Sunday, May 01, 2005

Olhando o artigo de Pacheco Pereira no Público de 2005-04-28 só podemos estar de acordo. Portugal está quase reduzido a um monte de lixo, com construção por todo o lado, ruínas a céu aberto. Estragos de monta.

Nunca ninguém mais fez urbanismo, desde os Olivais e as primeiras obras do Estado Novo. Entregues às Câmaras, os PDMs estiolam, cheios de excesso de construção.

Portugal precisa de mais centralização, e não de menos centralização. Precisa de um PDM nacional, mais restritivo, a sério, que trave o excesso de construção, que é uma coisa que ainda não tem, em vez dos PDMs municipais.

Precisa de mais centralização e de menos burocracia.

Precisa de alguém que multe por os cidadãos atravessarem fora das faixas, por deixaram os cães defecarem no chão. Parece ridículo mas trata-se de uma filosofia de vida em sociedade.

E é preciso que isto tudo se faça em democracia!

1 comment:

Anonymous said...

Podemos estar de acordo com as críticas ao excesso de construção que hoje alastra por uma parte considerável do país.
Os Olivais são de facto um bom exemplo de urbanismo mas por essa época também foram feitas construções desgarradas na Reboleira por exemplo, assim proliferavam por outras zonas da Área Metropolitana de Lisboa as os bairros de habitação clandestina. Por isso não percebo que com a crítica ao estado actual se caia no extremo de se defender o centralismo.
Será que o estado actual não se deve mais à falta de participação, no não exercício da cidadania por grande de nós, com diz José Gil, no recente livro "Portugal ou o medo de existir" há falta de espaço público. Creio que um bom exemplo de cidadania tem sido dado pelo advogado José Sá Fernandes que nos últimos anos conseguiu pelo menos empatar os loucos progectos do actual executivo lisboeta.
Por isso, creio que só poderemos aperfeiçoar a nossa democracia com a maior participação dos cidadãos, como acontece por exemplo na Suiça, em os grandes projectos urbanos passam por referendos locais.

 
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