Portugal sempre foi um país que nunca estimou os seus maiores.
Desde Afonso de Albuquerque, e terminando agora em Saramago.
Estas duas pessoas só se podem igualar pela incompreensão e desprezo público que suscitaram
Mas Saramago pode comparar-se melhor a Fernando Pessoa.
Este último teria todas as razões para ser desprezado por Sousa Lara, Cavaco Silva e até Vasco Pulido Valente.
Era alcoólico.
E não devia ser dos simpáticos. Levava porrada, era considerado um lunático pelos do seu tempo e morreu de cirrose. Tal como Saramago, um comunista mal convertido, sempre contraditório, contundente, a sanear pessoas e mais tarde a defender os palestinianos.
A este último, ninguém, desta burguesia bem falante portuguesa, lhe perdoou ou compreendeu a sua obra, que se desprendeu da pessoa para passar a ter um alcance universal.
O pior é que, com este desprezo todo, quem se enfraquece é Portugal
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