Este ano o Prémio Nobel da economia foi atribuído ao
ultra-liberal Eugene Fama, que defende a auto-regulação dos mercados
financeiros que levou à crise do sub-prime e do crédito mal parado nas
economias americana e europeia.
Tal regulação é impossível. Todos os grupos humanos
tendem a abusar e os ricos, gestores de fortunas e de negócios, não são exceção.
Os resultados estão à vista:
Primeiro venderam máquinas e entregaram a produção
mundial aos chineses, vietnamitas, coreanos e indianos, que produzem tudo 10
vezes mais barato, Reduzindo a Europa e os Estados Unidos a praças financeiras,
com trabalhadores desempregados sustentados por uma economia que vivia de empréstimos
de juros baratos.
Depois os juros encareceram e agora é ver os
trabalhadores americanos e europeus, ativos e reformados, a serem desempregados,
a verem as pensões reduzidas, salários a baixarem, tudo para pagar aos credores
e ao grande capital.
Compram dirigentes políticos e controlam toda a economia.
Só que agora as suas sedes são, mais do que nunca, internacionais.
Numa parte do mundo os trabalhadores vivem escravizados e
sobre-explorados. Na outra parte para lá caminham!
As reformas vão acabar ou ficar residuais, e a classe média, esta conquista dos povos após a segunda guerra mundial, vai continuar a empobrecer.
A barbárie espreita-nos ou ainda não?
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