Wednesday, July 05, 2006

A democracia portuguesa continua cheia de restos do Período Revolucionário em Curso: o poder dos sindicatos, que participam na Direcção de muitos institutos e organismos públicos, é um deles.

Ora isto paralisa muitas instituições, porque estes elementos são escolhidos duas vezes: a primeira para a Direcção ou corpos de responsabilidade do sindicato, e a segunda para os órgãos gerentes do Instituto Público. Acabam por ter um poder duplo.

Uma coisa semelhante acontece com membros eleitos pelos trabalhadores na Direcção de Instituições, onde vão introduzir uma óptica corporativa e paralisante: por exemplo, o Director Clínico, eleito pelos colegas e pertencendo aos organismos de gestão dos hospitais. Outro membro eleito com um poder duplo: sobre quem o elegeu e sobre a própria administração, onde paralisa normalmente os trabalhos em matérias que possam beliscar os interesses de quem o elegeu.

Outro exemplo são os representantes dos alunos na direcção de escolas

Eu acho que, nas democracias só de deve eleger o Parlamento e o Presidente da República. As restantes pessoas dos órgãos da administração pública devem ser nomeados ou, quando possível, escolhidos por concurso.

Estes grupos (estudantes, grupos profissionais, sindicalizados), têm todas as hipóteses de fazerem ouvir a sua voz, sem precisarem deste tipo de recursos.

Muitas vezes o pensamento e a argumentação sindical parecem pensamento corporativo e mesmo mafioso.

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