O sociólogo António Barreto considera que o maior desafio do Executivo de Passos Coelho é a tentação de partidarizar o Estado.
Em entrevista à rádio TSF, Barreto considera que o Governo «espalha-se em seis meses» se o Governo não resistir à nomeação de elementos do partido para centenas de cargos de administração pública.
«Os gabinetes de advogados, de empresas, de consultadorias, de consultores, de tráfico de influências estão a organizar-se e devem estar a preparar-se para atacar o novo Governo», disse à rádio.
O novo Governo tem de nomear perto de 400 directores-gerais nos próximos dias.
«Na lei diz que o mandato dos directores-gerais cessa no dia da tomada de posse [do novo Governo]. Isto é o maior fenómeno de partidarização e corrupção política da Administração Pública que conheço em qualquer país europeu», considerou, criticando a lei existente.
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