Thursday, June 28, 2007


Parece-me que a estratégia do mundo ocidental para lidar com o Islão tem sido incompleta, perigosa e errada, com consequências à vista. Está a perder os poucos aliados que tinha no terreno, títeres fracos e sem qualquer apoio popular, como Musharraf, Mahmoud Abbas, para não falar do presidente do Iraque. Bem os ajuda com todo o seu potencial financeiro, militar e dos serviços secretos, mas de nada serve, como se tem visto no Líbano e na Faixa de Gaza.
Em contrapartida o Islão mais entrosado nas populações avança, e é completamente errado considerá-lo como uma força radical: o movimento xiita no Irão e Iraque, líderes como Moqtada al Sadr, Mohamed Ahmadinejad, Hassan Nasrallah, Ismail Haniyeh, têm uma verdadeira implantação popular, e no dia em que eles caírem outros da mesma linha os substituirão rapidamente.
Parece-me que, enquanto o terrorismo sunita é realmente perigoso e irrecuperável, devia considerar-se a verdadeira implantação popular dos Xiitas, deixar de lhes chamar radicais ou terroristas, e negociar com eles.
A falta desta negociação atira os islamistas chamados moderados e colaboradores com o ocidente para o abismo, e favorece todos os radicalismos. Se se persistir no erro de não permitir a entrada da Turquia na União Europeia esta transformar-se-á cada vez mais num clube fechado, privado, incapaz de aumentar e de se reproduzir, e sem capacidade política própria.
Pelo contrário, se os islamistas se sujeitassem aos líderes europeus e norte americanos, aconteceria aos seus países o mesmo que à África, o continente mais pobre do mundo, minado pela corrupção e sem qualquer voz política própria.

Saturday, June 02, 2007

Em que é que se deve votar para a Câmara de Lisboa? Em José de Sá Fernandes e, em segundo lugar, em António Costa. Diz Saldanha Sanches, e eu concordo, que a Câmara de Lisboa precisa de uma enorme mudança nos seus mecanismos de gestão, na linha do que fizeram Rui Rio no Porto e Paulo Macedo com os impostos. Estas 3 últimas pessoas são do melhor que existe em Portugal, em rigor e coragem pessoal e política. Mas não vou votar em António Costa porque ele já está praticamente eleito e porque também é preciso homenagear José de Sá Fernandes e que ele fique na Câmara.

Helena Roseta não tem qualquer razão quando afirma que um vereador não deve vigiar os colegas. Pelo Contrário, José de Sá Fernandes fez um trabalho meritório e corajoso. Merece ser reeleito.
 
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