faz parte das suas funções. Aliás, ele é quem está mais bem colocado para propor este tipo de pactos.


Pacto de regime para os próximos 30 anos:
Equilibrar as finanças públicas, equilibrando os salários e as prestações sociais, nomeadamente na Função Pública, com a produção, e fazer um esforço geral de construção e reconstrução do país, incluído entre outras as alíneas abaixo:
fazer saneamento básico
construção anti-sísmica, de habitação, reconstrução de obras públicas degradadas e em ruínas, e reparação de prédios vulneráveis a uma catástrofe de tipo sísmico
fazer limpeza de matas e dispositivos de prevenção de fogos florestais. Limpeza e arranjo geral do país
ordenamento do território, com rede viária e ferroviária adequada, sem cruzamentos passagens de nível, etc.
limpeza geral do país
Preservação do ambiente natural e da vida selvagem
Tudo isto já deveria ter sido feito, pelo menos nos primeiros 30 anos posteriores ao 25 de Abril, tendo aproveitado a oportunidade de ouro do dinheiro da Comunidade Europeia. Mas, como não foi, é preciso fazer agora.

São tarefas infraestruturais em cima das quais uma civilização pode desenvolver-se

Lá está o Correia de Campos a pedir batatinhas ao PS
, no Público de 2004-12-31, quando pergunta se o PS “dividirá a água pelos que o ajudaram?”.
Ele, que não teria desdenhado continuar como ministro da saúde do governo PSD depois de o ter sido durante o governo PS, vem, no seguimento de Narciso Miranda e de tantos outros, e para que não fiquem dívidas, pedir desde já a sua parte.

Não esquecer que, por cada corrupto, há um ou mais corruptores activos, que necessitam ser mais castigados, muitas vezes, do que o próprio corrupto, sobretudo quando este é de um país pobre e os corruptores de países ricos e influentes.





 
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