Monday, September 29, 2008

Pergunta-se porque é que o dinheiro injectado em Portugal pela União Europeia não ajudou o país.

A explicação está nos pormenoress e é muito mais complexa do que uma auditoria poderá provavelmente investigar.

O que se passa, entre outras coisas, é que as instituições ajudadas não são democráticas. Por exemplo os dirigentes não são escolhidos por concurso mas por critérios políticos, devem primeiro que tudo fidelidade ao partido que os escolheu e não ao desenvolvimento da sua empresa.

2 comments:

Jerónimo Sardinha said...

Dedo bem apontado há ferida,
Meu Caro Domingos Neto.
É uma realidade universal, a que todos os políticos tendem a fugir ou a mentir, quando confrontados.
Somos um povo pouco atento e muito seguidista, senão, em tempo oportuno, ter-se-iam colocado a nível nacional interrogações como:
De que verbas estamos a falar ?
Quais os montantes ?
Quais os detinos e programas que as justificam ?
Como é feito o seu acompanhemnto e controle ?
Até que ponto responsabilizam o povo, no seu todo e como podem influir, positiva ou negativamente no país ?
Que mais valia real, palpável e frutuosa trazem ao país e às populações ?
Finalmente e no tempo actual, com todos os desmandos conhecidos, quem beneficiou ?
Como ?
Porquê ?
Quem lhe deu cobertura ?
Mas, é normal não se fazer isto.
Os intocáveis continuam alegremente a ir-nos aos bolsos, às vidas e a sorrir de soslaio. Sabem que nada os pode afectar. Os partidos estão lá para capear e se necessário punir quem se atrever a questionar.
E a pouca vergonha continua.
Ninguém questiona as verbas que continuam a entrar diariamente e a desaparecer.
Algo tem de ser feito.
Algo, ou muito, tem de mudar, para que se viva em democracia, liberdade e cidadania.
Comecemos por nós. Inquietemos.
Forte abraço,
Jerónimo Sardinha.

andrade da silva said...

Caro Domingos Neto

A questão da supervisão, quando feita por sábios e cidadãos competentes é fundamental em todas as actividades quando, e, assim, o entenderam os que teorizaram sobre a democracia, atribuindo essa função aos parlamentos, mas também como o previu Tocqueville, autor do séc XIX, esquecido, mas importante, deu-se a funcionarização partidária dos agentes políticos, nomeadamente dos deputados, o que parece acontecer de um modo explicito no PCP, mas de uma forma mais sofisticada é comum a todos os outros partidos, e, assim, os governos de maiorias absolutas nos regimes democráticos deixam de ser supervisados pelos parlamentos, e governam, como se estivessem em ditadura. Realidade que já conhecemos desde as maiorias do Sr. Prof. Cavaco e continuam no presente.

Todavia face à completa falta de cultura democrática em Portugal é quase impossível fazer politica, porque as oposições entendem o seu papel não como cooperadores para o bem comum, mas como quase guerrilheiros para derrubarem os governos, o que leva a que estes também vivam mais preocupados com a sua sobrevivência do que com a Governança, tudo isto exige uma profunda transformação nos estilos e conteúdos de se fazer política, o que parece uma meta muito difícil, mas nada é impossível, dentro do campo do possível .
Um abraço
andrade da silva

 
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