Saturday, April 30, 2011

Este fim de semana houve 3 destaques que me interessa salientar

João Cravinho deu ontem uma entrevista à TSF onde admitiu que “infelizmente, vamos ter de mudar de vida”, mas deixou um aviso: “o problema fundamental do país não é, de forma alguma, a gravidade das finanças públicas”

O ex-ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território do primeiro governo de António Guterres, em declarações à TSF, começou por admitir que “todos nós já percebemos que, infelizmente vamos ter de mudar de vida”.

A preconizada mudança de vida pressupõe, nas palavras de Cravinho, “uma resolução [da actual crise] que vai ser dolorosa e prolongada”, adiantando igualmente que a resolução em curso, “em muitos casos trata dos sintomas e não das raízes”.

O ex-ministro vai mais longe: “esta ideia de comprimir o défice, como se passasse um rolo compressor em cima, sem perceber que o problema fundamental do país não é, de forma alguma, a gravidade das finanças públicas”, conclui Cravinho.

“A situação é grave mas isso é o reflexo”, adianta João Cravinho, para quem “a gravidade fundamental está na falta de capacidade empresarial e competitiva"

www.jornaldenegocios.pt. 29 de Abril de 2011

O segundo destaque é para Vasco Pulido Valente, no Publico de sexta feira, sobre o Bloco Central, proposto pelo Presidente da República em exercício e pelos 3 anteriores. Uma nova AD não é adequada agora para sossegar a população e acalmá-la mas sim, é preciso que o PS esteja no poder. E quem diz o PS diz José Sócrates.

Se eu concordo com a ideia do Bloco Central considero, no entanto, que José Sócrates é um veneno para o país, e daqui vem o 3º destaque, veiculado por Pacheco Pereira no Público de Sábado, a dizer, de forma convincente, que é preciso retirar José Sócrates (o demónio que nós conhecemos) do poder.

De facto José Sócrates representa o Chico-Espertismo nacional, da Sociedade Civil e dos partidos que se preparam para continuar a minar todas as instituições a servir-se do povo para benefícios pessoais. Fazer um bloco central com ele não é ir à raiz do problema mas sim manter e dar um sinal positivo a todas as ervas daninhas cujas raízes persistem e que se preparam para proliferar, embora as folhas possam ter sido cortadas.

Não se trata de fulanizar um problema mas de impedir que um novo Berlusconi tome o poder. Sócrates, o amigo de Kadafi e de Chavez, já se teria tornado num novo ditador em Portugal se estivesse num contexto mais favorável.

Eliminá-lo do Poder é criar as pré-condições indispensáveis para se introduzir honestidade na vida pública e nas administrações portuguesas, indispensável para começarmos a encarar os nosso problemas de frente.

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