Sunday, October 31, 2010

Pobre país imperialista

Portugal sempre foi um país idiossincrático

No tempo de Salazar, os programas de ensino mostravam mapa manhoso que obrigavam os alunos a ler, onde se via que Portugal e as respectivas colónias tinham mais área geográfica do que a Europa.

Metiam dentro do mapa europeu Portugal e as antigas colónias onde se fazia escravatura e trabalhos forçados, mas que eram hipocritamente chamadas de Províncias Ultramarinas, e de facto elas não cabiam na superfície do velho continente: somos maiores do que a Europa. Querem megalomania maior?.

Nessa altura ia-se à pesca do bacalhau ainda de barco à vela (únicos no mundo) e depois este país fez uma guerra colonial de destino completamente previsível: a derrota. Também aí fomos únicos, sujeitos ao desprezo de todo o mundo.

Mesmo assim a mais duradoura ditadura da Europa não desistiu, e combateu até ao fim da sua vergonhosa existência.

Parecíamos a Sérvia a defender os valores ocidentais contra os bósnios, e que teve de ser travada pelos Estados Unidos de Clinton!

Temos uma legislação penal influenciada em grande parte por deputados corruptos e que favorece os corruptos e chamamos-lhe “a brandura dos nossos costumes”.

O conceito de Chico Esperto, da pessoa que se emprega ou sobe por cunhas, do cantineiro da tropa que rouba e que é aclamado como herói, ou do político que enriquece sem relação com o que ganha, ainda tem muitos adeptos em Portugal.

A salvação deste país implica repudiar este conceito de nação e de história, completamente falsificados, e criar uma raça de pessoas que salte fora da mesquinhez e da inveja nacionais, o que será bem difícil, mas urgente e necessário.

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