Wednesday, March 11, 2009

O Autoritarismo de Sócrates


O Socratistão é pior do que o Cavaquistão, porque os tempos mudaram e, na, área do PS temos assistido a uma apropriação do aparelho de estado, da banca, das empresas públicas e das privadas que com elas negoceiam, muito maior e mais metódica do que no tempo de Cavaco.

Sócrates encarna bem este sistema. O homem dos projectos de casas que provavelmente nunca viu, da licenciatura na universidade moderna, do caso Freeport, ao mesmo tempo pragmático, inculto e impiedoso.

As principais figuras do PS: Vitorino, Jorge Coelho, Armando Vara, Murteira Nabo, foram e são especialistas nestas operações.

Ainda por cima a excepção de estudos de impacto ambiental, a excepção de concursos e os Projectos ditos estruturantes, PIN, favorecem legalmente toda esta invasão do aparelho produtivo português por figuras da área do PS.

Este mandato governativo ilustra bem tudo isto. A princípio praticou-se uma degradação de qualidade e repressão nos professores, na saúde, nas reformas, na função pública. Ausência de combate à corrupção, negócios e compradios; e depois, como se via que se perdia a maioria absoluta, mudou-se um pouco para não descontentar demais a população.

Muitas destas reformas seriam necessárias. Mas a forma como se fizeram foi degradante e humilhante para muitos dos visados. Atacou-se o povo e não os indevidamente privilegiados.

E vem aí mais repressão. Hoje já toda a gente tem medo e pensa duas vezes no que diz, e se houver maioria absoluta será muito pior.

Existe um problema a nível de alternativas. O Bloco de Esquerda tem dois óbices graves: o discurso tipo os ricos que paguem a crise, e a legalização das drogas.

Preferia um partido com ideias estruturais de aperfeiçoamento e melhoria do sistema económico e político actual. Não existe ainda.

As medidas a tomar são simples: menos poder de estado. Selecção dos dirigentes por concursos e não por nomeação governamental, os gestores das empresas públicas não ganharem mais do que um Secretário de Estado.

Se Sócrates ganhar, sobretudo com maioria absoluta, o que vem aí? Mais favorecimentos, mais trafulhices, mais conluios antidemocráticos.

Talvez se imponha uma solução presidencialista, como Medina Carreira defende.


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