Tuesday, March 24, 2009

Hipergarantismo e maioria absoluta

Há dois temas que me preocupam, da leitura da última edição do Sol:

Um é imaginar-se que vamos ter outra maioria absoluta de Sócrates, por uma questão de falta de alternativas para a política Portuguesa (Política a Sério, de José António Saraiva).
A mim o que me incomoda no actual governo e no PS é a corrupção, o conluio com os privados sem concursos, a captura do aparelho de estado, das empresas públicas e da economia portuguesa por este partido, e o imperialismo patente em todos os seus comportamentos.
O meu ponto de não retorno com José Sócrates foi quando ele entregou, sem concurso nem esclarecimento à população, o porto de Lisboa à Mota Engil de Jorge Coelho, num empreendimento que vai alterar completamente a cidade de Lisboa, as suas redes viárias, a sua configuração e usos.
Não é o Bloco de esquerda nem Alegre que nos fazem falta, mas um partido mais ao centro, com práticas de justiça social, de anti-corrupção e de emagrecimento do Aparelho de Estado e da burocracia.


Outro tema de preocupação é a entrevista com Maria José Morgado, que afirma que o sistema judicial português “é hipergarantístico. Até a última reforma penal privilegia as garantias de defesa em detrimento do direito de punir”.

Já o sabíamos, mas é bom ouvir uma voz corajosa dizer o mesmo.

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