
As teses do reconhecimento do Estado de Israel e do Estado da Palestina, defendida por Jimmy Carter, Clinton e Arafat, parecem estar definitivamente condenadas ao fracasso. Israel implantou tantos colonatos na Palestina, legais e ilegais, parasitou essa terra de tal modo, que se torna impossível destruir os colonatos e fazer regressar todos aqueles colonos às fronteiras oficiais do Estado de Israel.
Os Palestinianos estão sujeitos ao mais tremendo dos genocídios e às maiores humilhações. Pior do que o Apartheid Sul Africano, onde nunca se mataram maciçamente populações negras indefesas. Pior do que o Gueto de Varsóvia.
E fazem isso porque Israel está protegido pelos Estados Unidos e por muitas nações europeias.
Tem o exército e a polícia secreta mais eficazes do mundo.
Tem um arsenal nuclear denunciado por um homem que ficou preso o resto da vida
E tem, provavelmente, as campanhas e os profissionais de marketing e de opinião pública mais eficazes do mundo, que os salvam sempre e constroem dos palestinianos uma imagem de terroristas, sempre sem razão naquilo que fazem.
A campanha de opinião pública que não investigou nem protestou quando Arafat morreu (Arafat morreu quando isso era politicamente conveniente, num hospital francês, de doença não esclarecida e não teve autópsia); a campanha de opinião pública que promove a não investigação nem que se fale do arsenal nuclear israelita.
Esta manipulação da opinião pública é também ajudada pelo facto de não ser politicamente correcto e poder originar todo o tipo de represálias estar contra Israel ou a favor dos palestinianos. No fundo isso significa estar contra a política da ONU, dos Estados Unidos e da União Europeia. Mais perigoso só foi ter sido a favor dos israelitas no tempo de Hitler
Não se pode, nem se deve, nem seria ético atirá-los ao mar. Sujeitá-los a uma democracia na terra que invadiram parece-me a melhor das soluções. Nem protestarão, como os beneficiários do Apartheid sul africano nunca protestaram quando foram sujeitos a eleições livres. E estabelecer-se-á, por fim, a paz.
Para além disso é preciso que se reponha a justiça internacional sobre este assunto e que se indemnizem todos os palestinianos deslocados, expropriados, e os familiares dos assassinados ou mortos por esse eufemismo vergonhoso que se inventou agora, os chamados “danos colaterais”.
Porque será que tantos judeus foram discriminados e odiados ao longo da história? Para os portugueses humildes da minha terra, chamar judeu a uma pessoa era um insulto e uma depreciação. Para além das culpas dos outros eles próprios precisam investigar o que é que nas crenças e na moral desse povo está errado e faz com que os outros se sintam quase sempre incomodados com eles.
Também os judeus precisam de se libertar desses estigmas. Mas para isso também precisarão de mudar muito.
Os israelitas foram vítimas da sua própria ganância, porque recusaram a solução de 2 Estados e agora vão ver-se obrigados a aceitar um único Estado com maioria palestiniana.

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