Tuesday, May 08, 2012

Estadistas

Há dias Medina Carreira falava da necessidade de se fazer uma reforma estrutural do estado Social em Portugal (reformas, baixas, subsídios de desemprego (rendimento mínimo), em vez dos cortes indiscriminados e das medidas avulsas que agora se fazem.
A seguir falou da necessidade de um novo Duarte Pacheco em Portugal, e do seu exemplo como um grande estadista português, e da obra que ele deixou.
Medina Carreira também foi um grande estadista português, e ainda hoje um dos menos compreendidos e mais caluniados. De Profeta da desgraça para cima, chamaram-lhe tudo, verificando-se afinal que teve razão em tudo o que dizia.

Os portugueses têm um medo enorme de estadistas, só os aceitando contrariados e em último caso. Duarte Pacheco aparece associado ao Fascismo de Salazar, o Marquês de Pombal aparece como uma figura tirânica. País amante da igualdade, e contra a iniciativa em território português, a obra máxima desta República foram o Centro Cultural de Belém e os estádios de futebol de António Guterres, imprestáveis e feitos  com dinheiro emprestado e do estrangeiro.

E no entanto precisamos mais do que nunca de estadistas, agora associados à democracia, provavelmente a outra democracia melhor do que esta, feita de partidos opacos e de sociedades secretas. De estadistas que em vez de desgraças nos falem de grandes desígnios nacionais, adaptados à conjuntura de crise em que vivemos, pagando as nossas contas, para sair dela, e sem serem neo-keinesianos.

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