Wednesday, March 04, 2009

Várias

Noam Chomsky, aos 80 anos, entrevistado pela revista brasileira ISTOÉ, de hoje, e em vias de publicar um livro sobre o assunto, diz que os Estados Unidos são um país com um défice democrático; que Barack Obama tem, no Afeganistão e Paquistão, políticas mais à direita do que o Presidente Bush. e que se rodeou de gente de Direita.

Sobre Gaza reafirma que o seu estrangulamento foi obra dos Estados Unidos e de Israel, apoiados pela União Europeia, desde que o povo de Gaza votou democraticamente os seus dirigentes (em Gaza, e na Argélia, os Estados Unidos e a Europa não gostaram dos resultados das eleições livres) …

Ele diz textualmente que: “quanto à questão de Israel e da Palestina, Obama já deixou bem claro que não tem a intenção de chegar a um acordo. Em sua primeira declaração sobre política internacional, afirmou que a responsabilidade primária dos Estados Unidos é proteger a segurança de Israel, e não a dos palestinianos, que são os que precisam de protecção.”

Diz que a América do Sul, onde governam Hugo Chavez, Evo Morales e Lula da Silva, é, neste momento, a região mais interessante do mundo, do ponto de vista da evolução sócio-económica e política.

Concordo com o essencial do que disse. Mas acho que, em relação a Obama, a base social que o elegeu não aceitará de novo no médio oriente a continuação da política imperialista de Bush.

Outra notícia: A igreja católica brasileira proibiu o padre e deputado federal brasileiro Luís Couto, de exercer o sacerdócio. Isto porque o padre defendeu o uso do preservativo, o fim da intolerância contra homossexuais e criticou o celibato.
O Padre Luís Couto recebe ameaças de morte devido às suas posições políticas e não é devidamente protegido pelas forças policiais da região.

Os perigos do aquecimento local: zonas no interior das cidades com muito cimento, de solo impermeabilizado e densamente habitadas chegam a aquecer até 12 graus mais do que o ambiente circundante, originando chuvas e tempestades locais. Foi o que aconteceu recentemente em São Paulo, no Brasil, e que contribuiu para cheias gigantescas. Em Lisboa parece-me necessário desenterrar algumas ribeiras e regatos, para criar espaços paisagísticos e devolver alguma permeabilidade aos solos da capital.

A maior lavandaria de fortunas do mundo; a Suíça, vai ter de revelar os seus segredos.

Ainda ninguém se lembrou de dizer claramente isto: a crise económica mundial é também uma gigantesca crise política, uma falência do sistema actual, que vai exigir maior supervisão da actividade económica, social e política por parte dos governos de cada país, também eles profundamente modificados.

A perversão da verdade: na legislação portuguesa, uma escuta só é meio de prova se tiver sido autorizada por um juiz. Os códigos judiciais do futuro vão ter de alargar este conceito, e de ampliar a validade da delação, e de medidas que aqui se chamam de incitamento ao crime; como acontece já no sistema judicial americano. Por exemplo, colocar crianças a comprar álcool, sob vigilância de um polícia que multasse logo e caçasse logo as licenças de vendas.
É necessário alargar o conceito de prova e o conceito de auditoria.

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