Sunday, September 25, 2011

Actualidade e geração de 60

 Houve hoje dois acontecimentos de grande importância: a manifestação dos indignados na Madeira e a manifestação contra a ditadura de José Eduardo dos Santos em Luanda.

 Houve também o comentário de Vasco Pulido Valente no Público, que considera a geração de 60 uma geração perdida.

 Eu sou da Geração de 60. Vivi nessa década dos 12 aos 22 anos e lamento ter estado intoxicado com ideias comunistas durante a minha juventude. Mas a falta de informação em Portugal era tão grande, e o desastre do mundo dito Capitalista tão evidente, após a tentativa do imperialismo alemão de dominar o mundo, que conduziu à segunda Guerra mundial, que o bloco comunista surgia como a única alternativa de governo e de sociedade em Portugal.

 Então a política ainda se fazia de régua e esquadro, e os amanhãs ainda cantavam. E os movimentos extremistas eram os únicos que se mexiam em Portugal.

 Com a vinda do 25 de Abril e com a tendência dos portugueses para o compromisso e o desenrasca a gente honesta foi desertando da política e a democracia ficou entregue a políticos desonestos, comprometidos, de vistas curtas e perigosos, que tornaram possível  a catástrofe atual.

 Será ainda possível inverter este estado de coisas?

 Como elemento desta geração realizei a maior parte do meu trabalho na medicina, mas ainda gostaria de dar um contributo novo e original para que a nossa sociedade avance.

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