Sunday, May 02, 2010

Estive todo este tempo calado porque reparei que muitos comentadores diziam as suas coisas melhor do que eu, com mais desassombro e tanta coragem, pelo menos, do que a que eu tinha: Vasco Pulido Valente, Pedro Lomba, José Miguel Fernandes, Pacheco Pereira, e tantos outros. Tirando o oficioso Diário de Notícias todos dizem o que pensam, apesar dos processos que choveram sobre os jornalistas e sobre as empresas.

Vou ter de me dedicar a outras coisas, sem abandonar este blogue. Por exemplo operacionalizar modos de sair da crise.

Uma delas é governar muito melhor. Fazer auditorias aos serviços públicos de modo a pô-los a funcionar muito melhor. Vamos ver como nos próximos posts.

Por exemplo, Vasco Pulido Valente defende hoje no Público, para se sair da crise, um conjunto de 15 medidas:

1. Reduzir a 4 o número de feriados anuais.

2. Fechar as empresas públicas substituíveis e as que devem dinheiro sem qualquer resultado relevante ou benéfico.

3. Fechar as fundações e pseudo-fundações que o Governo e as Câmaras sustentam.

4. Vender as propriedades do Estado que não servem um interesse nacional evidente.

5. Vender os submarinos e outro armamento inútil e excessivo.

6. Demolir e vender o autódromo do Estoril, o do Algarve e meia dúzia de estádios deficitários.

7. Suspender imediatamente os grandes projectos (o novo aeroporto, o TGV, a 3ª travessia do Tejo).

8. Não construir mais um quilómetro de auto-estradas.

9. Proibir a contratação de mais funcionários públicos.

10. Eliminar serviços sem objecto ou nocivos (como o Instituto do livro).

11. Congelar as promoções no funcionalismo, pelo menos durante 5 anos.

12. Acabar com o subsídio de férias.

13. Pôr um limite legal à despesa do Estado.

14. Aumentar o IVA em 2%.

15. Regular a banca.

Evidentemente Sócrates não pretende nem percebe nada disto. Não tem um projecto para Portugal, a não ser um keinesianismo irrealista que, em conjunto com a falta de controlo reinante, proporciona o enriquecimento da elite socialista.

Em posts próximos direi a minha opinião sobre algumas destas medidas.


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